Pregnant

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- Precisamos ir. – Michonne gritou comigo e corremos em direção a uma das casas.

- Fechem as janelas, agora, coloque lençóis, eles não podem saber que estamos aqui. – Rick falava e eu me encostei no chão me sentindo cansada. Quando ele percebeu que eu estava no canto respirando fundo ficou me encarando. – Você precisa subir, sua mãe precisa de você.

- O que aconteceu? – perguntei sentindo meu coração apertado.

- Você precisa ver, não sabemos direito, eu a deixei deitada. – confirmei com um aceno e subi as escadas correndo, a encontrando deitada.

- Oi mãe, o que aconteceu. – me sentei ao seu lado. Vi Michonne chegando uma maleta e peguei vendo o sangue saindo pela lateral do seu abdômen, suspendi pegando soro e gaze para limpar o lugar, quando vi a mordida engoli seco, segurando o choro.

- Está tudo bem querida, eu estou bem. Uma hora ou outra isso ia acontecer. – levantou a mão segurando meu rosto e fez um carinho. – Eu posso ir embora a qualquer momento, não tem mais volta. Eu quero que você seja feliz, fique viva e tente proteger seu irmão, ele só faz merda. – rimos. – Seu pai e eu temos orgulho de você. Agora vai lá ajudar ao pessoal.

...

- Ei Hannah, precisamos sair daqui o mais rápido possível. – ouvi a voz do Rick por enquanto que olhava minha mãe descansar. A febre dela já estava em ativa. – Hannah. – me chamou de novo e o encarei. – Temos um plano, tudo bem? – confirmei com um aceno. – Vai dar tudo certo.

Vi minha mãe com os olhos abertos e ela nos encarava sorrindo. Eu estava com o coração apertado, perdendo mais uma pessoa. Ela segurou na minha mão, deu um beijo nas costas da minha mão.

- Eu te amo, tudo bem? Vai dar tudo certo. – confirmei lhe abraçando forte.

- Te amo.

Rick me deu um lençol sujo com os restos de um dos andantes e eu deixei as lágrimas descerem.

- Vamos conseguir. – confirmou para mim e então começamos a nos arrastar para fora de casa. Andando lentamente, quando estamos na porta da casa da Jesse eu olhei para dentro, mas uma mão segurou a minha me puxando com calma. Olhei para Michonne que confirmou com um aceno e eu retribui.

Mas tudo deu errado, já tinha anoitecido, estávamos caminhando, chegando na entrada da comunidade o filho mais nova da Jesse teve uma crise de pânico o que levou a morte dele e da mãe, mas o pior de tudo foi o tiro que o Carl levou no rosto o que nos deixou em pânico, o que me deixou em pânico, mas eu precisava salvar a vida daquele menino. Tivemos que lutar, pegueia faca começando a matar aquelas coisas por enquanto que corríamos para o consultório, se demorarmos mais o Carl pode não sobreviver.

Consegui tratar do Carl o mais rápido que era possível, mas quando senti seu coração batendo ainda normalmente depois de uma parada cardíaca, foi a melhor sensação do dia. Me afastei correndo dele pegando o balde ao lado vomitando o que tivesse no meu estômago. Me joguei no chão me sentindo fraca e chorei. Olhei para a janela e o sol já aparecia, minha esperança já estava no ralo quando de repente vi o Rick entrando junto com Michonne que carregava agora Judith no colo.

- Eu consegui parar o sangramento, consegui tirar uma parte da bala, o coração dele bate. Só precisamos ficar de olho... – o Rick passou por mim. Eu estava ainda no chão quando eu o vi entrar, assim que o Daryl me viu no chão veio até mim, me levantando do chão.

- Você está vivo. – falei soluçando e o abracei forte o ouvindo resmungar.

- Claro que estou. – ele me afastou do abraço e levou as mãos para meu rosto fazendo carinho, não se importando com o que os outros iriam pensar do seu jeito carinhoso que ele esconde na maioria das vezes. – Sinto por sua mãe. – o abracei mais forte e ele gemeu dessa vez, um gemido de dor.

