24. Atração

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Aviso: Conteúdo gatilho. Violência (Massacres e Mortes) e Linguagem inapropriada.

Leia por sua conta e risco.


( Jason Fletcher )

Me encontro em uma verdadeira bagunça assim como meu quarto, a cama como sempre desarrumada pelas noites mal dormidas, garrafa de bebidas se encontrava vazias sobre o chão, os livros que nunca sentir interesse em ler espalhados pela mesa, todos os livros que pertenciam a ela. Eu odiava revirar o passado, mas eu precisava lembrar de como ela era, de tudo o que ela amava, mas os livros nunca foram o suficiente. Entretanto encaro o baú feito a madeira carvalho e decorado por ferro forjado onde escondia o que mais temia.

Tento encarar o máximo aquilo, mas era sufocante assim como os sentimentos que a princesa de Tidal Bridge me causa.

Passei por uma década aguardando para me vingar por todas as vidas tiradas, desejando mais do que tudo decepar a cabeça do maldito rei de Tidal Bridge. Mas todo meu plano se desfez quando o Mar derrubou a garota na ponte, me causando uma revolta por não ser o nosso combinado.

Me sinto traído pelo Mar, como Ele pode mentir para mim?

Tive que tentar fingir que a fedelha não me causava nada, mas o Mar sabia que eu também estaria mentindo, pois somos um só.

Ele obedece aos meus comando, suas ondas violentas são a minha ira, suas águas salgadas é a minha própria amargura. Éramos um encaixe perfeito até a fedelha chegar.

O Mar se contentou com ela, enquanto eu a odiei pela forma que vem me deixando.

Toco na ponta da adaga enquanto tentava entender o que Mar desejava tanto com aquela garota e por que tinha que justamente me escolher para tomar conta dela?

Lembro de quando nossos olhares se encontraram pela primeira vez, ela estava tão assustada e confusa naquela noite tentando fugir, mas não era para menos pois seu reino estava sendo atacado. E isso foi algo que não estava no plano da mulher que se juntou a nós, ela apenas queria a garota enquanto alguns piratas só queriam se divertir com sofrimento de Tidal Bridge. E falhei também, esqueci de todos ao meu redor, não agir como um líder por está cego de ódio ao ver o miserável do Carl tão perto de eu o desfigurar por inteiro, tão perto de ter o gosto da vingança pelo que fez ao meu irmão, pelo que fez a todos que eu amava, pelo que fez ao meu povo.

Mas todo aquele meu ódio foi embora quando eu vi a princesa, tudo o que eu sentia naquele momento se desfez. Ela me deixou desconcertado, me sentir encurralado por aquelas sensações estranhas.

Eu talvez pudesse ter voltado atrás se não tivesse sido o burro o suficiente para segui-la.

O Mar levantou as ondas para os guardas do palácio não a alcançarem, então em seguida a derrubou para que ela não fugisse. Fiquei confuso no início do Mar ter feito aquilo com a pobre garota e eu deveria fazer algo, pois eu sentia Ele me chamar. E o Mar abaixou suas ondas furiosas para eu pudesse salva-la.

Então depois eu compreendi, o Mar nunca mataria mesmo se eu não tivesse a salvado, Ele só estava fazendo um teste que no qual infelizmente passei. Se eu não tivesse me aproximado, se eu tivesse ao menos deixado que o Mar tomasse conta sozinho, se eu tivesse esperado só mais alguns minutos, outro alguém poderia ter sido escolhido.

Que ódio! Pelos Mares, onde fui me meter?

Quando eu a trouxe para Canto de Lyra, deixei ela deitada na minha cama, mas eu não suportava ficar no mesmo ambiente que ela, então ordenei que Liam a levasse para o dormitório da tripulação. Mas infelizmente aquela fedelha tinha que acordar no mesmo dia que a deixamos no dormitório para vim me atormentar.

Dois Corações, Uma Válvula Where stories live. Discover now