8 - a arte do caos

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Weisel permanecia imóvel ali...não tinha muito o que dizer mas tinha muito o que gritar... Hilt se aproximou de Noglan:

- general Noglan, o prisioneiro vem comigo para a cidade de Yodai ao leste daqui...
- faça como deve ser feito detetive...- respondeu o general em um tom frio e preciso.

Yeud já não entendia mais o que estava havendo ali, e Vínur também não; no entanto eles resolveram questionar:

- isso é um ultraje! Papai como pode deixar que um de nossos aliados seja preso sem motivo algum? - perguntava Yeud, aflita com tudo aquilo.

- seu amigo está sendo acusado de depredação de patrimônio e homicídio, no bairro de Gliuh, minha filha... - respondeu Noglan.

- como assim o Weisel é um assassino? Isso está um pouco mal contado, não acham? - retrucou Vínur.

- temos todo um preparo de vigilância nas cidades, e vimos o momento em que Weisel fez dois prédios abandonados desmoronarem em cima de dois transeuntes... - dizia Hilt.

- eram criminosos! Eu salvei uma garotinha de dois monstros imbecís! - dizia Weisel em um alto tom, tentava arrebentar as correntes mas nada funcionava.

Hilt tocou no ombro dele:

- vem comigo, eu não tenho permissão para ser tolerante com assassinos, apenas colabore senhor Ray.

Noglan fez sinal de negativo para Yeud e pediu para que ela recuasse, para que retornasse para o interior da base.

- Weiseeellll! Vou tirar você dessa! - gritava Vínur cerrando os punhos.

- pare! - ordenou o general - qual o problema de vocês? Querem todos ir para a prisão? Vínur, entendo que deseja proteger seu amigo, mas não é hora de shows enquanto se propôs a estar numa missão, venha comigo pois precisamos conversar!

Todos entram na base enquanto Hilt guia Weisel pelo corredor central até a saída.

- lá fora eu lhe levarei até Yodai. - dizia Hilt olhando para frente enquanto acompanhava o prisioneiro.

Weisel se sentia traído, esse sentimento lhe fez ter uma lembrança de quando perdeu uma "amizade" importante durante as aulas em Zadur; se tratava de um garoto o qual Weisel dividia segredos, e até chegavam a arrumar brigas sem motivo apenas pelo gosto da luta, porém, o tempo foi passando e os caminhos foram mudando a cabeça dos dois, Weisel partia para a visão defensora dos oprimidos, se preocupava com animais de rua, idosos e plantas, enquanto esse "amigo" acreditava que a arte marcial por si, tende a levar o preparo para a defesa de si mesmo apenas.

Flashback:

Abriu a porta e foi até a árvore central, olhou para cima e viu que não tinha frutos atualmente, resolveu comentar:

- parece que o Gigas não vai vir? Estou há um tempinho aguardando e nada de escutar a música profética da vida...- disse Weisel para um outro garoto na beira do lago; Weisel estava de kimono branco e faixa azul na cintura.

- vamos para o Corcovado, dizem que lá acontecem muitas coisas bacanas...- respondeu o garoto- ele tinha cabelos escuros espetados, olhos verdes e usava kimono branco e também tinha uma faixa azul na cintura.

- Trevior, lá é perigoso, o mestre Shen disse que nós só devemos ir pra lá após os 22 anos e ao conquistar nossa faixa preta!- alertava Weisel

- tsc! você é muito igênuo Weisel...deveria parar de fazer tudo que diz o Shen...aliás, o que fará quando se tornar um guerreiro de elite? - Trevior perguntava suspirando por não ter seu pedido atendido.

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