| c a p i t u l o 13 |

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A URGÊNCIA

LUNA:

A lua do lado de fora da janela subia com a mesma calma que o sol escondido por nuvens e torrentes chuvosas havia feito pela manhã.

E eu ainda estava ali, sentada na cadeira principal da grande mesa de carvalho que unia a mim e a cada um dos anciãos no conselho do clã.

Aquilo seria uma reunião normal se Heigon não tivesse me tirado as pressas do treino com Raven pela manhã e até agora não ter falado nada importante. Ou pelo menos nada do que eu me lembre. Isso porque na minha mente, ela era a única lembrança fixa.

Raven ocupada toda a minha imaginação, e desde o momento em que me sentei aquela mesa a única coisa em que fui capaz de pensar foi no calor do seu corpo tão perto do meu, e na sutileza com que o seu beijo havia me surpreendido. Ou eu achei que fosse uma surpresa, já que assim que meus lábios se uniram ao dela foi como encaixar a pequena peça que faltava dentro de mim.

Mas mesmo agora, com a lua brilhando e refletindo sobre a mesa, com a grande manta de estrelas ao seu redor respingando seu brilho por toda a abertura da janela. Ou até mesmo sobre a luz dos candeeiros a óleo eu ainda tentava entender tudo o que se passava dentro de mim cada vez que aquele beijo voltava a minha lembrança.

Eu não podia entender aquela intensidade ou desejo apenas pedir por mais.

Porém existia uma ponte entre mim e Raven, entre o meu povo e o seu. E ela estava bem na minha frente conversando com um dos poucos senhores ainda acordados naquela sala.

— Já chega! - Bato as duas mãos sobre a mesa e arrasto a cadeira quando me levanto exasperada. Posso ver quando o curandeiro acorda repentinamente. Me lembro de ser mais branda da próxima vez. — Essa reunião me parece completamente inútil. Nós estamos aqui desde cedo Heigon e nem se quer uma urgência passou por essa mesa.

— Era importante tratar dos casos mais simples primeiro comandante pra guardar energia para o principal.

— Energia ? Olhe só ao seu redor estamos todos esgotados desse dia. Se você tem algo pra falar e melhor que diga agora ou então estão todos dispensados.

— Tudo bem já que a senhora insiste. Kai o guardião dos sodados, me  explicou essa manhã, que em uma das expedições ao seu pedido por especiarias, uma movimentação estranha vinda do oeste pra Costa foi ouvida entre as árvores. - Me sento assim que as palavras do meu conselheiro ressoam e posso sentir quando minha garganta se torna seca como um graveto de árvore prestes a se romper.

Aquela era minha fraqueza, o meu povo. Uma simples movimentação poderia não passar disso mas em tempos de guerra e a ameaça de Nia, era impossível subestimar o medo.

— Poderiam ser apenas viajantes. - Minha voz já não tem a mesma força e posso ver quando Heigon se levanta.

— Ou não. Você sabe que eu a amo como uma filha minha querida, e a apoiaria no que fosse preciso. Mas como seu conselheiro sou obrigado a alerta-la que temo que essa movimentação seja provinda de algum plano dos estrangeiros que estão presos no nosso clã.

Entre as EstrelasOnde as histórias ganham vida. Descobre agora