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A vida conta os segundos, seja para recomeços, seja para o fim. Ela está em constantes ciclos, a morte também está presente em todos eles.
E ela esteve presente na vida de Annie e Kevin de maneiras diferentes.
Kevin Livens era um cara legal, só...
Max e sua namorada se encontravam hoje na casa de Kevin, ele havia recebido os amigos com uma boa xícara de café e preparava algumas receitas do livro de cozinha que era de seu pai.
Isso mesmo, Maxon Livens era cozinheiro.
— Estou feliz, não posso?
— Claro, Kevin! Max só está com dor de cotovelo.
Samantha riu.
— Eu e Annie estamos bem, e hoje meu pai vai poder jantar aqui em casa.
— Isso é sério? — Max perguntou, também estava feliz pelo amigo. — Uma pergunta, ele vai poder cozinhar? Tô pensando em furar a bóia aqui!
Samantha revirou os olhos e Kevin riu.
— Eu encomendei a comida, Max. Você não vai provar dos quitutes do meu pai tão cedo…
— É uma pena.
Ao lado de fora uma buzina alta chamou a atenção de todos, os três caminharam para a porta e encontraram um carro estranho. O moço chamou por Kevin que foi até ele.
— Vim trazer as peças que você comprou!
— Ah é mesmo! Você veio mais cedo…
— Não contava com alguns contra tempos...
Kevin parecia se sentir mais aliviado, mais um passo estava sendo dado e logo, logo ele poderia dar aquela volta de carro que prometera para Annie.
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Aquela manhã Annie acordara se sentindo mal, a verdade é que passou à noite toda assim, já havia falado com Miguel e o mesmo preparava o carro para levá-la para o hospital.
Ela terminou o banho e se vestiu com um pouco de dificuldade, sentou-se na cama e mirou a janela. O sol estava fraco hoje e ventava forte, provavelmente uma chuva estaria vindo o que era bom já que Annie gostava dos dias chuvosos.
Se perguntou por um momento se Kevin compartilhava do mesmo gosto que o seu, se a família dele era de Londres ele já havia se acostumado com o frio.
Foi ao lembrar de Kevin que o nome Gina Yoshida veio em sua mente, Annie levantou-se as pressas atrás de seu notebook. Havia se esquecido completamente do e-mail que enviara para a médica de Londres. Sentou-se na cama e logo abriu sua caixa de entrada.
Seus olhos deslizaram para um novo remetente, por um momento ela quase não acreditou. Fechou seus olhos e suspirou fundo, abriu o e-mail que Gina havia lhe enviado como resposta e se pôs a ler.
Olá Annie! Aqui é a doutora Gina, tudo bem com você? Eu espero de todo meu coração que sim. Acredite, fiquei muito tocada com o seu pedido, a maneira que você se importa que outros tenham a chance de serem curados, mesmo que você não tenha essa oportunidade é um ato muito nobre.
