Foxy Pov. On
— Foda-se — digo enquanto ando de um lado para o outro na Pirate Cove. — Não é que este sítio é mesmo um local para as desgraças.
Não consigo lembrar-me do que aconteceu, apenas flashes e mais flashes, pedaços cortados de memórias, que vinham tão rápido como iam embora. Ao ponto de darem-me náuseas. Tenho até que sentar-me. A pre- a Ashley nem apareceu ontem, tudo por minha culpa de certeza... e eu preciso de falar com ela. Quero pedir-lhe desculpa, porém ela não deve de voltar mais, que bom aumentei a minha reputação de monstro, de assassino.
— Eh, que boa receção ao trabalho que eu lhe dei.
"— Foxy — falou fraca, ela levou a mão à minha cara. Tentou sorrir. — Está tudo bem, não precisas de ter med-Ack!"
— Que merda!
Claro que estava com medo, aterrorizado, mas isso não é justificação para eu ter atacando-a. E ela sorriu... porquê que ela sorriu? Arre! Tudo é tão confuso.
— Truz, truz? — olho para a porta e vejo o Bonnie, estava a sorrir, sorrio de volta. — Então como estás?
— Mal. Péssimo — respondi e o Bonnie perde o sorriso da cara. Só abriu os braços e eu corri para eles, para receber o seu abraço. — Ontem ela não veio trabalhar.
— Eu vi — o Bonnie aperta o abraço. — Mas não penses muito sobre isso, faz mal. Pelo que eu... li, ela pediu... ela não a mãe, pediu um dia para ficar em casa.
— Isso é bom? — pergunto confuso, a mim só parecia que a Ashley estava com medo de mim, e quis fugir para não correr do risco de dar de caras comigo. O Bonnie dá-me com o dedo na testa e eu queixo-me. — Para quê que foi isto.
— Não podes assumir que ela fugiu, tu também ontem não atuaste, estavas mal, ela deve ter precisado de descansar, como tu — o Bonnie diz e para de me abraçar e vai até a uma cadeira e senta-se, eu sento-me ao lado. — Eu quero que percebas uma coisa Foxy. Tu não és, nem nunca serás um monstro.
O Bonnie pega na minha mão e aperta-a com força. Eu devolvo o aperto, sinto-me seguro, é quase como se nada de mal existisse. Pouso a minha cabeça na mesa e o Bonnie larga a minha mão, só para a pousar na minha cabeça e fazer-me festas. Até adormecia se não fosse o medo de sonhar com o que eu não quero. Se a Ashley se torna um dos meus pesadelos, eu não sei como irei a encarar. Afinal... pesadelos são baseados na nossa culpa e medos.
— Ouvi o Pg a dizer que queria despedir a Ashley.
— O quê!? Eu tenho que ir falar com ele — eu levanto-me pronto para ir falar com o Pg, mas o Bonnie segura-me pela gola e eu quase caio de cu no chão se eu não tivesse segurado à mesa. — O que foi? Não posso deixar que ela perca o emprego por minha culpa.
— Não me deixaste acabar — olhei para o Bonnie ele estava com uma expressão aborrecida. Voltei a sentar-me e esperei que ele continuasse. — Literalmente eu ouvi a conversa toda, antes do Vincent vir nos avaliar. Sabes. E ele, o Pg e o Richard tiveram uma... troca de palavras bem interessante.
— Que pretendes, dizer-me? — pergunto curioso.
— Exato. Se te portares bem — o Bonnie sorri e eu fico um pouco perdido, então ele ainda sorri mais. — Esquece. A troca de palavras deles ficou decidido por a Ashley fica se quiser. E tu não vais para o mecânico para seres arranjado.
— Okay, mas quem é que sugeriu eu ser arranjado, já que todos nesta pizzaria sabem que eu sou um fantasma, logo eu faço as minhas decisões. Bem, a Ashley e o Vincent sabem.
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Cinco Noites Com Humantronics (Hiatus)
FanfictionHá pessoas que criam problemas. Há pessoas que gostam de se meter em problemas. Há pessoas que nem sabem como chegaram aos problemas. A Ashley Edwards é os três a cima, e talvez ela também tenha os seus próprios problemas. Ela cria, ela mete-se e el...