29: first time mom and dad

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Um fraco resmungo seguido por um choro alto acordou Beatriz de imediato, que acabou pulando da cama com o susto.

— Filha... — Diz manhosa, enquanto se recompunha do grande susto que a pequena garotinha havia lhe dado.

A morena aguardou um pouco, ainda deitada na cama e com a esperança de que a filha parasse de chorar em questão de segundos. Mas, infelizmente, não foi o que aconteceu. O choro da bebê ficou ainda mais alto, sendo transformado em berros, que provavelmente acordariam qualquer vizinho.

Beatriz se levanta preguiçosa, enquanto usava as duas mãos para passar sobre o rosto, tentando tirar qualquer vestígio de preguiça que pudesse a dominar. Ela sabia que dali para frente, a noite seria extremamente longa.

Logo seus passos lentos a levaram no quarto de sua pequena princesa, que havia cessado um pouco o choro, enquanto observava com os olhinhos claros tudo ao seu redor, achando as coisas que via muito mais interessantes do que abrir um berreiro no meio da madrugada. A garotinha ainda continha alguns pequenos e quase inauditíveis soluços, resultado de um longo choro.

Assim que a morena se aproximou mais do berço, a pequena bebê que observava tudo ao seu redor, voltou o olhar para sua mãe, que a encarava com uma expressão fofa. O sorriso sempre contornando seus lábios, enquanto levantava as mãos levemente, oferecendo colo para a pequena garotinha, que no momento, estava com a testa franzida pensando  se aceitava ou não aquele convite.

A morena esperou pacientemente para uma reação, qualquer uma, vinda de sua bebê. Mas a única coisa que teve como resultado, foram alguns pequenos resmungos e um sorrisinho fraco que a sua pequenina dava. Beatriz a pegou com cuidado no colo, a cobrindo com sua mantinha rosa felpuda e decorada de diversos ursinhos variados.

Girou pelos calcanhares e foi devagar até a cozinha, onde raptou um canecão médio de inox e ligou o fogo. Distribuiu um pouco do leite que o médico havia recomendo para sua filha com algumas coisinhas extras, apenas para dar energia e vitaminas à sua pequena. Quando enfim o líquido já estava morno, Beatriz pegou a pequena mamadeira que estava por perto e despejou devagar o leite morno lá dentro, já que estava tendo um pouco de dificuldade em equilibrar a filha e um canecão que havia acabado de sair do fogo.

Depois de pronto, Bia subiu as escadas, enquanto a pequena bebê observava todos os cantos de sua casa, achando graça na maioria das coisas. Assim que chegou no quarto dela e do marido, sentou na cama com cuidado para não o acordar e deitou sua criança de uma forma que a sua própria mãe havia lhe ensinado quando o assunto é dar mamadeira. Beatriz deixou um casto beijo na testa da filha enquanto aproximava o bico da mamadeira na boca da pequena garotinha. Mas a única coisa que ela fez, foi dar um alto resmungo e virar o rosto, dando a entender que não seria hoje que ela abandonaria o leite que os seios da mãe ainda produziam.

A morena apenas deu uma risada baixa negando com a cabeça pela completa folga da filha e levantou a blusa de pijama que estava usando, deixando seus seios à mostra. Após estar tudo preparado para a amamentação de sua pequena, ela aproximou o rosto da filha de seu seio, que assim que percebeu que era a mãe, meteu a boca como se não houvesse amanhã, o que fez com que Beatriz soltasse um pequeno e baixo grunhido de dor, a garotinha era forte e muito insistente quando se tratava do leite da mãe.

Logo Robert abriu os olhos de uma vez e se sentou na cama alarmado, passando seu olhar para cada canto do quarto, e finalmente os repousando na esposa e na filha, que no momento, já se encontrava vendo o paraíso por estar enchendo a barriguinha. O ator se aproxima devagar das duas e fica observando com amor a filha, enquanto seus dedos faziam carinho no cabelo da esposa, em um modo de acalmá-la e tentar diminuir sua dor.

— Ela acordou tem muito tempo? — Pergunta curioso, olhando diretamente para a esposa, que não desviava seus olhos do pequeno pacotinho que estava embrulhado em seus braços e mamando como se o amanhã nunca fosse existir.

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