Estrelas na terra

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Jaebum terminou de quebrar a série de códigos que Mark havia passado para si como tarefa apenas às duas da manhã. Cansado, desligou os painéis e jogou-se no sofá. Os olhos estavam doendo, tinha ficado muito tempo em frente os monitores a semana toda. Era praticamente a única coisa que fazia fora ajudar Jackson na garagem, e mesmo assim ainda passava a maior parte do tempo no subsolo. Porque não podia pegar muitas missões raramente saía, mas não tinha percebido até então a estranha saudade de ver novamente o mundo lá fora. Antigamente ficaria irritado, passava o dia todo fora de casa, mas agora que só conhecia as janelas falsas e suas tarefas até que queria dar uma volta.

Decidido, Jaebum pegou o elevador até a garagem na esperança de sair um pouco e respirar o mais perto de ar puro que poderia encontrar no centro da cidade. Apesar da chuva estar ligeiramente grossa do lado de fora, o Im não se importava de ficar apenas observando a rua protegido em algum canto, só queria ficar um pouco fora. Logo que chegou no andar, entretanto, encontrou Youngjae procurando alguma coisa no armário. A moto dele estava pronta para sair, então Jaebum deduziu que o Choi provavelmente estava atrás de seu capacete. Não queria incomodá-lo, mas também não iria simplesmente ir embora sem ao menos dizer um olá, não queria ser mal educado.

— Hyung, boa noite. — sorriu, curvando-se. Youngjae se virou e sorriu. — Eu vou sair.

— Boa noite. — ele deixou o armário de lado, voltando-se totalmente ao Im. — Onde vai? Está chovendo bem forte para você sair vestindo assim.

— Vou só ficar no portão, queria respirar um pouco de ar puro. — Deu de ombros, colocando as mãos no bolso do moletom.

— Você ao menos trouxe uma capa de chuva? — Youngjae sorriu, aproximando-se.

Jaebum negou.

— O plano era evitar a chuva ficando num cantinho, hyung.

— Que plano complexo. — ele riu, tocando o ombro do mais novo. — Eu ia me afastar do centro, quem sabe ir para uma base que fica longe da parte realmente iluminada da cidade, perto dos lixões. Quer ir para lá comigo?

— O que você faz por lá?

— Não muito. Só ouço música e tento respirar um pouco longe de tudo isso. — apontou para o lugar em volta, suspirando. — Tenho um capacete e capa de chuva extra, se quiser.

O Im sorriu, assentindo.

— Eu aceito.

***

Jaebum apertou um pouco mais a cintura de Youngjae quando saíram da zona movimentada da cidade. Como o esperado, Neos nunca dormia, então haviam pessoas e agentes por todo lado, especialmente nas festas que alguns elitistas davam. Uma vez realmente longe do centro, contudo, eles adentraram os bairros comerciais e então os residenciais, distanciando-se cada vez mais daquela aglomeração de pessoas. A chuva ainda caía pesada, entretanto estavam protegidos com capas de chuva e os capacetes também eram de grande ajuda. Não estava realmente surpreso em saber que Youngjae às vezes se afastava da cidade para ter um tempo sozinho; ser líder de uma parte de uma organização anti governamental certamente era bem estressante.

A região dos lixões era cheia de andróides estragados e desativados, sucata, alguns hologramas, que informam as horas e quantidade de peças úteis recolhidas pelos trabalhadores, e alguns poucos agentes para garantir que tudo esteja protegido. Youngjae não realmente aproximava-se dos lixões, afinal não tinha porque estarem naquela área, contudo a base secreta dos rebeldes que estava desativada era ali por perto. Jaebum não sabia que haviam outras áreas de refúgio, mas ao pensar melhor concluiu que era realmente esperto tem vários locais para se esconder espalhados pela cidade. Apesar de serem bem menores e não darem acesso até os pontos principais da grande base no subsolo, ainda sim era uma garantia boa ter um local coberto para fugir de qualquer ameaça. Os agentes certamente não entrariam ali.

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