Capítulo 57

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Graças aos medicamentos da outra noite, eu não acordei com todas as dores que eu temia acordar igual na primeira noite

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Graças aos medicamentos da outra noite, eu não acordei com todas as dores que eu temia acordar igual na primeira noite. Estou apenas com uma leve dor de cabeça que passa no momento em que começo a comer.

Já é meu segundo dia no hospital e eu não aguento mais, preciso ir para casa. Matthew não saiu do meu lado um segundo sequer, a não ser agora que foi conferir com meu médico se está tudo bem nas observações. Rosie e Lucas também passam boas horas comigo tentando me animar e me fazer rir, o que não é dificuldade para eles.

Mamãe conseguiu marcar o julgamento da Olívia para hoje a tarde, o qual não poderei comparecer porque não posso sair do hospital. Meu pai e Matthew estão cada vez mais unidos, vivem conversando sobre futebol e esquecem completamente de mim.

A família do Matthew veio me visitar: Nat chorou horrores, mas não demorou para voltar a ser radiante como é; Amanda me fez companhia e me fez rir durante horas; Mary e vovô Maillard me visitaram, deixaram clara a preocupação e disseram que qualquer coisa que eu precisasse, era só telefonar; a mãe e pai do Matthew trouxeram um lindo buquê de rosas para mim quando vieram e expressaram o tamanho alívio que estavam sentindo, sem esquecer a gratidão por eu estar fazendo o filho deles tão feliz.

Ah, Sra e Sr Maillard, vocês não imaginam o quanto o filho de vocês me faz feliz.

Os hematomas nas minhas pernas já sumiram, deixando apenas um pequeno machucado de quando arrastei meu joelho esquerdo no chão. As dores nos meus braços já passaram e o único incômodo é no meu estômago que ainda está com o hematoma horrível.

Já cansada de ficar sentada na enorme cama do hospital, eu me levanto e vou para o corredor na intenção de ir até o terraço, lugar onde passo maior parte do meu tempo desde que estou aqui.

Cumprimento Aeyn, a enfermeira que cuida de mim e que lança olhares mal intencionados para Matthew toda vez que vai até meu quarto.

Quando chego no terraço, o vento frio bate no meu rosto e eu respiro fundo, sentindo todo o meu corpo relaxar. Seattle está enfrentando uma temporada de chuva e bastante frio, o que faz com que eu me sinta adorável.

Agradeço mentalmente por não ter secado meu cabelo quando tomei banho minutos antes do Luke trazer salada de frutas para o meu café da manhã, assim ele pode secar com os ventos.

Vou andando até a ponta, onde me encosto na barreira de proteção e fico observando a linda cidade aos meus pés. Ao longe, eu consigo avistar o colégio. Lembro-me da Cat chorando ao me visitar no hospital e meu peito aperta, eu sinto falta de ficar no colégio fofocando com ela e as meninas no intervalo.

E percebo que estaria fazendo isso nesse exato momento se eu não estivesse aqui, mas tudo mudou. Na verdade, a minha vida mudou quando Matthew apareceu.

Se ele não tivesse entrado como professor, é provável que não estaríamos em um relacionamento agora. Acho provável que nós nos encontraríamos sim no escritório ou em algum evento de advogados e empresas, mas acho que não nos envolveríamos.

Querido Mr. MaillardOnde as histórias ganham vida. Descobre agora