Epilogue

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- Porque ele está vivo? Eu não vou conseguir, não vou, por favor, me diz que ele morreu. – Daryl beijou minha testa suada.

- Está tudo bem, vencemos eles, vamos ficar bem. - vi a Maggie ajeitando um lençol na minha cintura para baixo, dobrei os joelhos e eu gritei de novo por mais duas horas, até que o único grito que ouvi na sala foi da minha pequena Holly, que gritou plenos pulmões, me deixando aliviada com choro alto sabia que ela estava bem. Me deitei respirando fundo na cama, relaxando as pernas e olhei para Maggie que passou para o Daryl a bebê. O homem chorou olhando para nossa filha e quando chegou perto, e quando a vi chorando baixinho vi que meu mundo estava ali.

- Obrigado por isso. – olhei para Daryl e me inclinei dando um selinho e depois um beijo na mãozinha da Holly, mesmo suja.

- Oi filha, esperamos muito por você.

...

- Como ela está? – ouvi a voz do Rick e eu sorri com a Holly dormindo no meu colo.

- Do jeitinho que eu pedi a Deus, muito bem. – sorrimos um para o outro. Ouvi um resmungo baixo e quando a olhei vi seus olhinhos abrindo, poucos segundos depois ela começou a chorar, vi no relógio que já estava na hora de se alimentar e então eu me ajeitei para a amamentar, o Rick se sentiu desconfortável, então virou o rosto.

- Desculpa. – falou e eu sorri assentindo com um aceno que estava tudo bem.

- Está tudo bem, isso deveria ser normal, uma mulher amamentar, não? É uma dádiva e Deus me concedeu este serviço, acho que devo ter pagado meus pecados. – ele me encarou sem entender e então eu comecei a lhe contar. – Sabia desde a adolescência que eu não poderia ter filhos, mas o Hershel ajudou muito nessa questão.

- Como assim?

- Quando ficamos doentes, ele fez um chá para que pudéssemos melhorar, lembra? – perguntei e ele confirmou que se lembrava – Esse chá meio que ajudou ao meus sistema reprodutor, além de nos salvar de uma morte por gripe. Eu fiquei assustada quando descobri que estava, mas a Maggie me ajudou e também me contou que estava grávida.

- Uau. – falou surpreso e eu olhei para minha pequena, fiz sinal para ele a carregar, no início ficou receoso, mas logo a pegou no colo com confiança.

- Isso me fez compreender que tudo tem seu tempo, me deu esperanças por o que estava para acontecer. – engoli seco – Sei que tivemos muitas perdas, mas elas foram necessárias para nos moldar, para fazer o que somos hoje, entende? – lhe perguntei e ele confirmou – Meus pais, meus irmãos, nossos amigos, nossa família, eles são parte dessa vitória.

Dois meses depois

- Preciso que alguém desça para levar esses alimentos para o preso, por favor. – eu estava na despensa pegando algumas coisas para casa, o Enid estava cuidando da Holly, o Daryl tinha saído para patrulha, quando ouvi uma das administradoras da despensa pedindo para levarem comida ao Negan. Eu sei que prometi ao Daryl, mas eu precisava fazer isso.

- Eu posso levar. – levantei as mãos chegando perto.

- Oi Hannah, temos os meninos aqui, eles podem levar. – a interrompi negando com um aceno de cabeça.

- Deixa que eu levo, só deixa essas coisas no armário para eu pegar depois, por favor. – sinalizei para a cesta que eu estava no braço.

- Julian, leve essas compras para a casa da Hannah, por favor. – ela me deu um saco com os alimentos para o Negan.

- Se não for incomodo, por favor, não fala nada para o Daryl. – ela ficou meio receosa, então antes que ela falasse algo que poderia me fazer desisti, dei meia volta e parte para a cela. Quando cheguei na porta vi um dos moradores fazendo vigia, quando me viu estendeu a mão para o saco e assim eu fiz, mas fiquei parado na sua frente, esperando que me desse um espaço para falar.

Dark NecessitiesWhere stories live. Discover now