8. O Lar dos Malfoy

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— Papoula! O que houve? — assustou-se Minerva ao adentrar a enfermaria e deparar-se com os estilhaços de vidro ao chão.

— Ah! Não foi nada, Minerva. Apenas desequilibrei — respondeu madame Pomfrey, que com um aceno da varinha restaurou o copo e o frasco que haviam quebrado. Sem mais palavras, ela se aproximou do leito onde estava Scorpius, pousando a bandeja sobre a mesinha ao lado. Minerva também se aproximou, surpreendendo-se com Albus, que não deveria estar ali.

— Potter! Não deveria estar em aula? — suspirou a professora — Que bom que acordou, Malfoy. Acho que todos precisamos conversar e ver como estão seus ferimentos. — os olhos dela baixaram para os braços enfaixados do garoto. Albus continuou parado a onde estava, Draco com os olhos fixos nele. Não tivera tempo de ter uma explosão de raiva ou algo parecido e parecia não querer falar sobre o assunto com as outras duas presentes. Madame Pomfrey se aproximou de Scorpius e fez menção de desfazer os curativos. Draco ainda não sabia o que exatamente tinham feito nos braços do filho. Albus se afastou um pouco, não queria rever aquilo. Conforme madame Promfrey desenrolava a faixa, as palavras cortadas na parte interna do braço do garoto ficavam visíveis. As mãos de Draco foram aos cabelos e pelos nós dos dedos pode-se perceber que ele os puxava com força. Seus olhos marejaram e ele rapidamente os limpou com as costas das mãos. A fúria era visível em sua face.

— Não. Não acredito — sussurava Draco Malfoy, o pavor e a raiva brilhando em seus olhos — Por que fizeram isso? O meu filho... — a voz dele se enfraqueceu, ele mal pode terminar a frase. Olhou Scorpius, o rosto mostrava tristeza; uma tristeza que era mais sobre a reação do pai do que realmente pelos ferimentos.

— Pai...

— Vamos para casa! — afirmou ferozmente Draco — Você não pode ficar mais nem um dia nessa escola!

— O que?! — exclamaram Scorpius, Albus e McGonagall ao mesmo tempo.

— Draco, sei que parece grave, mas devemos reconsiderar o abandono...— iniciou Minerva

— Parece grave? PARECE? McGonagall, você leu o que está escrito ali? Ali, no BRAÇO DO MEU FILHO! — exaltou-se Draco, a mão tremula apontando para os cortes no filho.

— Sim, eu vi! E saiba que estou tão horrorizada quanto qualquer um! E estamos a toda tentando descobrir os culpados. Scorpius, — perguntou calmamente, os olhos focados no garoto na cama — você se lembra de algo?

— Queria dizer que sim, professora. Acho que me confundiram.

A professora agora se dirigia a Albus que continuava quieto ao canto da cama:

— Bem, acredito que precisarei conversar com sua irmã, Potter. Já que não quer participar da aula, por favor, me  acompanhe. — Albus entendeu que aquilo não era exatamente um pedido mas sim uma ordem — Vou em breve com novas respostas. — finalizou ela para Draco. Minerva pegou Albus delicadamente pelo braço e o arrastou para fora da enfermaria, ele lançou um último olhar lamentoso para Scorpius.

— Senhora, será que posso conversar um pouco com meu pai? — pediu gentilmente Scorpius para madame Promfrey que terminara de limpar seus ferimentos.

— Ora, claro. Preciso mesmo ir à estufa, recolher umas plantas curativas com o Profº Longbottom. — ela sorriu gentilmente e se retirou calmamente da enfermaria, fechando a porta e deixando os dois Malfoy a sós.

Draco respirou fundo. Estava tremulo e agitado. Scorpius, vendo o atordoamento do pai, sabia que nada que lhe dissesse tornaria a situação mais fácil ou aceitável. Fechou os olhos e começou a falar da forma mais calma e controlava que pôde:

Spells | ScorbusWhere stories live. Discover now