Capítulo 25 - Você tem certeza que é verdade?

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INÊS – Você é um safado, Victoriano Santos!

E entre risos, fizeram amor mais outras tantas vezes que ela quis, deixando um Victoriano ainda mais sorridente voltar para casa naquela tarde. Quando todos já estava sentados na sala, Inês viu Alejandro entrar sorrindo e olhar para ela de modo apaixonado.

Inês sorriu, estava sentada ao lado de Victoriano e tocava a barriga. Alejandro entrou sorrindo e atrás dele estava Emiliano, que sorria também...Os dois foram até ela e Alejandro a abraçou chorando. Emiliano sorriu e falou feliz...

EMILIANO– Má, chefa, esse aí... esse aí é o meu irmão! Esse aí é o seu filho...

Inês sentiu calafrios em todo corpo, sentiu a vida correr mais pulsante por seu corpo aquela declaração era perfeita e mais que esperada. Como assim aquele homem era seu filho? Alejandro apertava Inês contra seu peito e sentia o perfume dela, o perfume suave de sua mãe. Ela era a sua parte especial no mundo, a parte que faltava desde menino. Uma mãe e um filho... Uma mãe e um filho que era mais que esperado...

INÊS – Meu Deus, Alejandro, você é meu filho?– a voz dela estava embargada e as lágrimas caíam por seus olhos.– Você é meu filho?– ela se afastou e tocou o rosto dele com amor, queria ter certeza que ele estava ali que era real.

EMILIANO– Má, eu disse que um dia ficaríamos todos juntos. – deu um tapa no ombro de Alejandro.– Agora eu tenho um irmão...

E os três se abraçaram diante de Victoriano atônito, sem fala, sem chão, sem saber o que dizer. Estava muito assustado com aquela verdade apresentada ali, queria digerir aquele soco no estômago e sem mais ele foi até eles e os abraçou, depois encontrou caminho e abraçou apenas o filho. Com lágrimas rolando ele o beijou e declarou sua certeza.

VICTORIANO– Meu varão e de Inês, nosso menino!– e o abraçou de novo cheio de amor e felicidade.

Foi saudação de todos os lados, beijos e abraços, choros e certezas de amor para todo sempre. As horas seguiram e eles não paravam de falar de se confidenciar. Até que apenas Inês estava sentada ao lado dele. Alejandro tinha as mãos postas na barriga dela, na linda barriga de seis meses de seus irmãos e ela estava sorrindo olhando nos olhos dele.

INÊS– Eu te procurei a vida toda, meu filho, como sempre fui pobre eu não tinha muitos recursos, mas nunca desisti. – olhava com amor para ele.– Eu não tinha contado nada a seu pai, então nem podia pedir a ajuda dele. O maldito do Loreto conseguiu destruir minha felicidade e te separar de mim.

ALEJANDRO– Mãe, me perdoa, mas eu não consigo odiar meu padrinho....– foi interrompido e a expressão de Inês mudou.

INÊS– Ele não é nada seu, meu filho, ele é um maldito sequestrador, só isso! Só isso!

Alejandro sorriu e a olhou, sabia que ela era assim, aquele pessoa especial e que depois a raiva passaria e ela entenderia que ele não sabia sentir raiva por muitos motivos... Tudo que ele sentia por Loreto era mais que normal depois de anos ao lado dele.

E foi assim que a noite se construiu inteira e Victoriano e Inês se deitaram em suas camas e a vida sorriu para eles naquele lindo paraíso de amor... Os dois abraçados, ela apenas com uma fina camisola cobrindo o corpo que sentia calor extremo com aqueles lindos três bebês ali...

Victoriano a beijava e acariciava sua barriga, e os dois estavam felizes de ter o filho de volta, queriam Alejandro ali, bem perto e com eles. O tempo perdido seria recuperado em atenção e amor. O beijo ficou mais terno ainda quando ele deu boa noite. E os dois se abraçaram e se amaram mais uma vez, com aquele desejo mais que especial que tinham um pelo outro.

AMANHECEU...

