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O resgate.

Raven:

— Eu sabia! - Ela abre um grande sorriso enquanto afirma pra si mesma. Nia tinha o rosto psicótico, como se sentisse alegria vendo o sofrimento alheio. Aquele era seu trono.— Então você não é tão silenciosa assim.

Suas unhas arrastam pelo meu rosto e eu me repuxo, tentando me afastar.

— Não precisa ter medo de mim, Raven Reyes. Talvez só um pouquinho. - Mais uma vez sua risada ecoa e eu explodo de ódio.

Nia havia machucado Lincoln, e Octavia estava tão ferida que não conseguia abrir os olhos inchados, se eu seria a próxima, o que tinha a perder ?

Uma voz gentil no meu subconsciente alerta: Não faça isso Raven. Fique calada. Fique calada. Mas eu não conseguiria nem mesmo se tivesse correntes fechando a minha boca.

Olho nos olhos de Nia e sorrio, aos poucos eu vejo sua risada silenciar, ela me encara curiosa.

— Eu não vejo porque eu teria que ter medo de você. - Olho a mulher de cima abaixo. Seu gibão de pele de raposa a cobrindo do frio, seu cinto de couro brilhante, nada disso faria com que Nia parecesse de alguma realeza, ela era podre, por dentro e por fora.

— Eu gosto de você, é afiada, como uma adaga. - Tirando a adaga da bainha ela a empunha com precisão, atravessando pelos dedos sem tirar os olhos do meu ou o sorriso debochado do rosto. — O único problema é que a adaga corta, e no seu lugar eu ficaria quietinha. — Ela coloca aponta afiada no meio da minha bochecha, a mínima pressão me perfura, e eu seguro na garganta o espasmo de dor.

Lentamente Nia desce a adaga até meu pescoço parando bem em cima da veia que leva sangue ao coração.

— Então faça isso. - Digo usando o último fio de coragem na minha voz. — Me corta bem aí, e acaba logo com isso. - Murphy levanta o rosto, como se por um segundo a fome e o cansaço tivesse dado a ele permissão para pensar. — Você não vai não é ? Porque se eu morrer, com o que mais você vai me ameaçar Nia? - Ela estava feroz tinha o rosto duro e monstruoso prestes a rasgar minha jugular. Mas no último segundo sua mão subiu até meu braço e ela puxou a adaga fazendo um corte, que me obriga a gritar.

O rasgo na minha pele, logo começa a enxarcar de sangue, a ardência arrepia minha nuca e eu sinto o latejo de dor.

— Você está certa, te matar tão rápido seria chato demais, antes eu quero te ouvir gritar Raven. Implorar que eu pare.

- Meu braço esquerdo ainda latejava com o sangue escorrendo e empapando minha blusa, quando Nia fez outro corte no braço direito e outro no esquerdo e outro e outro, havia sangue espalhando por todo meu braço e aos poucos descia para meu rosto. Enquanto me cortava, ela gargalhava tão alto que minha mente não conseguia mais associar o que era real ao que parecia uma alucinação.

Entre as EstrelasWhere stories live. Discover now