Pólis está em perigo.
E a união dos skikru ao décimo terceiro clã, pode ser a única oportunidade de vencer a guerra que se aproxima. Sob a pressão da Nação do gelo, Lexa sabe que é hora de convocar Luna e o seu clã pra lutar ao lado dos Trikru. Pr...
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A floresta.
Luna:
O frio brutal eram como pequenos alfinetes perfurando todo o meu corpo, enquanto trotavamos pela floresta em silêncio. Raven, estava apoiada sobre meu corpo e mesmo que pouco nosso calor ainda me esquentava.
Olho mais uma vez para sua cabeça deitada ao meu peito, os olhos fechados, as marcas de olheiras fundas, o cheiro de sangue. Era tão difícil vê-la assim, sentindo dor, minha cabeça repassava tantas maneiras de vinga-la, de fazer Nia sofrer o dobro por todo mal que a causou, eu odiava aquilo mas era única coisa que me mantinha ali, desperta.
- Tem certeza que é seguro ? - Paramos os cavalos em frente uma caverna escura e funda. Roan já desmontava.
- Nem um lugar em azgeda é seguro, mas não é como se vocês tivessem opções. - Ele olha de mim para os meus homens, com um sorriso de vantagem. Aperto minha adaga, eu não confiava em Roan não acreditava na sua fuga rebelde, e algo me dizia que tudo nele cheirava a traição.
- Certo. - Desmonto do cavalo, fazendo uma careta. Ainda sim ele estava certo, não havia chances pra nenhum de nós naquela mata densa e cortante.
Sendo assim entramos caverna a dentro, Echo começa fazendo uma fogueira, eu preparo o chão para que Raven, Octavia, e Murphy se deitem.
Percebo agora que Lincoln está acordado, mas não fala nenhuma palavra. Quando terminamos tudo cada qual se senta em um canto.
Eu coloco a cabeça de Raven apoiada na minha perna e massageio seus cabelos. Ela suspira e eu vejo seus músculos relaxarem. Sorrio. Eu era apaixonada por ela, sem que precisasse fazer nada.
- Vou ir buscar uma caça. Eu não cheguei até aqui para morrer de fome. - Roan está se levantando inquieto, embanhando uma faca com a ponta fina e o cabo de aço. Atrás dele, Echo afia a ponta de suas flechas.
- Eu vou com você. - Me levanto encarando seus olhos azuis.
- Não precisa, eu posso.. - Antes que ele termine eu o jogo na parede com a adaga no seu pescoço, sua lufada de ar é raivosa e aquilo me agrada. Sua guerreira, se levanta apontando pra mim o arco e a flecha, na sua esquerda e direita dois dos meus guerreiros tinham o tridente apontado para ela. O ar é pesado, como se um estouro dos gravetos da fogueira fosse capaz de explodir toda a pólvora a nosso redor.
- Eu ficaria agraciado, se você parasse de fazer isso. - Ele diz largando a faça ao chão e franzido sobrancelha.
- Se você estiver me traindo, se tiver pensado em me trair, se isso. - Aponto ao redor da caverna com a adaga. - for uma armadilha. Eu prometo te esfolar vivo, e acordado, pra que você veja cada pedacinho da sua pele ser arrancado em carne viva. - Posso ver seu arrepio, os pelos eriçando de nervoso.
