💕 Cap 32 💕

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Fic dedicada a minha Meredith Grey Sarahlima35 ❤️


Deitei à cabeça no peito de meu amor, que estava abraçado ao meu corpo. Observávamos nossos pais e a felicidade que esbanjavam. Era algo lindo e contagiante de se ver. Estava tão feliz por eles, por tudo que haviam superado e mesmo assim não tinham desistido. Lutaram até conseguir chegar ali. Todos temos a oportunidade de amar, muitas vezes somos impacientes em esperar o tempo certo e aceitamos viver algumas situações que não merecemos. O amor é paciente... é bondoso... jamais doentio e quando menos esperamos ele chega. Não tem cor... não tem raça... não tem idade... é amor e ponto. Temos que viver sem medo do nosso passado... do que vivemos... precisamos nos arriscar nesse abismo e confiar na pessoa que está ao nosso lado. Sem confiança não existe amor. Me virei para o meu marido e beijei calmamente os seus lábios. Senti ele segurar em minha cintura e logo me levar para a pista de dança. Encostei minha cabeça em seu peitoral, fechei os meus olhos e me permiti ser conduzida por ele. Confiava plenamente em cada passo seu e sabia que em seus braços estava completamente segura.

Foram as melhores horas que pudemos viver desde o momento em que nossa menina adoeceu. Rimos, brincamos, vivemos o momento esquecendo um pouco de tudo. Estávamos comemorando com os nossos pais, a sua união. O que era mágico não só para eles, como para toda a família. Depois de algumas horas nos despedimos deles e ficamos ali. Iriam viajar para a nossa casa na praia e voltariam em uma semana. Eles precisavam desse momento à sós e teriam. Pouco a pouco os convidados foram deixando a fazenda, assim como os nossos filhos foram para casa. Sabia que o meu amor estava cansada e que precisava de cuidados. A peguei em meus braços e fomos para casa. Após tomarmos um banho bem relaxante nos deitamos em nossa enorme cama e dormimos abraçadinhos, como sempre gostávamos.

Dias depois...

Como combinei com a Inês, depois do casamento fomos ao médico. Ela fez todos os exames necessários e começou a tomar os remédios necessários para o desenvolvimento do nosso pequeno. Graças a Deus eles estavam bem e agora era só cuidados, o que não faltaria de minha parte. Aproveitamos aquela mesma noite e chamamos nossos filhos para jantar. Diante da notícia da chegada de um novo bebê, eles festejaram, mas senti que Conny estava um pouco distante. Inês ficou bem mais aliviada ao saber que nossos filhos haviam aceitado bem aquela notícia. Sei que para a nossa idade é um pouco estranho, ainda mais já sendo avôs. Mas quem ligava para isso? Eu só queria a minha esposa feliz, assim como os meus filhos. Nada mais me importava. Já era um pouco tarde quando Emiliano e Estrela saíram com os nossos netos. Kassandra foi para o seu quarto com o Luís e Conny estava na varanda.

Victoriano: Meu amor vai subindo, vou conversar com ela e depois subo... está bem? - beijei seu rosto.

Inês: Tudo bem meu amor - lhe sorri - vou tomar um banho e me deitar, não se preocupe... Victor - toquei o seu rosto.

Victoriano: Eu sei minha vida, não vou fazer nada para afastar a nossa menina... só iremos conversar - lhe sorri - boa noite meu amor, eu te amo - beijei lentamente os seus lábios.

Inês: Boa noite Victor... eu te amo...- sussurrei após aquele doce beijo e sai.

Estava bastante cansada e só queria a minha cama.

Sorri vendo ela subir as escadas e sai. Vi a minha menina sentada bem ali, estava longe e pensativa. Caminhei até ela e me sentei ao seu lado.

Victoriano: Um sorvete por cada pensamento seu - sorri calmamente lhe olhando.

Conny: Não sei se está pronto Don Victoriano... pode ser que não consiga pagar por eles - suspirei lhe olhando.

Victoriano: Não nascemos prontos para nada... nossa vida é um constante aprendizado... aprendemos... erramos e acertamos... estou aqui minha filha, sempre estive... sei que errei em certo ponto com você e acabei te afastando... afastando todos vocês e ninguém mais do que eu sofreu com isso - falei cabisbaixo - Constanza eu daria a minha vida para voltar no tempo e ter a oportunidade de refazer tudo isso... de apagar da mente de vocês esse pai cheio de cobranças... esse homem rude que não soube respeitar e aceitar a decisão de vocês... mas você não imagina o quanto me orgulho de vocês... dos três... especialmente da minha potrinha mais nova - lhe sorri - saiu daqui com a cara e a coragem... sem medo de nada... enfrentou o mundo e me provou o quão errado estive por te limitar, por tentar impedir esse vôo tão lindo que alçou - passei a mão em seu rosto, secando as cristalinas lágrimas que saíam - não chore minha filha... eu te amo tanto minha menina... me perdoe por tudo que fiz e te disse... me perdoe por não te compreender, por não te apoiar em seus sonhos, em suas decisões... eu tentei te proteger de uma forma completamente equivocada.

