Dezesseis

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Quinta da 5° semana.

— E aí ruiva? — Lexi andava pela praça da cidade quando avistou Deby sentada em um dos bancos, ela parecia mal. — O que aconteceu?

A pergunta foi o estopim para que Deby se derramasse em lágrimas. Levantou-se do banco em um impulso e então abraçou Lexi de surpresa.

O ato repentino fez com que Alexa fosse retribuindo aos poucos.

— Jason terminou comigo!

— Ah, por que você beijou o tal Shiru?

— É…

— Achei que você gostasse do japonês …

— Ele é coreano.

— Então você gosta dele.

— Não, quer dizer, não sei.

— E por que não?

— Eu…

Silêncio.

Deby soltou Lexi aos poucos e encarou os olhos castanhos dela.

— Eu sempre gostei de Shiru como um amigo, mas então ele me beijou e agora a minha mente parece dar voltas...

— E o Jason?

— Eu não quero ele longe de mim.

Soluçou.

Lexi parecia ter entendido.

— Isso significa que você só está com medo de perde-lo, não que continua o amando da mesma forma como antes…

— Como pode ter tanta certeza?

— Certeza quem tem que ter é você!

— Esse é o problema, seria tudo mais fácil se Annie estivesse aqui…

— Annie não pode fazer as escolhas por você, Deby!

— Eu sei que não, mas é que eu gosto quando ela me conforta.

— Você é muito insegura! — Lexi soltou. Deby ficou indignada esperando que ela se desculpasse, mas isso não aconteceu. — Esses caras tiraram o seu brilho, olha como você está! Eu digo que você tem que tentar sobreviver sem eles primeiro, tente se reencontrar e depois vá atrás de alguém que vai ser o suficiente.

— Você…eu nunca achei que algo tão coerente sairia de você, Lexi!

Alexa riu.

— Vamos tomar um sorvete! — a morena falou, abraçando o ombro de Deby enquanto guiava as duas para uma sorveteria próxima dali. — E aliás, como está a minha querida Annie?

— Com certeza muito melhor do que eu!


— E aí Livens! — Kevin aquela manhã se encontrava na plantação de morango da cidade.

— Kall! — ele sorriu, ato que fez o menino Kall dar dois passos atrás. — O que foi?

— Da última vez que você sorriu assim foi pra me jogar dentro do chiqueiro dos porcos!

Kevin riu com a lembrança, ele se lembrou que não era tão sociável assim, e que esses sorrisos bobos que soltava, eram causados por Annie Smor.

— Está tudo bem, não vou fazer isso com você de novo! — Kall tinha dezessete anos, a roça nunca saiu dele e ele nunca sairia da roça, amava aquele lugar.

— E a moça da cidade, quem é?

— Uma amiga! — Kevin dizia enquanto ajudava os trabalhadores a colher o morango da terra. Ele passou seus olhos rapidamente por Annie, que sorria enquanto era entupida de morangos por Cloé.

Quando Annie for Onde histórias criam vida. Descubra agora