Se entregando

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Br: Ele chegou agorinha à pouco - dizia ao telefone sentado numa das cadeiras na área aberta da casa enquanto Rússia acabava de entrar dentro da casa.

Já eram 11:43 da manhã, fazia mais ou menos umas três horas desde que o maior havia saído. Russ voltara silencioso, pensativo.

Eua: Ele tá bem? - digitou aliviado.

Br: Tá sim. Só tá um pouco quieto, mas é normal pra ele.

Eua: Onde ele tá agora?

Br: Na cozinha bebendo água.

Eua: Posso falar com ele?

Br: Claro - ele afastou o telefone de seu ouvido e se levantou para o levar até o rapaz dentro do cômodo mais extenso - América quer falar com você - disse entregando o aparelho ao mesmo.

Rússia pegou este sem muita empolgação das mãos do menor e atendeu a quem lhe esperava na chamava, não demonstrando muito interesse pela conversa mas também nenhuma emoção que pudesse esboçar algo positivo ou negativo em sua expressão.

Rus: Oi.

Eua: Russ, como você tá?

Rus: Bem.

Eua: Tá com...ressaca?

Rus: Tô.

Eua: Tá bem sobre ontem?

Rus: Tô sim. Preciso ir agora, estou fedendo a álcool, até mais - falou devolvendo o celular ao brasileiro sem lhe dar a chance de retrucar e se retirando dali em direção ao seu quarto com pressa.

Eua: Rusky? - chamou inutilmente, procurando pelo rapaz que já havia ido embora.

Br: Sou eu, ele foi pro quarto.

Num longo suspiro, América se jogou sobre a cadeira da mesa da sala de estar onde almoçava sozinho.

Eua: Ele não quer falar comigo.

Br: Pega leve com ele, ele ainda deve estar tentando assimilar tudo. Ou talvez esteja passando bem mal pelo tanto que ele bebeu ontem à noite.

Eua: Duvido muito, certeza que ele não quer mais nem olhar na minha cara - disse apoiando seus cotovelos sobre a mesa e passando sua mão livre sobre a testa até a cabeça.

Br: Dá pra me ouvir? Para de tirar conclusão precipitada antes da hora, caramba! Ele deve tá só meio impactado ainda.

Eua: Tá, mas e se ele tiver ficado ofendido ou se sentido abusado?

Br: Abusado com um beijo, América?

Eua: É, ué, já é uma intimidade meio forçada né?

Br: Cara, larga de viagem.

Eua: É sério, porra, eu tenho certeza que perdi todas as chances que eu tinha de poder ter algo com ele.

Br: Sossega essa periquita, América! Já falei pra esperar, você sabe como o Rússia é caladão. Ele tá morando na mesma casa que eu, uma hora ele vai voltar ao normal ou eu vou acabar descobrindo o que tá incomodando ele.

Eua: Promete que vai me contar tudo?

Br: Prometo, prometo, agora termina seu almoço aí é relaxa. Deixa que eu lido com ele hoje.

Eua: Tá bom...

Br: Até à noite na faculdade.

Eua: Até... - Eles encerraram a chamada.

América afastou o celular de seu ouvido e o apertou com os dedos em sua mão.

Eua: Até parece que eu vou ficar aqui de braço cruzado esperando aquele jumento soviético empacado decidir alguma coisa!

Amor em CaosWhere stories live. Discover now