O relógio despertou e Inês acordou sorrindo com aquela expressão de amor e de felicidade que acordava todos os dias... Tocou sua barriga em busca de seus bebês e achou sim uma barriga menor. Abriu os olhos assustada e tudo estava diferente. Sentiu o coração na boca e olhou o homem a seu lado.

Luis sorriu para ela e a beijou nos lábios....

LUIS– Bom dia, minha esposa, como acordou hoje? Eu e nossa pequena Alice estamos esperando você para o café e Victor Hugo também.

Ele sorriu, sobre o peito dele uma meninas de quase três anos e entre suas pernas um rapazinho de mais cerca de cinco anos... Ela tocou sua barriga e olhou para ele assustada, que espécie de sonho ou pesadelo era aquele?

Luis percebeu o sofrimento dela e tocou em seu rosto...

LUIS– Calma, amor, teve aquele pesadelo de novo com a morte de Victoriano e seus filhos?– ele falou triste tocando o rosto dela.– Calma que vamos conversar...

Inês sentiu o estômago remoer, a babá bateu na porta e sorrindo para Inês e Luis ela pegou a pequena Alice no colo e deu a mão a Victor Hugo que beijou a mãe para sair com ela ali. Luis esperou que a babá fechasse a porta e sorriu para Inês.

LUIS– Meu amor, há algum tempo atrás você sofreu um atentando de um maldito homem chamado Loreto. Ele fez uma emboscada com Débora e atentou contra sua família, depois de muito sofrimentos Débora, comparsa dele atirou em seu marido e o matou. – ele esperou, quando dava essa notícia, todas as vezes, ela entrava em desespero.

Inês soltou a mão dele, gritou desesperada e sentiu seu coração aos pedaços...

INÊS– É mentira, isso aqui é um pesadelo! Não pode ser real!

Luis a tocou com carinho amparando o choro dela e a tomando em seus braços. Amava Inês mais que tudo. Amava o jeito dela, a forma como ela sorria. Ela aceitou o abraço dele, mas somente por que ela estava desarvorada, sofrida, sem chão...

Ficou chorando ali alguns minutos e depois se afastou dele.

INÊS– Depois dessa tragédia, eu me casei com você?

LUIS– Não, Inês, não foi assim. Você passou muitos dias doente, muitos mesmo. Ficou meses para se recuperar e depois de um tempo, em que eu, Alejandro e Emiliano cuidamos de você. Estávamos todos apavorados porque você não se recuperava e ...

INÊS– Meus filhos? E meus filhos?– ela chorrou sofrendo pelos gêmeos.– Onde estão minhas crianças?

LUIS– Calma, meu amor, nossos gêmeos estão bem, estão dormindo agora no outro quarto. Eles já tem sete anos...

Ela o olhou e sentiu de novo a faca no estômago.

INÊS– Eu sou sua esposa?– ela o olhou assustada.– Eu e você somos casados?

Luis sorriu, ela sempre ficava daquele modo quando não se lembrava do que tinha acontecido.

INÊS– Eu amo, Victoriano, eu sou a mulher dele, só dele, eu não ...– ela se calou e olhou o homem em sua frente e naquele momento percebeu que ele estava apenas de cueca e a olhava de modo carinhoso. Ela se olhou, a camisola curtinha, não usava lingerie, estava exposta porque era transparente e só percebera naquele momento.– Eu faço...

LUIS– Sim.– ele tocou o rosto dela com carinho de deu selinhos em seus lábios.– Sim, fazemos amor todos os dias, minha vida, fazemos amor e você só se acalma assim.– ele a beijou mais intenso embora ela não soubesse como reagir.

As mãos dele acariciavam Inês com ternura e ele buscou o aconchego dela e a beijava mais até que quando deitou com ela, Inês tocou o peito dele e virou o rosto.

INÊS– Isso não pode ser real, meu marido é Victoriano...

Luis a tocou com carinho e beijou de vagar...

LUIS– Calma, meu amor, agora, seu marido sou eu...

LAS AMAZONAS - LA - VIVENDO NOSSO AMOR - SEGUNDA TEMPORADAOnde histórias criam vida. Descubra agora