09: to remember me

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— E como foram as coisas por lá? — Melissa pergunta à amiga, enquanto ambas andavam pelas ruas à procura de uma farmácia decente. A mãe da loira estava se sentindo mal e pediu para que as meninas fossem comprar um remédio para que ela pudesse melhorar.

— Maravilho, Mel! Você não tem noção do quanto o Robert é incrível. — Beatriz diz, deixando seus pensamentos viajarem para longe. Mais precisamente para onde o ator estaria uma hora dessas. — Você acredita que chegamos a soltar até bolinhas voadoras brilhantes? — Seus olhos brilham ao se lembrar do momento que tiveram antes da garota partir.

Como toda pessoa, Beatriz carrega desde pequena o sonho de encontrar sua alma gêmea, e claro, ser imensamente e intensamente feliz. Nas poucas semanas que havia passado com seu ídolo, pôde perceber que a garota que o tivesse teria uma sorte imensurável.

Queria ela poder ter Pattinson apenas para ela, como seu homem. Ela não era burra, claro que havia notado algumas das poucas investidas de "quase" beijo da parte do ator. Mas, quando ela teria a esperança que os lábios de ambos iriam se tocar, ele se afastava como se tivesse lembrado de uma tarefa muito importante que precisava ser feita logo, ou, se lembrava que Beatriz Molina era apenas sua fã, e a diferença de idade dos dois era grande.

Não sabia se aquilo a deixava mais frustrada ou magoada.

— Sério? Puts, você é mesmo uma menina de sorte. Além de conhecer o ator que você admira desde pequena, ficar semanas hospedada na casa dele, teve a chance de soltar bolinhas voadoras brilhantes. Eu estou feliz por você. — A loira diz sincera, olhando para a melhor amiga, que sempre ficava com um brilho diferente no olhar sempre que o assunto da conversa era: Robert Pattinson, ou as coisas que ele fez para ela enquanto esteve em Los Angeles.

Os passos de Melissa pararam quando seus olhos castanhos avistaram uma enorme farmácia nomeada e reconhecida, ótima para o que precisava comprar. Seus braços foram entrelaçados nos da amiga, ao mesmo tempo em que a puxava para dentro do grande estabelecimento cheio de diversas prateleiras.

— Bom dia! Posso ajudar com alguma coisa? — Uma atendente ruiva as pergunta, visualmente fazendo seu trabalho muito bem em ser simpática com os clientes. Ou talvez ela nem fosse tão simpática assim, era apenas o seu sorriso que a deixava com todo aquele ar gentil.

— Pode sim. Eu estou procurando esse remédio aqui. — Melissa diz, entregando o pequeno pedaço de papel com as letras grandes e espaçosas da mãe, que estava guardado em seu bolso.

A atendente ruiva com o nome de Shelley, analisou cuidadosamente o papel. Quando finalmente se deu por satisfeita, levantou seu olhar e o passou rapidamente entre as prateleiras, logo parando em um ponto fixo.

— Venham comigo, por favor. — Chama educada, passando com agilidade entre as diversas caixas de remédio que estavam quase alcançando sua altura.

Shelley as levou até uma prateleira específica, onde acharam prontamente o remédio que a mãe da loira havia pedido. Melissa o pegou e seguiram até o caixa, para que o pagamento fosse efetuado.

O remédio não era lá muito barato, já que a mãe de Mel era alérgica a maioria das substâncias que compõem os comprimidos.

— Obrigada pela preferência, voltem sempre! — A ruiva agradece, sorrindo enquanto se despedia das duas amigas que desciam os primeiros degraus que levavam até a farmácia.

— O que acha de tomarmos um açaí? — Melissa oferece, mostrando algumas notas que haviam lhe sobrado do remédio.

— Acho uma ótima idéia, ainda mais porque você vai pagar. — Beatriz diz e dá uma piscadela, junto de um sorriso amarelo para a amiga, que virava a cabeça em sinal de negação e sorria com as palavras da morena. Ela havia mesmo sentido saudades de sua confidente.

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