Treze

884 101 48
                                    

Segunda, 1 mês de 5  restantes, quinta semana. 16:03pm

Annie tinha certeza de uma coisa, aquele carro podia ser velho, mas enquanto passava por todos aqueles buracos ele era muito macio. Ela sentada ao lado de Kevin, segurava Kim em seu colo, eles não conversaram muito durante a estrada, já que a doutora Lu impedia qualquer tipo de conversa "decente", mas todas às vezes que se olhavam eles sorriam. Um para o outro. Luana não deixou de reparar.

— Aquilo são morangos? — Annie perguntou ao passarem por uma plantação onde várias pessoas trabalhavam.

— E são enormes...— Luana observou.

— Nós viemos na época certa, a cidade faz uma festa em comemoração ao dia do morango…eles misturam o ano novo e então festejam a semana inteira.

Kevin dizia enquanto se aproximava de uma pequena cidade, os comércios estavam abertos e possuíam grandes outdoors chamando atenção, as pessoas caminhavam com calma pelas estradas de chão que chegavam ao asfalto e Kevin até acenava para alguns conhecidos que passavam por eles.

— Estamos chegando, meninas!

Kim ficou em alerta, e Annie fez mais carinho na cabeça dela sentindo falta de seu cachorrinho que ficou ao lado do pai.

E em alguns minutos depois, um enorme portão se fez na frente deles, atrás dele uma estrada de chão levava o caminho para uma velha construção de alguns metros de distância. Ao lado se seguia uma plantação de milho e podia-se ver alguns vizinhos por ali.

Quanto mais se aproximavam, mas Annie podia ver árvores de várias frutas, um galpão enorme, uma horta ali perto e também o que parecia ser um galinheiro. Agora vendo a casa de perto, pôde-se perceber que era modesta, mas ela agora sabia de onde havia vindo os dotes de jardinagem de Kevin Livens, eles vieram da avó.

O jardim ficava logo de frente, e tinham muitas, belas flores.

— Annie! — uma criaturinha loira gritou assim que Annie saiu do carro, ela abriu seus braços e Cloé a abraçou fortemente; Annie levantou o corpo leve por segundos do chão e depois a soltou. — Quando Kevin disse que tinha te convidado não achei que você viria! Aí meus Deus, vai ser tão legal.

— Vai mesmo. Você vai me levar em todos os lugares, quero conhecer tudo. Mas amanhã!

Elas riram.

— E eu não recebo abraço não? — Kevin fingiu estar ofendido, e então Annie contemplou ele abraçar sua irmã, ele sussurrou algo engraçado no ouvida dela e ela riu, feliz.

— Se olhar mais você baba em! — a doutora Lu soou em seu ouvido, fazendo Annie tirar seus olhos dos dois irmãos.

— E-eu…

Luana riu

— Você tem que aproveitar! E não sou eu que vou estragar as coisas.

Annie assentiu, agradecida.

— Olha vocês aí! — uma voz madura despertou a atenção delas, uma senhora que não parecia tão senhora assim, se aproximava de vagar. Os cabelos negros tinham algumas mechas brancas, a pele já não era tão jovial. Mas os traços, eram idênticos aos dos irmãos Livens.

— Vó! — Kevin a abraçou, apertando-a em seus braços.

— Sai menino grudento! — ela reclamou. — Você está me sufocando, Kevin Livens.

Ele pouco se importou, começou a distribuir beijos no rosto daquela senhora que logo começou a rir. No final, ela é quem não queria mais solta-lo.

Quando Annie for Onde histórias criam vida. Descubra agora