12. A Toca

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Draco caminhou para fora do grande salão com Harry ao seu lado e foram se afastando, até os jardins enfeitados da escola, onde poderiam conversar sem que estranhos curiosos os ouvissem. O céu muito escuro e completamente estrelado.

- Então, Draco, o que de tão importante precisa me falar que precisamos vir até aqui? - resmungou Harry.

- Potter, o que pensa que está fazendo? - questinou Draco, Harry o olhava confuso - Vou ser bem fraco com você. Não fique achando que dei pulos de alegria quando soube sobre Scorpius e o seu... filho.

- Ora, enfim concordamos em alguma coisa - debochou Harry

- Não seja leviano! Apenas me escute - Draco tentava manter uma voz calma - Scorpius passou por muitas coisas nos últimos anos e acho que você sabe muito bem. Cansei de surpreende-lo chorando em casa. Você sabe tão bem quanto eu que coisas ruins acontece quando tentamos separá-los.

Harry tinha um olhar sério; a cada frase que Malfoy completava, ele se lembrava de coisas desastrosas que antecederam os anos escolares do filho; a tristeza em que Albus se afundará ao ser proibido de ver o amigo e as consequências desastrosas dessas atitudes de Harry. Não podia acreditar que Draco Malfoy estivesse sendo mais sensato do que ele.

- Talvez você esteja certo. - murmurou

- Talvez? - Draco bufou - Eu estou certo! Não gosto de você, Potter. Mas estou suportando a ideia de... afiliar nossas famílias pelo meu filho. Pelos nossos.

- Ah, é? Bem, então me diga: como pretende "afiliar" nossas famílias? Porque para mim, Draco, isso parece meio fora de cogitação. Quer montar um casamento? Porque não aproveitamos a festa bem ali no salão principal, hein? - a irritação de Harry não o deixava controlar o sarcasmo.

- Você está delirando. A cicatriz passa bem? - debochava Draco - Não estou falando de casamentos e afins! Nossos filhos tem quinze anos. Deixe Albus passar alguns dias em casa com Scorpius...

- Nem pensar! - Harry o interrompia

- Estamos morando perto dos Weasley. Não são sua família agora? Somos apenas Scorpius e eu. Não haverá perigo - o tom de voz que Draco usava demonstrava que ele apenas pedia paz.

- Não haverá perigo? Na casa de um comensal? - assim que disse isso, Harry se arrependeu. Draco suspirou e deu uns passos para trás.

- Preferia que não tivesse dito isso, Potter - replicou calmamente - Talvez fosse mais útil se eu tivesse chamado Gina para conversar.

Draco deu as costas para Harry e saiu de volta para o local da festa. Harry ainda custava a acreditar que tivesse tido aquela conversar com Draco Malfoy, o garoto que o perturbou incansavelmente na escola. Talvez estivesse sendo realmente egoísta, mas fora pego de surpresa. Harry quis mais do que qualquer coisa ter ali uma penseira, onde pudesse depositar toda a confusão que percorria seus pensamentos e então libertar-se desse estresse. Mas o que lhe restava agora era encontrar Gina e pedir-lhe que fossem para casa.

***

ESTAÇÃO DE HOGSMEADE:

Harry, Gina, Rony e Hermione estavam na plataforma de Hogsmeade com os filhos esperando para embarcar. As crianças se despediam dos amigos e Harry avistou Albus indo ao encontro de Scorpius.

Albus abraçou Scorpius com toda força que pode, desculpando-se mais uma vez acariciando seus cabelos. Scorpius negava as desculpas e apenas sorria para o garoto em sua frente.

- Tivemos um bom ano, não acha? - comentou Scorpius

- Você fez tudo acontecer. Eu te amo, Malfoy - disse-lhe Albus

Spells | ScorbusOn viuen les histories. Descobreix ara