Capítulo 9 - Decisões

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VITORIANO – E não toma anticoncepcionais... porque você não tem uma vida sexual... – ele a enlaçou nos braços e a olhou nos olhos. – E estamos fazendo amor desde ontem... Já tem um filho meu na sua barriga. O filho que não tivemos...

INÊS – Vitoriano, não diga essas coisas... Sua esposa está grávida! – falou querendo se livrar dele sem conseguir, aqueles braços eram especiais...

VITORIANO – Ela é a minha atual esposa, mas o meu amor é você...

Inês aconchegou-se a ele, não conseguia raciocinar com ele ali, tão perto, tão seu, em seus braços... Ficaram juntos, abraçados por mais alguns minutos sem dizer nada, sem se mover, apenas os corações bem juntos e bem aproximados...

O amor não é como uma força comum, ele é sempre mais... O amor pode morrer e descortinar todas as sombras, revelar todas as verdades, todas as possibilidades... O amor é essa forma máxima do entendimento de dois ou mais "alguéns".

O amor dos dois, era... simplesmente era como uma labareda de fogo, como um raio de sol e luz suprema... O amor como forma máxima de pequenas finezas... Tudo na forma do amor deles era espacial...

Depois daquele pacto selado em silêncio, Vitoriano a beijou e sorriu.

VITORIANO – Eu vou me banhar e resolver algumas coisas...– ele sorriu.– Fique no quarto e descanse. Você precisa descansar...

INÊS – Não, eu preciso cuidar do café...– foi interrompida.

VITORIANO – Você não precisa de mais nada...– ele a tocou nos lábios.– Você vai deitar e dormir porque eu quero você inteira para mim e para nosso amor... Eu vou te levar em um lugar a noite... Só nós dois...

INÊS – Eu não...– ia dizer, mas ele mais uma vez a interrompeu.

VITORIANO – Não recuse um convite se você nem sabe para o que será...– ele sorriu para ela e a beijou. – Esteja pronta para mim a noite...

Inês assentiu com a cabeça. Ele sorriu, saiu do quarto dela. Ninguém viu que Vitoriano estava saindo do quarto de Inês e ele não foi discreto, não estava se importante que vissem. Convicto do que ele queria, Vitoriano, vestido em seu roupão e tendo o amor de Inês em cada centímetro de seu corpo, ele subiu as escadas em direção aos seus aposentos.

Abriu a porta, Débora estava sentada na cama e escovava os cabelos.

DÉBORA – Onde você estava?– gritou cheia de rancor e se erguendo da cama assim que o viu.

Vitoriano suspirou, fechou a porta e se sentou em uma cadeira em frente a cama. As coisas nunca mais seriam como antes. Aquele filho estava chegando por um ajuste do destino, porque ele não tinha uma boa relação com ela a muito tempo.

Ainda compartilhavam a cama por insistência dela e quando faziam sexo, o que se limitava a uma vez a cada dois ou três meses, no último ano, era porque ele estava bêbado ou porque ela o atacava... Mas amor com o encontro, isso não havia...

Débora era linda e só. Não era companheira, nem educada com as pessoas, nem gentil com ele, era apenas a obrigação de ser uma esposa de um um homem rico. Estava sempre bem arrumada e luzindo encantadora, mas era casca, só isso, sem sentimento algum por ele.

VITORIANO – Nós precisamo conversar.– ele foi direto.– Eu quero que você se sente e não fique nervosa e por isso eu serei direto.

DÉBORA – O que? Vai justificar ter passado a noite com alguma prostituta? É isso que vai me dizer? Que você saiu por aí ao invés de ficar comigo e com seu filho?– chorou falsa, colocando a mão na barriga.

LAS AMAZONAS - LA - VIVENDO NOSSO AMOR - SEGUNDA TEMPORADAWhere stories live. Discover now