| c a p i t u l o 11 |

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O JANTAR

A manhã seguinte chegou como um piscar de olhos e quando eu abri os meus Luna já não estava ao meu lado. A breve lembrança da noite passada faz meu estomago se contorcer e os cantos da minha boca se transformarem em um sorriso.

Na noite anterior eu havia me aproximado mais da Luna, e contar pra ela sobre Finn foi como fechar um ciclo que eu nem sabia que ainda estava aberto. Eu havia conhecido muita gente depois do meu primeiro namorado e eu sabia que não importava o quanto, eu nunca mais seria capaz de amar alguém como eu o amei, mas por algum motivo desde a noite passada eu não me sentia mais assim e eu sabia que Luna tinha algo haver com isso. 

Na porta Heigon já batia forte e  grosseiro e dessa vez eu não o fiz esperar muito, o macacão já estava no meu corpo e meus cabelos presos no alto, quando seguimos para arena.

— Bom dia comandante. - Faço uma breve saudação com a cabeça e sorrio.

— Alguém parece de bom humor hoje.

— Eu diria que tive uma boa noite de sono. - Posso ver quando suas sardas salpicam vermelhas por todo o rosto.

— Tudo bem Heigon pode ir. - Os olhos desconfiados e rigorosos do velho se vão e a comandante se torna apenas Luna. — Fico feliz que sua noite foi boa Raven, foi difícil deixar o seu quarto quando a vi dormindo pela primeira vez.

As palavras somem da minha boca e dessa vez eu sei que o rubor está espalhado por meu rosto.

— No treino de hoje você vai aprender a atacar. - Qualquer clima meigo foi dissipado com as palavras de Luna e um resmungo meu.

Então estávamos apostas sobre a arena novamente, dessa vez eu me certifiquei de respirar fundo e manter a minha guarda sempre atenta para os ataques da nightblood. No começo meus extintos foram bem usados e eu consegui me proteger de dois socos e uma rasteira. Usava o reflexo pra me esgueirar dos movimentos de Luna e a calma pra não me perder entre seus ataques simultâneos.

— Hora de atacar Raven. - Levanto minha mão esquerda em punho e tento acerta-la no rosto mas Luna gira seu braço sobre o meu e eu dou alguns passos pra trás. — Não revele ao seu oponente a onde você vai atacar!

Tento mais uma vez atacar o rosto de Luna com o braço esquerdo mas consciente de suas palavras jogo meu braço direito em punho na sua barriga, e mais uma vez estou entre seus dedos.

— E não seja previsível!

Me afasto um pouco mais para trás e torço a perna em que está meu apoio. Dou um grito alto em agonia e me abaixo na direção do  joelho.

— Raven! - Depois de alguns segundo abaixada,  Luna se aproxima e quando suas mãos pousam sobre minhas costas e seu rosto apreensivo surge a minha frente, aproveito a deixa e arrasto a mesma perna por baixo das suas.

Entre as EstrelasWhere stories live. Discover now