Capítulo 3 - Celos e celos

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DÉBORA – Vou, meu amor, vou te dar um filho, o seu filho homem que você tanto deseja!– e o beijou de modo doce nos lábios.

Vitoriano ficou sem palavras e olhou para Inês no segundo seguinte... Inês tinha os olhos cheios de lágrimas, o sonho do pedido de divórcio, de focarem juntos, tudo acabava naquele segundo quando ela ofertava a ele o que mais desejava e ainda com a premissa de que não podia ser contrariada.

Inês virou as costas e saiu do quarto...

Inês saiu do quarto sentindo seu corpo inteiro estremecer. Aquela notícia lhe caía como um tiro, como algo que ela não tinha controle e que mudava todas, absolutamente todas as promessas que Vitoriano tinha feito a ela.

O filho homem que ele desejava talvez estivesse sendo gerado na barriga da odiosa mulher que ele tinha agora. O filho que ela tinha perdido e que nunca tinha contado a ele que tinham gerado juntos.

Inês chorou, caminhou em direção a baia chorando alto, sentindo a cabeça girar e o estômago doer. Queria sair daquele lugar, queria ir a um local onde pudesse derramar todas as lágrimas daqueles anos todos de espera e agora, depois de se entregar e ver o quanto ele ainda a queria, ela simplesmente via tudo ruir.

Chorou alto e depois segurou na barra de uma das baias, sentiu que estava tonta e que a emoção daquela notícia a deixava sem ar. Respirou fundo se contendo.

XX – A senhora está bem?– a voz veio acompanhada de mãos suaves que tocaram seus braços e ajudaram Inês a se manter de pé.

O olhos do homem envolveram os olhos dela e ela se sentiu amparada por ele. Mesmo sem saber quem era aquele homem, Inês sentiu uma paz tremenda ao ser amparada por ele. Sentiu-se fraquejar e voltou a chorar.

INÊS– Eu, eu...– ela estava um pouco tonta, mas iria melhorar, era só a dor de receber aquela notícia.

XX– Não quer se sentar?– ele sorriu e segurou o braço dela de modo mais firme.

INÊS– Não, eu vou ficar bem.– ela inspirou fundo para controlar sua tristeza e tentar conversar.– Mas o senhor é...

LUIS – Luis Fernando de Carrillo.– ele sorriu para ela. Era linda e ele estava impressionado com aqueles olhos verdes que pareciam saltar como dois oceanos em direção a ele. Era linda!

Era um homem alto, com uma expressão de tranquilidade que deixaria qualquer mulher em paz.

INÊS– O dono de Rosa branca, a fazenda que compra os cavalos aqui?– ela sorriu, conhecia o homem sem nunca tê-lo visto, mas sabia que Vitoriano tinha problemas com ele porque era exigente.– O senhor me desculpe, não nos conhecemos pessoalmente, mas já nos falamos algumas vezes por telefone...

LUIS– Inês?– ele sorriu e viu Inês se ajeitar em sua frente e olhar para ele parando de chorar.– Você é a doce Inês que tem a voz mais suave que já ouvi?

Inês sorriu e olhou para ele de modo gentil. Como ele era educado, tão educado em sua frente como era ao telefone com ela. Podia se lembrar de algumas vezes que dissera que ele era um homem educado e Vitoriano replicava dizendo que somente com ela.

INÊS– Por favor, Senhor, não me deixe sem graça.– sorriu e soltou-se dele para cumprimentá-lo com um beijo.– É um prazer conhecê-lo.

LUIS– O prazer é todo meu, Inês e se me permite. – ele a olhou com cuidado e sorrindo para ela, parecia um anjo.– Por que estava chorando? O que aconteceu?

Inês recuou e tentou não encará-lo, mas Luis a tocou no rosto suspendendo para que olhasse para ele.

LUIS– Uma mulher linda como você, Inês, não tem que chorar por nada, por nada mesmo.– ele falou terno, sentindo a pele dela em suas mãos e percebendo como ela era delicada...

LAS AMAZONAS - LA - VIVENDO NOSSO AMOR - SEGUNDA TEMPORADAOnde histórias criam vida. Descubra agora