16. Na Cabana do Hagrid

2.6K 327 107
                                    

NOTAS: OLÁAAAAAAA! Desculpa se pareceu que esqueci a FIC no churrasco, mas cá estamos nós! UM ENORME OBRIGADA AOS MAIS DE 1K DE LEITURAS. Isso é incrível e eu nunca achei que chegaria à essa marca. ESTE NÃO É O ÚLTIMO CAPÍTULO. E sim, o próximo vai estar aqui em poucos dias. Fiquem atentos.





O céu através do vitral esverdeado da Sonserina ainda estava escuro com algumas poucas estrelas visíveis quando Albus perdera o sono. No fundo, ele não conseguira dormir nada bem pensando que não estava nem perto de ajudar Scorpius com a infeliz maldição. Nada lhe vinha à cabeça. Nada lhe parecia suficientemente bom para dar resultados.

Sorrateiramente, Albus se esticou para fora da cama, se certificando de que Scorpius estava bem aquecido pelo edredom, e foi caminhando até um pequeno sofá ao pé da janela ao fim do quarto. Ele respirou fundo enquanto olhava encolhido o céu lá fora, agora, uma fraca pontada de luz solar parecia surgir lentamente por trás das árvores. E então ele o viu: um ser robusto e desengonçado caminhando cheio de quinquilharias em mãos - era Hagrid. Albus pensou em todas as histórias que ouvira sobre a época escolar de seus pais e lembrou-se de como Hagrid fora de grande ajuda em todas as coisas em que o jovem Harry precisou. Talvez ele pudesse ajuda-lo. Talvez Hagrid soubesse de algo que Albus ainda não conhecia.

Mas no fundo, Albus sabia que aquilo não era verdade. Sabia que o que estava tomando conta de Scorpius era incurável, mas ele ainda estava em negação, e acreditava a todo custo que poderia salvá-lo. Albus se recusava a acreditar que iria perdê-lo.

x

Albus pôs os pés para fora do sofá e caminhou suavemente até a cama. Revirou cuidadosamente o emaranhado de lençóis em busca de algum casaco que tivesse deixado jogado por ali. Vestiu o primeiro que achou, sem parar para confirmar se era realmente seu ou de Scorpius. Ajoelhou-se e tateou o piso frio de pedra em busca de seus sapatos embaixo da cama. Calçou um pé e depois o outro. Albus prendeu a respiração como se isso fosse lhe ajudar a sair mais silenciosamente do quarto, a capa furtada de James presa debaixo do braço.

Ele saiu do dormitório e antes que alguém em algum quadro pudesse delatá-lo, cobriu-se com a capa. Albus andou a passos apressados e silenciosos masmorra a fora, os corredores iluminados apenas pelas chamas acesas nas tochas que enfeitavam as paredes de pedra do castelo. Ao que se aproximava da saída, sentia-se cada vez mais próximo da congelante brisa da manhã. O azul do céu já havia clareado quando Albus alcançou os jardins.

Albus respirou fundo e sentiu o ar gélido quase congelar seus pulmões. Sentia os pelos dos braços e das costas se arrepiarem enquanto correria colina abaixo em direção a velha cabana de Hagrid, a capa do irmão balançando ao vento.

Na hora em que Albus bateu na porta de madeira, Hagrid tirava uma chaleira com água fervente do fogo. Hagrid abandonou a chaleira na grande mesa de madeira e voltou-se para a porta, o rosto enrugado de dúvida.

- Olá? - resmungou Hagrid, procurando por alguém em sua porta. Ele olhou para baixo e avistou dois pés sem corpo e achou engraçado, inclinou-se um pouco para frente e sussurrou - Que herdeiro Potter temos aqui, hum?

Albus sorriu por baixo da capa e, ainda coberto por ela, adentrou a casa de Hagrid, que lhe deu espaço para entrar. Ao que a porta se fechou, a capa foi ao chão.

- Ah, Albus. Como pensei. Claro que seria você.

- Bom dia, Hagrid - Albus respondeu sem jeito. No fundo, ele não tinha certeza do que estava fazendo ali.

- Bom dia? Ora, garoto! Você não deveria estar dormindo? O que faz aqui tão cedo?

- Bom, eu... hum... perdi o sono. Não consigo dormir bem desde... - Albus suspirou, Hagrid lhe lançou um olhar de compreensão.

- Chá? - ofereceu Hagrid, e Albus fez que sim e se acomodou à mesa.

- Deve ser importante se o fez levantar e vir até aqui. Há alguma coisa em que posso te ajudar, filho?

- Bem... de verdade? Eu não sei - Albus olhava para as mãos unidas sob a mesa enquanto Hagrid lhe servia uma enorme caneca de chá de alguma folha verde que ele não conhecia.

Hagrid se sentou fazendo um barulho estridente com a cadeira de madeira, tomou um gole de seu chá e voltou a falar com Albus.

- Então?

- Hagrid, você sabe sobre Scorpius, não? Hum, a maldição?

- Ora, sei. O garoto Malfoy. Que infelicidade a dele não. Pobre garoto.

- Hagrid, você acha que existe alguma coisa que...

- Que possa ajudá-lo a se livrar disso? - Hagrid o interrompeu - Ora, filho, se eu soubesse já a teria dito há muito tempo, não acha?

- Sei, mas estive pensando... estive pensando que talvez exista algo em que ainda não pensamos... e se existir...

- Ouça, Albus, sei que quer ajudá-lo. Sei que quer salvá-lo. Mas não podemos fantasiar possibilidades inalcançáveis.

O tom de voz de Hagrid era calmo e lamentoso. Era como se ele sentisse pena. Como se ele sentisse pena de Albus. Como se ele já estivesse se lamentando pela perda de Scorpius.

Internamente, Albus discordava. Não tinha forças para abrir a boca e discordar em voz alta, mas sentia em seu interior que Hagrid estava errado. Todos estavam errados. Scorpius não partiria. Eles dariam um jeito.

Albus respirou fundo e baixou os olhos para a caneca em suas mãos. O líquido esverdeado fumegava e aquecia seu rosto. Dentro da caneca de chá rodopiavam quatro folhas verdes mergulhadas na água quente. Quatro folhas de um formato bonito. Lembravam penas. Sim, era com isso que se pareciam. Penas de um pássaro. Mas não, pensou Albus, não qualquer pássaro. Fênix. Pareciam penas de fênix. Albus franziu a testa para as folhas em sua caneca.

- Fênix - sussurrou para si mesmo olhando para a água do chá - Lágrimas de fênix tem poder curativo.

E então sentiu como se tudo se clareasse em sua mente.

x

P.S.: Este é apenas um MINI capítulo como lembrete de que a fic não foi abandonada e ainda nesta semana terá a continuação realmente longa. BJS e até breve.

P.P.S: QUEM TIVER BOOKSTAGRAM DEIXA O @ AÍ EM BAIXO QUE VOU SEGUIR.

Spells | ScorbusWhere stories live. Discover now