Imperium

Nós nos erguemos

Jaebum se despediu de seus amigos com um aceno breve e rumou em direção ao seu apartamento. Com os fones de ouvido em lugar, privava-se de ouvir o restante das pessoas, carros e anúncios em holograma que tentavam chamar sua atenção pelo caminho. Andava em um ritmo animado, quase dançando, enquanto cantarolava sua música favorita. Com sorte, os metrôs estariam vazios e não precisaria enfrentar a maldita fila para passar pela catraca, afinal não queria ficar enrolando nas ruas. Seu corpo pedia por descanso após um dia animado na escola.

Virou à direita, próximo ao metrô, então ouviu uma gritaria. Os carros começaram a buzinar em todas as plataformas, agentes cruzaram as ruas rapidamente e as pessoas na rua abriram espaço para que eles corressem livremente. Jaebum subiu alguns degraus a sua frente, chegando quase na porta de uma loja de artefatos antigos, e espiou o que acontecia por cima da aglomeração de pessoas na avenida principal. Retirou um de seus fones e o guardou no bolso, prestando atenção nos murmúrios próximos a si.

Aparentemente, um rebelde havia sido pego.

Jaebum subiu mais um degrau, finalmente na porta do estabelecimento, para conseguir ver melhor o que acontecia no centro protegido pela massa de cidadãos curiosos da Neos. Seis agentes apontavam armas nível A em direção a um homem, contudo ele não parecia temeroso. Usava roupas negras como todo o restante da população, entretanto elas tinham algumas faixas coloridas em roxo e um símbolo estranho no peito. O Im franziu o cenho, curioso. Detido, o homem foi algemado e as pessoas em volta começaram a gritar animadas. Jaebum rolou os olhos, nada surpreso com a resposta do povo. Eles adoravam um bom circo.

No meio de toda a gritaria, provavelmente ninguém percebeu, mas o estudante acabou focando-se no homem e viu os lábios dele murmurarem algo e sorrir quase que vitorioso, como se o objetivo tivesse sido cumprido.

A escuridão reinará.

Jaebum só não sabia o que isso significava.