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- Você está se afastando por conta dessa guerra Daryl. Eu peço todos os dias para que você não morra, que minha filha cresça com um pai, que eu sinta você sempre comigo o máximo que ele puder me dar você, mas você está se afastando. – limpei as lágrimas e funguei. Me abracei sentindo um arrepio no corpo e seu semblante mudou. – Eu te amo, por favor... – parei de falar soluçando e então sai da sala o deixando sozinho. Subi as escadas indo para o quarto, fechei a porta e me deitei na cama cansada, respirei fundo limpando as lágrimas que continuavam a descer e me virei para a janela, olhando do meu lado da cama as estrelas que estavam no céu. Minutos depois, quando eu estava pegando no sono senti a cama afundar, pisquei os olhos cansada e logo senti seu braço passando por minha barriga grande.

- Desculpa, eu pensei que estava fazendo isso para lhe proteger, mas eu sei que fiz errado. Eu sei que deveria tentar esquecer essa merda toda quando piso em casa por você, por nossa jogadora.

- Você foi um merda a semana toda.

- Eu sei querida.

...

Dois dias depois

- "Vamos nos encontrar no Santuário em 48 horas para acabar com isso e iremos vencer. Não será nossa primeira luta, porque já lutamos até aqui, e ele nos trouxe aqui, para o que somos um para o outro e para o agora. Essa pode ser a nossa última luta e estamos perto". – me distanciei da Michonne e do Carl que liam a carta do Rick mais uma vez.

- Mas eles têm arma. – falei preocupada, muito preocupada.

- E eles foram buscar Hannah, fica calma. – Carl falou e eu passei a mão por minha barriga.

- Lembre-se da Holly Hannah, você precisa ficar tranquila. Que tal irmos andando? Já fez sua caminhada do dia, já pegou sol. – segurou com carinho no meu ombro e senti a Holly fazendo carinho na minha barriga e em seguida começou a sessão de chutes.

- Está vendo, ela está reclamando que você está ficando nervosa. – ouvi um gritinho e olhei para o lado vendo a Judith correndo até nós, seu irmão se agachou para pega-la no colo e lhe dei um beijo na bochecha quando o fez. Ela apontou para a minha barriga e cheguei perto, ela se inclinou ainda no colo do irmão me dando um beijo na barriga e acariciando.

- Neném. – colocou sua cabecinha no ombro do irmão e eu cheguei perto lhe dando um beijo na barriga a fazendo rir.

- Bem, vou para casa, tomar um banho, comer algo, tentar ler algo. Por favor, me deem notícia, de qualquer coisa, eu aguento.

- Vem, eu te levo em casa. – Michonne me chamou e seguimos caminho, ficamos em silêncio por boa parte do caminho, até que ela me falou meu nome, chamando minha atenção.

- Ainda amedrontada?

- Um pouco. – lhe respondi. – Ainda penso como será as coisas para a bebê, nesse mundo maluco que é o agora.

- Mas não pode, agora ela tem uma casa, lembra quando a Judith nasceu? – confirmei. – Estávamos na estrada, qualquer coisa poderia ter acontecido ter acontecido. Lembrando quando estávamos naquela casa que você viu no meio da estrada e de repente, um grupo chegou, tivemos que sair correndo. – paramos de frente para minha casa e eu olhei para o local sorrindo.

- Peguei o Daryl há dois dias terminando o quarto dela, ele conseguiu tudo, até mesmo prateleiras de nuvem e eu pintei uma carinha nela, só espero que esse seja para sempre o quarto dela. Aqui eu me sinto bem, claro que eu ficaria melhor com meu pais e meus irmãos conhecendo minha filha, mas aqui eu me sinto mais perto deles.

Dark NecessitiesWhere stories live. Discover now