Behind The Spotlight (Larry Stylinson)

37. A decisão

Quando Louis negou realizar o pedido a Cowell, ele sabia o que Harry poderia vir a enfrentar. Ele tinha consciência e estava pronto para estar ao lado de Styles, mas parecia que nenhum aviso poderia prepará-lo para o que estava por vir.

Cowell foi cruel diante da recusa.

Ele pareceu abrir um sorriso maligno e começar a rodar as engrenagens de um plano infalível que traria apenas ainda mais infelicidade a Harry.

Cowell parecia se deleitar com isso, talvez usando como justificativa que a diminuição de seus lucros também traziam infelicidade a ele.

"Eu estou feliz pelo que fez. Você não deveria pensar que devia ter tomado uma atitude diferente." Harry comentou, vestindo uma blusa de lã grossa e capturando meias escuras, como forma de se preparar para adentrar os cobertores e ficar lá enquanto estudava um roteiro.

"Eu não sei... Fico pensando que talvez... Talvez eu devesse ter pelo menos fingido que cumpriria com o acordo que Cowell tinha proposto. Não sei... Fingindo que eu me afastaria. Eu não precisava ter escrito na minha testa um grande e estridente não."

"Você se colocou em primeiro lugar e fez o que queria fazer. Isso não é errado, ainda mais quando alguém tenta usar seus próprios sentimentos contra você. Além disso, tudo o que está acontecendo já era esperado. Você ter ou não ficado, não mudou nada a respeito dos eventos programados por essa minha maldita gestão."

"Não mudou nada?" Louis questionou, claramente indignado, pois sabia que aquilo não era verdade.

"Sim, não é verdade."

"Harry, você está exausto de tanto ter de sair para posar para fotos de paparazzi ao lado de Rebecca. Eles mal o deixam respirar. Simon não para de te ameaçar com o casamento e fica sussurrando no seu ouvido sobre a possibilidade das coisas piorarem a esse respeito. Você mal está dormindo e sua cara de preocupado não passa despercebida por mim."

"É só uma fase..."

"Só uma fase?"

Louis estava descrente, disse aquilo até com um tom suave e pausado, processando as palavras, querendo achar graça do jeito despreocupado com que Harry dizia, mas impedido por estar sendo corroído de desespero por dentro.

"Amor, os meus advogados estão avançando com o processo. Só durante essa semana eles encontraram dois furos a nosso favor que podem explorar da melhor forma possível." Harry pareceu perceber que a ruga de preocupação no meio da testa de Louis ainda permanecia no mesmo lugar, pois acrescentou: "Acredite quando digo que logo tudo estará resolvido."

"Eu só... Só tenho medo do que eles podem encontrar a favor deles. Sam..." Aquele nome ainda provocava um sentimento no peito de Louis. Não era como antes que fazia borboletas aparecerem no seu estômago. Não. Era como pedras amarradas em seus pés. Para onde ele fosse, era como carregar um resquício de algo que agora percebe o quanto é desagradável tê-las ali. "Sam pode usar de artifícios para encontrar furos também."

Um sorriso debochado, um velho conhecido, surgiu nos lábios de Harry.

"Sam pode tentar."

Louis tentou não rir.

"Você está muito confiante. Tenho medo de seus pés não estarem no chão o suficiente para lidar com isso."

Um sorriso começou a se curvar de lado nos lábios de Harry, trazendo junto uma profunda covinha em sua bochecha.

"Você está fazendo aquilo de novo?"

"Aquilo o que?"

"Aquilo sobre o que nos conversamos ontem."