1 - sol de prata

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Talvez introdução
Aposto que você quer saber em que ano nós estamos, não é? Não! você não quer. Acredite ou não, esta história se passa no planeta terra, claro, talvez não a sua terra de fato mas veja só, narrações possuem suas ligações e sabemos entre nós que existe uma versão sua em outros lugares...é brincadeira! Direto ao ponto, esse mundo de fantasias tem um tanto de obscuridade para oferecer, e não quero estragar sua leitura contando sobre as surpresas...estrelas, uma platéia de luzes que vivem na expectativa de um bom show, será válido o espetáculo seguinte? Monstros e pessoas convivendo juntos..talvez nem tanto assim, mas e se houvessem aqueles que se aproveitam de tal "regra" natural? Aproveitem o show...

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- Puro e brilhante, ardente e tão claro, seco ou quase invisível pra quem deseja se cegar com tanta coisa bonita lá fora...olha só para você, por quê tinha que se importar tanto conosco? Por quê tinha que ligar tanto para "eles"? - dizia um homem de aparência misteriosa, sob o próprio reflexo na janela do aparente estabelecimento.

Era um dia comum talvez, talvez nem tão comum quanto tomar um chá olhando a janela...uma estranha e brilhante janela feita de um vidro azul-escuro, com molduras douradas...na verdade, tudo ali era dourado e algumas das poucas coisas eram de fato "simples".

- senhor Alex...está tudo bem? - se escuta uma doce voz surgir atrás do tal homem que olhava no reflexo; o mesmo coberto por uma capa preta, dando para notar apenas um detalhe nas mãos, que parecia estar usando uma armadura branca por de baixo da capa.

- eu...eu quero saber até quando serei obrigado a ver seres irem e vir como se fossem reféns do tempo...eu quero saber porquê o meu dever não passa de uma mera expectativa...
Olhou para a moça através do reflexo, Alex estava com a face encostada na janela, de perto onde ficou de testa para a mesma durante o questionamento de forma melancólica. Os cabelos loiros cobriam uma parte do rosto onde mesmo ao longe, podia notar um estranho brilho de prata vindo de seus olhos.

- eu trouxe o seu chá de hibisco, está com uma temperatura sob medida como gosta - disse a jovem, segurando um pires onde uma xícara de madeira com um estranho símbolo de um réptil pré-histórico era destacado em relevo.

- obrigado, Livnih...- disse Alex se virando de leve para ela - as vezes você parece ler os meus pensamentos, você não faz isso, faz? - por algum motivo, essa última pergunta soou um tanto medonha.
- mesmo em dias tempestuosos, ainda mantém o seu humor, e isso nos salva senhor Alex - respondeu Livnih, meio sem jeito, olhava para o chão com seus olhos claros de cores alaranjadas.
A imagem dela era algo quase simples, uma roupa comum de servente, uma saia preta até os joelhos, meia arrastão, sapatilhas pretas, blusa combinando com rendinhas brancas. Cabelos azuis amarrados com uma pequena cordinha, tem uma rosa na ponta, usa luvas brancas.

- talvez hoje, eu reúna a tropa alpha para averiguar o motivo de tanto caos atualmente, somente assim para minha cabeça descançar - disse Alex enquanto tomava o chá servido, olhava aos arredores onde se pode notar uma mesa enorme de reuniões, ao lado de uma prateleira de livros tinha uma foice que brilhava com uma mínima luz, e uma harpa ao lado de uma espécie de trono bem próximo ao mesmo.

Enquanto isso, muito, mas muito longe mesmo dali, uma solitária garotinha acabara de sair de uma venda, estava levando consigo alguns mantimentos em algumas sacolas. Ela parecia feliz até o presente momento pois segundo algumas falácias, os preços de todas as vendas próximas estavam cada vez mais altos, devido a uma leva de acidentes naturais que ocorreram há três meses.
Estamos na cidade de "Gigas" nome bem caricato pois esse lugar sempre teve a sorte de receber como visitante um ser muito semelhante a uma baleia, que propositalmente encalhava na superfície, e ao "cantar" fazia com que frutos nascessem na cidade desde eras antigas, porém por algum motivo, Gigas desapareceu há mais de quatro meses.

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