Andrea

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- Podemos conversar agora? – perguntou Daryl e eu revirei os olhos.

- Não temos o que conversar, então por favor, me deixa em paz.

- Hannah... – o interrompi.

- Você escolheu assim, então o que tivemos, não existe. Não sei nem se existiu, não sei o que éramos antes. – ele estava sem graça e eu também.

- Cansei de tentar te explicar o que estava acontecendo, quer saber. Se quer, assim seja. – ele pegou suas coisas no canto da cela e saiu me deixando sozinha.

...

Ouvi passos se aproximando da cela onde estou, olhei para a entrada e encontrei a Carol me encarando, ela deu um sorriso e chegou mais perto.

- Como está? – me perguntou e eu fiquei sem responder, ficamos alguns segundos em silêncio, mas em seguida chamei sua atenção.

- Vocês ouviram? – perguntei.

- Acho que até os andantes ouviram. – respondeu me fazendo rir. – Ele ficou preocupado com você, a cada momento. A Maggie me contou como ele estava angustiado com a situação. Mas me diz uma coisa, se fosse seu irmão, você não iria?

- A diferença é que meus irmãos são chatos, idiotas e burros, não assassinos.

- Se for por essa ocasião... – respirou fundo. – Mas você conhece Daryl, eu não sou aqui para dizer que ele está certo, ou algo desse tipo, mas estou aqui para lembrar a você que ele gosta de você. Você o mudou totalmente, então analisa o que está acontecendo. Ele ficou confuso quanto ao irmão, mas não deixou de pensar em você. – depois de falar saiu da cela me deixando sozinha. Continuei a pensar o que estava acontecendo, até que meus pensamentos foram interrompidos por uma barulheira na entrada. Desci as escadas e quando eu fui em direção a entrada dos blocos me surpreendi, eu fiquei paralisada no lugar e surpresa por ver que ela está viva mesmo. Fui até Andrea desviando das pessoas e a abracei.

- Desculpa – falei com a voz embargada.

- Desculpas pelo que?

- Depois que você me salvou, pensamos que tivesse morrido. – falei e ela me abraçou mais forte. Depois do meu pedido de desculpas e do abraço, nos distanciamos e ela começou a observar o grupo, e percebeu que faltava algumas pessoas como Shane e Lori.

- Todos vocês vivem aqui? No bloco de celas? – ela perguntou e eu sequei as poucas lágrimas que desceram por minhas bochechas.

- Sim, aqui e no bloco de celas. – Glenn a respondeu.

- Ali? – apontou para o local e deu um passo em direção a ele – Posso ir ver?

- Não irei permitir. – Rick interveio.

- Não sou inimiga, Rick. – a loira falou ressentida.

- O campo e o pátio eram nossos, até que seu namorado resolver destruir a cerca com um caminhão que estava cheio de andantes, atirou na gente e ainda matou um detento que até nós gostávamos.

- Ele me disse que vocês atiraram primeiro. – falou surpresa.

- Pois é ele mentiu.

- Eu não estava sabendo nada disso. Assim que eu fiquei sabendo, resolvi vim logo. Eu só soube que vocês estavam em Woodbury depois do tiroteio.

- Tem dias que isso aconteceu. – Gleen a respondeu.

- O que disse a eles? – se virou para Michonne, a acusando.

- Nada.

- Não estou entendendo, eu deixei Atlanta com vocês, passamos por aquilo tudo e agora sou uma estranha para você?

- Seu namorado quase matou a Michonne e também teria nos matado. – Glenn defendeu a todos.

- Com o dedo de um dos capangas no gatilho. – apontou para o irmão do Daryl e eu me sentei na cadeira mais próxima. – Lembrando que foi ele quem raptou e bateu em vocês. Não posso explicar o que Phill fez, mas estou tentando nos unir. Temos que resolver essa situação.

- Não tem nada para ser resolvido aqui. – Rick alterou a voz. – Não sei como, mas iremos mata-lo.

- Podemos todos morar lá.

- Ele quem te falou isso? Que quer todos juntos?

- Não, ele não falou. Mas podemos tentar, ele está se preparando para uma guerra se isso avançar.

- Pois é, fale para seu namoradinho que quando eu o ver, vou arrancar o outro olho dele. – falou Daryl.

- Já aguentamos de mais. Ele quer uma guerra? Tudo bem, então ele terá uma. – Glenn respondeu me fazendo respirar fundo. Depois disso nossa conversa terminou, Andrea conversou com Michonne e depois conheceu a Bravinha, ficando com a menina por alguns minutos e em seguida ela caminhou até mim, que estava sentada no canto da entrada no bloco C.

- E como vai você? Você e Daryl finalmente deram certo? – perguntou com graça e sorrindo.

- Não demos, no momento.

- Como assim?

- Até que rolou algumas coisas... – me interrompeu brincando.

- Não acredito, domou o mais bravo do grupo. – me fez rir.

- Mas depois do que aconteceu, dele ter me deixado, sem nem me falar nada, discutimos e não temos mais nada.

- Duvido. Logo vocês irão ficar bem, sei que sim. – sorrimos uma para a outra – Hannah, fica bem, qualquer coisa sabe onde me procurar. Qualquer coisa mesmo. Agora eu tenho que ir. – nos despedimos com um abraço logo depois que passamos a porta ela andou até o carro que Glenn pegou para ir embora. Por enquanto que ela passava pelos portões indo embora, senti o olhar do Daryl em cima de mim, em certo momento nossos olhares se cruzaram, mas eu desviei e caminhei em direção a minha cela, para tentar relaxar do dia conturbado que foi hoje.

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