The end

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Narrador - POV
2 anos depois, dezembro de 2028

— Vem, Filha. Corre pra gente tirar a foto.— Rafaella falou, e Kasih atendeu seu pedido após arrumar a câmera fotográfica que havia ganhando de Manu no natal. Bianca estava com Lorenzo nos braços, Rafaella com Jade e Kasih segurava o Alfafa, que já não tinha a mesma vitalidade de antes, mas ainda era um fiel companheiro a família.

A neve começava a cobrir a grama verde no quintal com mais intensidade, e consequentemente, a cair sobre os gorros de todos alí, mas apesar disso, a foto ficou boa. Eles tinham passado a tarde fazendo um piquenique, Kasih tinha ajudado Rafaella a fazer os doces e Bianca se arriscou a preparar as famosas panquecas, que obviamente, não ficaram tão boas ou tão bonitas quanto as da loira, mas até que estavam "comíveis" (com as palavras de Kasih).

Havia algo melhor do que passar um tempo em família? Curtindo todos os momentos e compartilhando aquelas emoções com os filhos? Para Rafaella não havia. E naquele dia, ela lembrou do sonho que teve quando estava hospitalizada, e com certeza, a realidade de agora era tão melhor quanto.

As crianças estavam cada vez mais crescidos e parecidos com as mães. Lorenzo era uma cópia perfeita de Rafaella, e Jade a xérox de Lexa. Kasih agora tinha 8 anos, e continuava sendo a criança mais estilosa do mundo. Ela era talentosa para pintura assim como Rafaella, e fazia aulas de Musica com Manu.

A noite caíra, e Jade e Kasih já estavam adormecidas. Lorenzo insistia em não dormir, não queria sair do colo de Bianca, e toda vez que ela tentava coloca-lo no berço, ele acordava e chorava. O pequeno e -ainda não descoberto- cupido, tinha uma ligação incomum com a mãe, assim como Jade com Rafaella. (Houve uma semana que loira ficou adoentada, e Jade teve febre também, a pequena não gostava de estar longe da "mami").

Depois de mais uma tentativa de fazer o loirinho dormir, Bianca enfim conseguiu.
Quando ela chegou em seu quarto, Rafaella a esperava com uma garrafa de vinho em mãos, e uma música agradável tocando ao fundo. Qual era mesmo? Ah sim. Aquela da primeira dança das duas: Nothing's gonna hurt you baby.

[ Nothing's gonna hurt you baby. As long as you're with me you'll be just fine. Nothing's gonna hurt you baby. Nothing's gonna take you from my side]
[ Nada vai te machucar, meu bem.Enquanto você estiver comigo, você vai ficar bem. Nada vai te machucar, meu bem, nada vai tirar você do meu lado ]

Rafaella - POV

Mostrei a garrafa de vinho a ela, sabia que ela não resistiria. — Eu sei que é seu favorito.

— É claro que você sabe.

— Então vem, vamos aproveitar que as crianças dormiram. — Coloquei um pouco do líquido em duas taças e entreguei uma a ela, que deu um gole sem quebrar contato visual comigo. Eu amava aquele olhar dela, a forma como ela conseguia demonstrar tudo a mim sem precisar dizer uma palavra sequer.

— Dança comigo? — Eu simplesmente não esperei que ela respondesse. — Eu lembro como se fosse hoje do gay panic que tive quando vi você dançando. — Arranquei uma risada dela e me aproximei colando nossos corpos.

Repousei minha cabeça sobre seu ombro e fechei os olhos sentindo o aroma gostoso de seu perfume, ele me entorpecia por inteira. Minhas asas atrevidamente saíram e envolveram seu corpo. E ficamos ali, dançando lentamente, assim como da primeira vez que o fizemos, e como sempre, ela continuava a me conduzir...

Bianca continuava a me conduzir e a me mostrar luz todos os dias, me animar, me apoiar, me fazer sorrir e a me sentir completa. Todos os dias ela provava que realmente não existia nada mais poderoso que o amor e, que ele sempre é algo que se vale a pena lutar.

— Eu amo você, Rafaella. — Ela disse antes de beijar meus lábios .

— E eu amarei você por toda eternidade,Bi.

Brigdes Where stories live. Discover now