Conny: Papai...- lhe abracei em meio ao choro.

Victoriano: Minha filha - lhe acolhi em meus braços e logo em meu colo - estou aqui minha menina... estou aqui e prometo que sempre estarei... que não irei me afastar... que não existe mais nem a sombra daquele homem... seu pai abriu os olhos, acordou para a realidade... embora possa parecer um pouco tarde para isso... eu quero que seja feliz Constanza... mesmo desejando que fique aqui, conosco... eu sei e entendo que a sua alma e o seu espírito são livres e não nasceram para ficar presos em um lugar como esse - sussurrei em meio as minhas lágrimas - eu quero que olhe para a frente e voe... voe como nunca... você nasceu para isso - beijei os seus cabelos loirinhos.

Conny: Obrigada papai... obrigada por me entender e por me incentivar... nunca é tarde para recomeçar, para corrigir os seus erros - passei a mão em seu rosto - eu sou feliz papai... eu amo viajar... estar com outras pessoas... mas eu também amo a minha filha e quero estar aqui com vocês... pelo menos por um tempo... depois eu decido se volto a viajar ou não - sorri - tudo isso que está acontecendo - suspirei - eu quero estar aqui, ao lado da Kas... do Sr e da mamãe... eu sei que não está sendo fácil e ainda mais com a chegada do meu irmãozinho.

Victoriano: Você não tem que me agradecer, sou o seu pai e sempre irei te apoiar... não importa qual seja o seu sonho... que seja o mais louco de todos - sorri - só quero ver esses olhinhos brilhando de felicidade - passei a mão em seu rosto - fico imensamente feliz por tê-la aqui, ao nosso lado... sua mãe eu nem falo - ri - ela vai explodir de felicidade por isso... não está sendo nada fácil - respirei fundo - vamos precisar de todos aqui.

Conny: Pode deixar pai... irei te contar cada um deles e vou tratar de realizar todos - beijei o seu rosto - tenha certeza de que verá os meus olhinhos brilhando... eu sei que ela vai gostar e eu também... era tudo que eu precisava, ficar em casa - me apertei em seus braços.

Victoriano: Sabe que estou e sempre estarei aqui para o que precisar... sentimos saudades...- beijei seus cabelos.

Conny: Eu sei pai, obrigada - beijei seu rosto e deitei a cabeça em seu ombro - senti saudades também... de tudo... pode me levar para cavalgar quando tiver tempo? - fechei os meus olhos sentindo o seu cheirinho.

Victoriano: Amanhã podemos sair logo cedo... quer fazer a ronda comigo? Não precisa esperar meu amor, sempre que quiser é só falar e eu saio com você... sabe o quanto amo estar com vocês, deixo tudo se for preciso.

Conny: Está bem... as 05 horas estarei te esperando com a Sol... não diz isso papai... eu vou te cobrar em - falei rindo.

Victoriano: Não vai ter nem tempo para fazer isso moça - ri.

Como eu amava estar com os meus filhos, cuidar deles, conversar, saber de tudo e lhes incentivar a seguir os seus sonhos. Havia me perdido de fato em um dado momento de nossas vidas. Passei a cobrar, a exigir, a querer o melhor deles. Não fiz com uma má intenção e sim na tentativa de lhes tornar seres humanos dignos de enfrentar o mundo, um mundo completamente ambicioso, concorrido, cheio de maldades. Nem sempre eu e Inês estaríamos aqui para lhes socorrer. Nós como pais temos essa visão de querer proteger nossos filhos de todo e qualquer mal, mas a verdade é que muitas vezes somos nós a causar esse mal, quando interferimos em seus sonhos, em seus passos.

Temos apenas que confiar e permitir que eles tracem o seu próprio caminho. Ensinar a serem independentes, a cair e levar. Não parar nunca de lutar. Porque a vida é isso, é uma constante batalha, de aprendizado. Meus filhos me enfrentaram, saíram de casa e foram em busca de seus sonhos. Pouco a pouco fui percebendo o quão cego e errado estava com eles e com tudo que pensava. Apesar de tudo estava feliz de poder consertar os meus erros e tê-los ao meu lado. De saber que eu e Inês poderíamos descansar tranquilos, sabendo que cumprimos a nossa missão com eles. Mas que agora começariamos uma nova, estávamos a espera do nosso potrinho, que viria para completar a nossa família.

Continua...

¿Quién Diría? - Inês y Victoriano (Concluído)Where stories live. Discover now