12 | agora | minta por amor

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BOSTON, USAMETADE DO OUTONO

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BOSTON, USA
METADE DO OUTONO

As pessoas vêm e vão, ignorando meus olhos atentos nelas, da mesma forma que os meus tímpanos ignoram os murmúrios de pessoas que se mesclam as sonoras máquinas que fabricam café expresso, chocolate ou chá – o som é quase como um soprar entre os dentes -, dentro daquele café localizado no centro da cidade.

— Aqui está — aquelas palavras desviam meu olhar do cotidiano alheio, focando na mulher de cabelos castanhos e soltos, trajando uma blusa de gola alta naquele começo de tarde gélido do outono, que desliza um copo de papel com tampa em minha direção — Café com leite de soja — revela o item dentro do recipiente.

Os dedos de Lisbon Taner batucam o canudo revestido em um papel, com facilidade ela despe o objeto comprido e cilíndrico de plástico, que prontamente fura o buraco no meio da tampa de plástico.

Seus lábios sugam o líquido, suas pálpebras se fecham em prazer. Meus dedos se limitam a envolver o cálido copo de material sensível entre os dedos e apoiar a borda nos lábios, bebericando algumas gotas do líquido quente adocicado.

Degusto, acomodando minhas costas no confortável encosto da cadeira de madeira, lanço meu olhar em direção a minha amiga de longa data, quase uma vida toda.

— Então — meus lábios laçam o preludio da retomada de uma conversa abandonada para ela pegar os pedidos — Vai me contar como você o convenceu a comparecer na reunião de hoje?

Seus lábios não produzem nenhum som, apenas se curvam perspicazes, a ponta da sua língua os umedece.

— Simples — aquelas palavras saem cantaroladas e cheias de prazer que aguçam minha momentânea curiosidade — O Bufton e ele foram presos a duas noites atrás — revela aquela informação desconhecida para mim — E o babaca do Henry pediu a minha ajuda, acabei apenas usando como moeda de troca — um dos seus ombros se infla buscando dar um tom de genialidade a suas palavras.

Minhas pálpebras se abrem e fecham mais vezes que o normal, para que meu cérebro pudesse processar aquela informação.

Presos?

— Presos? — meus lábios dão voz aos meus pensamentos.

Ela maneia positivamente a cabeça, afastando seus lábios do objetivo cilíndrico de plástico e engolindo o liquido que parecia agradável.

— Isso mesmo, presos — Lisbon acena — Eles brigaram no Maurice com um cara que é primo do capitão da delegacia local.

Brigaram?

— Mas eles estão bem? — agora é a vez da minha preocupação torna-se sonora, em uma pergunta apressada demais para quem não deveria se importar — Se machucaram? — tento proferir aquelas palavras o mais lento e casual possível.

Sempre sua Garota [✓]Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz