14 - impermanência: segure a minha mão

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Corriam, corriam e corriam, afinal de contas as suas vidas dependiam daquilo.
Estavam sem energia para tentar se defenderem dos espinhos gigantes que iam surgindo das paredes, um deles chegou a rasgar uma das luvas de Yeud, fazendo seu braço esquerdo sangrar horrores.

- Yeud o seu bra...- Weisel é interrompido por ela:

- eu sei, estou bem, vamos apenas corra! - dizia arfando.

As paredes geravam essa combinação de defesa mais rápido à medida que eles iam avançando.
Avistaram uma pequena porta com o desenho de um leão de boca aberta.

- eu já vi aquilo em algum lugar...o que será que deve ser hein? - pergunta Weisel enquanto corria.

- pelo que notei, ele deve ser um símbolo de indicação para as instalações desse lugar aqui... - dizia Yeud correndo.

Se aproximaram da porta, Weisel tentou quebrá-la com um pontapé mas parecia muito mais resistente que pensaram.

- droga! E agora? - ele reclamou porém sua mente escureceu...e diante dos seus olhos a imagem de uma estrada feita de ladrilhos brilhantes passou a surgir; e um uivo ecoou de uma forma horrípilante.

De volta a consciência, a porta fora destruída, e Yeud se encontrava em uma sala com o mesmo. O lugar estava vazio, e não tinha saída alguma.
- errr...o que houve aqui?! - questionou surpreso sem entender absolutamente nada do que houve ali.

- como assim o que houve? você carregou uma energia desconhecida e poderosíssima em suas mãos, e em seguida destruiu a porta com muita facilidade...notei que ela estava protegida com mágica... - dizia Yeud olhando pra Weisel com uma expressão um tanto assustada. Pudera pois achou que o falecimento do general Noglan seria o maior dos impactos que teria...mas não, ainda haviam muito mais surpresas que pensava.

- precisamos conversar... - ele tentou falar mas foi interrompido.

- não! Chega de surpresas, chega, apenas chega! Esse lugar é o inferno e preciso chegar logo até o Glen para acabar de vez com essa busca infernal...se eu não tivesse concordado em sair em missão o meu pai...ele... - ela enxugou os olhos e olhou pro alto - vamos achar uma saída nesse lugar de merda
Weisel pretendia não abordar ela com o ocorrido misterioso, tornou a atual "missão de sair dali" a prioridade atual.

Enquanto isso, na "ala anterior", o coliseu ia se destruindo com o combate entre Guyan e Kilren, que dentre a colisão de lâminas, a energia era desferida por todo o cenário, e a partir daí, destruia concreto mas os dois continuavam sem arranhão algum.

- de fato faz jus ao título de intocável...mas isso é só um título de peso, ou algo que faz parte de sua linhagem? - perguntava Kilren.

- cala a boca e presta atenção na luta seu verme de máscara! - dizia Guyan desferindo mais um corte o qual Kilren quase não conseguia se defender, o ar da lâmina abriu uma fenda na arquibancada do coliseu.

- "incrível...abriu uma fenda no ar apenas com a força do braço...parece que o príncipe dos Krat é mesmo tão monstruoso como diziam as lendas sobre os imperadores de Kalithos." - Kilren estava impressionado com o golpe desferido, mas não baixou a guarda, ainda se esquivava e defendia do que conseguia até então...

Guyan se esquivou e apontou a espada para o alto:

- "que os trovões do inferno se invertam com o caminho da terra, e derramem sua ira sob este que vejo"! - tratava-se de um tipo de conjuração mágica; os ventos haviam se tornado violentos, a poeira se levantava aos poucos, e mesmo com os cabelos entre a face, podia ver a expressão assassina de Guyan olhando para o esgrimista - FINAL STORM! - gritou Guyan, apontando sua espada para Kilren, onde um círculo de fogo cercou o mesmo, e de cima, raios nas cores roxo e dourado caiam de uma forma muito violenta, a ponto de fazer com que Kilren gritasse de muita dor devido ao impacto.

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