Crowd Honor

5 - jardim

Weisel olhava pro alto, e em seguida fechava seus olhos, guiando a face como se fosse olhar pro chão.
- ela estava sob comando de um capitão de um outro mundo, mantia prisioneiros vivos para serem escravos e hora ou outra alimentava suas sereias do mal com alguns tripulantes, e sugava nossos poderes por conta de uma habilidade territorial, onde apenas um objeto sagrado seria capaz de conter, que era justamente o seu rosário... - ele repetia o que lhe foi contado por Yeud.

- isso mesmo - dizia ela - fomos realistas em dizer que ela foi enganada por o tal capitão, e que ela poderia seguir outros caminhos longe dele e de uma falsa e sem sentido vingança; ela assim fez com que você fosse libertado...e quanto o seu amigo ali...que história mais estranha, apenas um pescador capturado assim sem mais nem menos? - perguntava sobre Vínur.

- pois é Yeud... - respondia Weisel - ele não contou muito sobre sua origem, digamos que esse maluco falador apenas queria liberdade, também acho estranho mas ele não me parece alguém ruim...

Hilt olhava quieto para todos ali, analisava cada ato como se estivesse coletando informações, está bem que isso é de sua personalidade, mas ainda sim era um pouco estranho.
Vínur se aproximava:

- acho que vai esfriar não é? Vocês não costumam pescar? - perguntava na maior inconveniência.
- não, ao menos eu prefiro capturar monstros e subjulgar criminosos perante a lei - disse Hilt olhando para Vínur com uma expressão totalmente neutra.

- chegamos! - disse o capitão Fordy, apontando para o porto de desembarque de Jyen - creio que nosso encontro termina aqui meus caros...
Todos se aproximavam da saída do barco, agradecendo ao capitão Fordy.
Weisel estava completamente frustrado pelo que houve, precisava falar com o capitão:

- olha Fordy...se eu ao menos não tivesse tão enfraquecido eu teria... - o capitão o interrompeu
- meu garoto, seja lutando em campos de guerra ou velejando, você se torna um lutador ao dizer "sim" para a vida, e a consequência é uma seleção natural totalmente injusta - continuava - eu pareço calmo mas queria o monstro morto, porém passamos a dever, e honra, é um objetivo que não é momentâneo, por isso não fique se culpando, apenas tente ser alguém melhor a cada dia.

Weisel estava praticamente refém de si mesmo, porém, para alguém feito ele que muito preza para o bem estar alheio, iria carregar uma grande culpa por não ter sido tão eficiente quanto queria, mesmo acalentado.

Dada as palavras de Fordy, todos subiram ao cais, Hilt por último, pagou a viagem ao capitão e também resolveu se desculpar, tanto a ele quanto ao seu ajudante.

- tenha um bom retorno capitão... - disse Hilt, o cumprimentando.
- obrigado senhor Aghary, cuide-se. - acenava Fordy enquanto se dirigia ao barco.
O cais tinha uma estrutura enorme, isntalações com designs antigos como os detalhes da antiga Roma no século XV; porém com tecnologia em várias bases. Podia notar alguns cavaleiros com armaduras bem brilhantes levando caixas, transportando tripulantes e fazendo a ronda por ali.
Ao andarem alguns passos, um dos guardas de armadura branca, veio até Weisel e os outros:

- parem onde estão! Identifiquem-se agora mesmo! - foi quando Yeud tomou a frente.
- estão comigo, estamos indo até meu recinto falar com o meu pai, o líder schimatsmóu - dizia de uma forma gentil, pois era nobre e também sabia de sua posição na armada de Jyen.
- senhorita Yeud! Que bom que voltou a salvo de Zadur! E pelo visto recrutou aliados...ou guarda-costas eu diria... - dizia o soldado animado ao vê-la acompanhada.

- guarda-costas? O meu caro escuta aqui...- Weisel provavelmente não se contentou com o título dado pelo guerreiro, porém teve sua fala cortada por Hilt que segurou sua boca o impedindo de falar, numa cena bem cômica:

- somos aliados dela...apenas.. - em seguida, Hilt soltou Weisel olhando pro mesmo com uma expressão cínica.
- uau!! Então estamos a caminho de uma missão, certo? Podemos comer aqui?- perguntou Vínur.