14 | agora | as coisas que ignoramos

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BOSTON, USAMETADE DO OUTONO

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BOSTON, USA
METADE DO OUTONO

Meus lábios sabem o que fazer, os movimentos exatos, minha língua sabe os pontos que devem tocar daquela familiar boca, e é o que faz. Minha língua acaricia pontos sensíveis da sua boca e dança com a língua da mulher deitada com as pernas em torno do meu corpo. Minha boca engole seus gemidos. Seus dedos abrem caminho em minhas madeixas. Porém o sangue continua a correr normalmente pelo meu corpo, ou não, pois parece irrigar com mais intensidade meus neurônios que não paravam de trabalhar, causando uma aguda dor em minhas têmporas.

Meus dedos se afundam contra o fino tecido que revestia do corpo da mulher deitada embaixo de mim. Meus lábios beijavam os seus, minhas narinas estavam impregnadas por seu perfume, mas minha cabeça ignorava todas as características daquela mulher de cabelos negros e cacheados, pele morena e cheirosa, apenas para dar espaço a uma cabeleira de fogo que queimava em meus pensamentos.

Sua vagina roçava o membro contido na calça jeans. Mas nada, não estava sentindo nada naquela noite. Sabia que deveria beija-la, tirar nossas roupas, excita-la o suficiente em uma longa a atenciosa preliminar, para depois possui-la arrancando gemidos que ecoariam pelas paredes do pequeno quarto.

Mas só de pensar naquele roteiro, toda minha vontade se esvai. E o sangue que deveria estar concentrado no meu membro, preferiu ficar circulando nas veias da minha cabeça.

Desvencilho meus lábios dos de Billy.

— Não posso — suspiro.

Seus olhos com a pupila dilatada são uma clara evidencia de que ela não compartilhava da minha falta de desejo naquela noite, assim como seu peito que subia e descia visivelmente e suas bochechas com um suave tom rosado.

— O que? — seus globos oculares dançam em minha direção confusos.

Aceno negativamente a cabeça, ficando meus dedos já afundados no colchão de molas, impulsiono com a ajuda do meu joelho meu corpo para trás, para fora daquele leito, seus braços não relutam em prender meu corpo que prontamente é sustentado em pé, diante de uma visão que me deveria ser tentadora: uma mulher esparramada e excitada em uma cama, trajando apenas uma calça jeans e um sutiã preto rendado, que sustentava seus salientes seios.

Passo a mão entre minhas madeixas desalinhadas, buscando um pouco da minha sanidade que parecia ter se esvaído a alguns dias. Fecho minhas pálpebras, como se buscasse um pouco de privacidade.

Giro meus calcanhares, chocando a dobra dos meus joelhos no colchão, sento meu corpo que se reclina, os dedos das minhas mãos se entrelaçam, meus antebraços se apoiam em meus joelhos, enquanto minhas narinas se dedicam a diária tarefa de sugar um ar que parecia insuficiente a meus pulmões.

E pareciam ter força insuficiente para afastar as lembranças, os pensamentos e aquela desconfortável sensação de que tudo estava errado. Trago uma amarga saliva.

Sempre sua Garota [✓]Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon