13 | antes | sem arrependimentos

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BOSTON, USACOMEÇO DO VERÃO

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BOSTON, USA
COMEÇO DO VERÃO

Dou um passo para frente – primeiro o calcanhar, depois a ponta dos dedos do pé – os dedos das minhas mãos se afundam contra o tecido jeans da camisa trajada pela mulher parada de costas para mim. A minha mulher. A senhora Avery.

Ignoro o que seus lábios tagarelas pronunciam, enquanto ela sustenta em suas mãos dois pacotes de lençóis, ela os balança no ar. Eu a ignoro. Simplesmente afundo a ponta do meu nariz entre suas madeixas castanhas, inalando o já familiar aroma de rosas.

— Avery — meus tímpanos não conseguem ignorar aquela censura.

Dilato minhas narinas, soltando o ar, reviro os olhos e repouso meu queixo no seu pequeno ombro, enquanto as pontas dos meus dedos caminham preguiçosamente em torno do seu corpo, até que esteja completamente envolto dentro dos meus braços.

— Qual você escolhe? — ela dança no ar um jogo de lençol cinza, com alguns mosaicos e outro jogo azul marinho com alguns traçados que mais pareciam rabiscos feitos por uma criança.

— Qualquer um — murmuro, dançando meus ombros em desdém.

Milimetricamente ela gira sua cabeça, de soslaio não ignoro o familiar olhar estreitado, que formava um vinco entre suas sobrancelhas.

— Está bem — me rendo com um suspiro, vagando o olhar preguiçoso pelos dois pacotes e pela gondola logo atrás. Meus lábios se curvam quando acham algo agradável — Aquele — aponto para a prateleira do meio, para a fileira dos lençóis escuros e de bolinha.

— Aquele? — agora seu cenho se arqueia para cima.

Maneio positivamente a cabeça.

— Aquele — cantarolo convicto.

— Por que? — ela estreita os olhos em minha direção, como se questionasse a minha escolha.

Curvo os lábios satisfeito com a pergunta, principalmente porque sabia que a resposta a iria fazer corar.

Delicadamente levo as pontas dos meus dedos até os longos fios do seu cabelo, gentilmente os coloco atrás da orelha. Ela treme controladamente. Meus lábios úmidos se aproximam do lóbulo da sua orelha.

— Porque quando estivermos fazendo amor — ela traga a saliva de forma audível — E você estiver por baixo — sussurro aquelas palavras, tornando sua respiração um pouco curta — Vai ser como uma pintura perfeita a sua pele branca — passo a ponta do meu dedo que ainda envolvia seu corpo, na parte exposta do seu braço .

Ela empertiga o corpo, com a respiração controlada. Não consigo conter meus lábios quando o tom rubro assume as maças das suas bochechas. Seus olhos fogem dos meus. Minimamente sua cabeça balança para frente e para trás em concordância. Enquanto seu corpo se limita em inclinar-se para frente, abandonar as suas opções de lençóis, agarrar a minha escolha e jogar na cesta enorme de rodinhas apoiada no revestimento de carpe de madeira.

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