Capítulo 18

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Foi relativamente tranquila a ida ao hospital para verificar o estado do ombro de Jiang Cheng e o ortopedista de plantão confirmou que não havia nada quebrado, logo caberia repouso para aquele braço e nada de esforço demasiado. Ou seja, sem poder levantar, fazer força ou bater em Wuxian com o braço direito.

Jiang Yanli e Wei Wuxian aguardavam o irmão em casa que havia saído acompanhado de Madame Yu. Parecendo duas crianças peraltas, assim que a mãe e o irmão passaram pela porta, puxaram Jiang Cheng a toda velocidade para o quarto, afinal, se Lan XiChen iria visita-los mais tarde, A-Cheng deveria estar minimamente apresentável.

- Eu não sou a porra de uma garota para fazer tudo isso. – O pinscher de Yunmeng não aguentava mais passar aquela vergonha com Yanli e Wuxian.

- A-Cheng, fique quietinho, dessa vez tu vai soltar esse cabelão e a gente vai te ajudar a vestir uma roupa legal. – Yanli já dava um jeito de tirar a camisa do irmão caçula o mais rápido possível e Wuxian começava a trabalhar nas calças.

Já estava marcando 17h30 no relógio do quarto e Yanli havia iniciado a pouquíssimo tempo os preparativos para o jantar, mesmo sem a confirmação da jade de Gusu.

Deixando que Wuxian terminasse de torturar o irmão, Yanli correu para preparar a banheira já que deveria fazer todo o necessário para que XiChen não tivesse do que reclamar e era quase lendário o apreço por higiene pessoal das jades de Gusu, afinal era impossível usarem aquelas fardas brancas e azul clarinho sem nunca sujar.

- É claro que a gente vai te ajudar. – Wuxian conseguia terminar o serviço por ali. - Tu não podes molhar essa tipoia e tem que tomar um bom banho para tirar esse cheiro de carniça. – Jiang Cheng mal acreditou quando se viu só de cueca no meio do quarto morrendo de vergonha ouvindo asneira do irmão.

- Isso é um absurdo.

- Não esquenta, A-Cheng. Te lembra que eu te dava banho e no A-Ying? – Yanli gritava de dentro do banheiro arrancando gargalhadas de Wuxian e um grito ultrajado de Jiang Cheng.

- ISSO JÁ FAZ ERAS! – A vermelhidão só arrancava mais gargalhadas ainda dos irmãos e deixava Cheng ainda mais envergonhado. Parecia que ele era uma noiva se preparando para as núpcias dos tempos antigos.

- Pensa assim, pinscher: Lan XiChen vai entrar nessa casa e vai encontrar um jantar incrível feito pela nossa irmã e você plenamente devorável. É certeza que o tio Jiang receberá uma proposta pela tua mão hoje mesmo, princesa.

- VAI TE FODER, WUXIAN! – Então Jiang Cheng lembrou de uma coisa que ambos conversaram num dia de fossa dele. – Mas espera um pouco, tu não disse que não iria me permitir gostar dele?

- Mudei de ideia. – Jiang Cheng olhava incrédulo pro irmão. Wuxian suspirou e colocando as mãos na cintura continuou. – Olha, eu pensei melhor, acho que XiChen agiu como um irmão deve agir ficando do lado de Wangji, então se alguma merda realmente aconteceu, a culpa não foi dele, mas sim do outro.

- Sério isso?

- É claro que não. Acontece que só não posso deixar de perceber que ele pode te fazer feliz e, bom, já faz, né? Seu imbecil. Se ele é um bunda mole que vai pela cabeça alheia que pelo menos seja pela tua que passe a agir.

Jiang Cheng permaneceu em silêncio olhando para o irmão. Wuxian estava disposto a passar por cima da sua raiva e orgulho para tolerar os irmãos Lan, porque era óbvio que Wangji viria de brinde com XiChen da mesma forma que quem levasse Cheng teria Wuxian de brinde e Yanli de cortesia, em nome da sua felicidade que talvez nem durasse tanto assim.

- Tá bom. Vamos logo com isso.

Madame Yu não estava entendendo os gritos e algumas vezes ensaiou sair do escritório no térreo onde resolvia alguns documentos com FengMian para mandar aqueles três sossegarem, tendo todas as vezes as suas tentativas frustradas pelo marido que só fazia sorrir ao ouvir os filhos tão animados.

Whatever It TakesWhere stories live. Discover now