Amor em Caos

Segurança

Eua: Japão! - exclamou abrindo os seus braços com entusiasmo e os envolvendo pelo pescoço da pequena garota ao encontrá-la à porta de entrada da casa - Coréia! - disse num tom ainda mais animado ao se afastar da jovem se direcionando ao rapaz pálido do lado dela - Não te vejo há tanto tempo! - falou dando alguns tapinhas nas costas do rapaz, demonstrando já ter grande intimidade com ambos os membros do casal.

Cs: É bom te ver de novo, Estados Unidos - respondeu num riso doce em resposta ao entusiasmo do mais velho - Como tá o papai? - indagou ao se separar do mesmo.

Eua: Trabalhando, pra variar - brincou.

Cs: No caso dos...soviéticos?

Eua: É. Já tá sabendo da novidade?

Cs: Do seu amigo soviético?

Eua: Então já sabe - riu buscando tornar a situação o menos desconfortável possível - Ele deve estar no quarto, entrem, daqui a pouco ele aparece - disse se colocando ao lado da entrada da porta para que os amigos pudessem entrar.

Ambos retiraram seus sapatos como de costume e os deixaram no canto da parede, enfileirados em par de maneira organizada enquanto o amigo trancava a fechadura para que nenhum perigo pudesse entrar na casa com os quatro ali dentro.

Ja: Sua casa tá tão perfumada - disse cheirando profundamente o ar, sentindo o aroma de lavanda que reinava pela residência.

Eua: O-obrigado, eu fiz uma limpeza rápida hoje cedo quando acordei - mentiu numa risada envergonhada, tentando disfarçar a verdadeira razão pela qual queria mudar o cheiro do lugar antes que os jovens chegassem (sexo) - Vocês querem alguma coisa? Um chá? Eu fiz do sabor que vocês adoram! Vamos pra cozinha pôr a conversa em dia, já faz tempo que a gente não se vê, maninho! - continuava disfarçando, sem necessitar de muito esforço devido à empolgação por ter seu irmão ali.

Cs: Faz mesmo (risos).

Eua: Vamos, daqui à pouco o Rusky desce - falou tomando à frente para que os amigos o pudessem seguir até a copa.

Com aquela certa insegurança oculta os incomodando e os atrapalhando a ir, o casal de asiáticos seguiram o jovem até a cozinha, olhando para as portas por onde passavam na procura insegura pelo soviético cujo mesmo seus olhos não conseguiam encontrar em local algum em meio ao percurso. Chegaram ao cômodo com um sutil nervosismo lhes causando receio, mas por educação e consideração ao americano, buscaram disfarçar sua agonia e se portaram normalmente. Sem suspeitar de nada, o jovem americano tirou algumas xícaras de dentro do armário e as pôs sobre a mesa para servir os dois, despejando o chá recém feito e ainda quente na porcelana branca, deixando a fumaça fina e clara se dissipar no ar aos poucos conforme subia.

Eua: Aqui - disse entregando com educação as mesmas aos amigos.

Ja: Obrigada - agradeceu pegando a sua com as mãos minimamente suadas.

Cs: Obrigado - fez o mesmo que a namorada.

Eua: Sentem-se - os convidou com um sorriso apontando às cadeiras com sua mão - Estão em casa.

Eles o fizeram, sendo acompanhados pelo rapaz.

Eua: O que vocês tinham pra me falar?

O momento de abrir os lábios e revelar as verdades era aquele, Japão mirou com claro nervosismo o asiático ao seu lado, que num suspiro em busca de ignorar seu medo e pôr o que sabia em jogo, deixou a xícara sobre a mesa e mirou o americano nos olhos, todos estavam tensos naquele momento.

Cs: O tiroteio que teve ontem a tarde...foi meu irmão gêmeo que...matou o policial.

Eua: O Coréia do Norte?!