ANTHONY D'EVILL
-Você está muito calado.
-Vamos contar a mamãe? - Harry não me olha, concentra-se o tempo inteiro na janela da carruagem.
-Eu não sei, o que você acha?
-Ela ficará desolada. Não duvido nada que viajará imediatamente para Wendwood.
-Infelizmente ela precisa saber. Você ouviu tudo que o médico disse, ele não tem muito mais tempo.
-Não quero que meu avô morra.
-Esta falando isso como um neto ou como o herdeiro do título?
-Acredito que ambos. - Solta um longo suspiro cansado - Eu amo meu avô, odeio pensar que qualquer coisa pode acontecer com ele, mas também não sei se estou pronto para assumir como novo conde. Não sei se gosto da ideia.
-Como pode saber se gosta ou não se nunca experimentou? Você está preparado para assumir quando precisar.
-Eu gosto de pintar, sou feliz passando meus dias assim. Como cuidar de inúmeros arrendatários pode ser prazeroso? Simplesmente não faz sentido algum.
-No começo é assim, até você se afeiçoar por todos que dependem de você ali. Acredite quando digo, acabará gostando.
-Duvido muito.
-Não estou reclamando da sua paixão pela arte, mas é sempre bom lembrar que há muito mais a se viver.
-Não quero ser o tipo de aristocrata que passa seu tempo na capital enquanto um administrador cuida das terras, mas também não me vejo entrando em poças de lama como você e nosso pai.
-Não se precione, também não sofra por antecipação. Preocupe-se em como administrará o condado quando você de fato o assumir.
-É melhor você contar para ela. Eu preciso descansar um pouco antes de retornar com ela para Wendwood.
-Você fala como se fosse uma certeza que ela viajará até lá.
-E você duvida?
-Não. - Sorrio - Por que eu preciso contar? Você também pode fazê-lo.
-Você é o mais velho. - Se estica no banco oporto e fecha os olhos - Esse é o seu tipo de trabalho.
-Por que nasci primeiro é minha obrigação dar as más notíciais?
-Para alguma coisa você precisa servir.
Nenhum dos dois comenta nada no decorrer da viagem. Duas horas depois estávamos atravessando os portões de entrada de Bright Hall e nossos pais estavam parados no topo da escadaria principial, no esperando.
-Como foi a viagem? - Meu pai pergunta ao nos abraçar.
-Precisamos conversar. - Digo olhando minha mãe e depositanto um beijo em sua testa.
-É pior do que eu pensava? - Seus olhos ficam instantaneamente aflitos e ela se esconde nos braços de meu pai.
-Ele está de cama, o médico disse para não alimentarmos falsas esperanças.
-Eu preciso vê-lo.
-Nós vamos juntos. - Meu pai acaricia seus cabelos - Voltará conosco, Harry?
-Sim. Preciso de apenas uma ou duas horas decentes de sono e estarei recuparedo para a viagem.
-É o tempo de prepararmos tudo. - Minha mãe fala e se encaminha para dentro da casa.
-Como foi a última semana? - Pergunto a ele enquanto começamos a caminhar pelos jardins.
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Visconde Indecente - Os D'Evill 02
RomanceEssa é uma história de minha autoria, ou seja, DIREITOS AUTORAIS. É sempre bom lembrar que plágio é CRIME! Ele é teimoso. Ela é irritante. Ele é o filho do marquês. Ela é a preceptora. Anthony D'Evill nunca fugiu tanto de casamento como nos últimos...