- O que... – fui interrompida.

- Ele está ferido, nas costas. – ouvi a Denise me alertando e eu o virei de costas para mim, vendo o seu colete sujo de sangue. – Eu posso cuidar dele, você acabou de fazer uma cirurgia pesada. – assenti com a cabeça.

Assim que Denise acabou se dar alguns pontos nele, fez um curativo. O pior pesadelo foi sair daquele lugar encontrando todas aquelas coisas mortas enquanto andávamos para casa. Eu estava sendo arrastada depois de cair tonta no chão.

- Eu estou grávida. – Maggie falou quando nos encontramos sala. Ela ficou como minha babá por alguns minutos. O que me levou a um certo questionamento, mas eu disfarcei para ela não desconfiar. – Ei, está tudo bem?

- Está sim, isso é um outro milagre, mas uma criança para a creche de Alexandria. – sorri e me aproximei lhe abraçando.

- O que foi? Não gostou da notícia?

- Que data é hoje? – perguntei indo atrás de um calendário.

- Data dezessete, por quê? – fiz o cálculo, três vezes, para confirmar.

- Eu não posso engravidar. – murmurei fazendo a Maggie abrir um sorriso enorme, mas eu neguei.

- Ei, calma, você não quer?

- Eu simplesmente não posso Maggie. – ela ficou séria sem entender. – Eu tenho ovário policístico, simplesmente foi me dado um diagnóstico quando eu tinha quinze anos que eu não poderia engravidar. Fiz tratamentos para diminuir, mas não dava certo. Eu não posso engravidar.

- E se deu certo? Você engravidou? Nunca pensou? – ela me puxou me abraçando por enquanto que sentávamos.

- Essa esperança de ser mãe me foi tirada quando eu tinha quinze anos, passei anos pensando em ter um filho, mas eu simplesmente entendi que não poderia.

- Pode ser um milagre, que tal fazermos o teste? – perguntou e eu confirmei. – Fica aqui eu vou pegar lá no quarto.

Dez minutos depois a confirmação estava na minha mão. Horas depois eu fui ajudar ao pessoal a organizar o local, com o olhar da Maggie sobre mim. Depois de queimarmos os que estavam ali, eu não encontrei minha mãe que nem estava na casa da Jesse.

- Ela pode ter saído. – ouvi o Spencer falando e eu o encarei, não tínhamos nos falado direito. Confirmei com um aceno e sai encontrando com o Daryl.

- Por hoje acabou pessoal, podemos descansar. – nos separamos indo cada um para suas casas. Daryl subiu comigo para o quarto e eu estava nervosa, precisando falar com ele.

Ele me ajudou a tirar minha roupa, por enquanto que eu resmungava de dor e eu o ajudei a tirar a dele encontrando seu curativo saindo um pouco de sangue.

- Preciso te falar algo. – falei antes de tirarmos completamente a roupa. Ele tirou a cueca e eu desviei o olhar do seu membro, fixando em seu rosto.

- O que aconteceu?

- Melhor tomarmos banho primeiro. – falei e ele confirmou, tomamos nosso banho rapidamente. Quando estava terminando seu curativo, eu parei na sua frente, ele me encarou e eu estava nervosa.

- Quer terminar comigo, é isso?

- Estou grávida. – falamos juntos e ele paralisou. – Eu sei que falei que eu não podia, que eu tenho aquela coisa de cisto. Eu pensei que não podia, eu... – ele me interrompeu me puxando para sentar em seu colo e em seguida colocou a mão na minha barriga.

- Está tudo bem. Mas agora estou bem puto por você ter se esforçado alguns minutos atrás. – falou sorrindo e eu ainda estava assustada. – Você não queria? – perguntou agora sério.

- Agora eu quero, é uma chance que eu pensei ter pedido quando tinha quinze anos.

- Tudo bem, vamos fazer dar certo. Tudo bem? 


*-*-*-*

Oi, consegui um tempo para vocês e aqui estou eu com mais um capítulo. Espero que tenham gostado e até logo.

Dark NecessitiesWhere stories live. Discover now