Pólis está em perigo.
E a união dos skikru ao décimo terceiro clã, pode ser a única oportunidade de vencer a guerra que se aproxima. Sob a pressão da Nação do gelo, Lexa sabe que é hora de convocar Luna e o seu clã pra lutar ao lado dos Trikru. Pr...
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ESPERANÇA.
Raven Reyes.
Eu corria desesperadamente sentindo minhas mãos meladas de sangue. Se havia sido difícil chegar até os antigos quartos, o caminho da volta parecia impossível. Meu rosto estava tão molhado que eu não poderia distinguir se era suor ou lágrimas. Talvez fosse os dois.
Apresso ainda mais as passadas e viro o corredor seguinte. Emori tinha uma hemorragia e eu precisava encontrar ajuda o mais rápido possível. Eu ainda podia ver na minha mente os olhos de Murphy esgotados de tanto chorar e buscando o quer que fosse um sorriso pra consolar a garota enfraquecida entre as pedras.
Chego em meio a multidão e seguro firme os braços de uma mulher que me encara com medo.
— Onde está a Luna ?! - Grito e a mulher tenta se desvencilhar. — Fala onde ela está ? - Me empurrando a velha começa a gritar comigo na língua terrestre e então a atenção se volta pra nós duas. Em pouco tempo vários floukrus já gritam na minha direção.
— Luna! - Grito sem dá atenção aos empurrões que começo a receber. Eu sabia que estava chorando mas isso não importava mais. — Luna! Por favor, por favor, apareça! - Uma das mulheres me empurra e aponta o dedo na minha cara e isso é o suficiente pra atiçar o restante ao meu redor. Que começa a me empurrar com mais força, puxando meu cabelo, apertando meu braço, e tentando me jogar ao chão. — LUNA! - Grito antes de parar ao chão com uma rasteira.
— Raven ? - A voz distante mas reconhecível aparece e a multidão começa a se desperçar assim que Luna surge.
A comandante corre até mim e me ajuda a levantar.
— Raven o que aconteceu ? - Suas mãos se prendem em volta do meu rosto e eu sinto uma onda de falta de ar me tomar.
Eu não conseguia falar, não conseguia pedir ajuda. Ao nosso redor os floukrus resmugavam xingamentos, e tudo parecia rodar cada vez mais forte, me deixando tonta.
— Ei, olha pra mim eu to aqui ok ? Não olha pra eles. Olha pra mim. - E é o que faço, uno meus olhos aos de Luna e aos poucos sinto minha respiração volta ao curso normal. — Agora me diz o que está acontecendo.
— A Emori. A Emori ela sofreu um acidente, a explosão...ela ela tá embaixo dos escombros. Ela precisa de ajuda agora Luna!
— Tá bem. - Com o polegar ela seca minhas lágrimas. — Ei você, chama o curandeiro e todos os aprendizes, diz que é uma emergência!
— Mas comandante, o curandeiro está aos cuidados de Yara. - O guerreiro diz.
— Faça o que eu digo sem questionamentos!
— Sim senhora.
Em alguns minutos o curandeiro e seus aprendizes, surgem e eu posso levar Luna e os demais até Emori.
