18 - a estrada das almas perdidas

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Geralmente, quando se está em um alto, um elevado nível de consciência, notamos que nada mais nos causa tanto medo e aflição, quanto a incerteza de poder estar como queríamos, onde deveríamos. Essa reflexão se vem devido ao fato de que um certo alguém que bem conhecemos, está caindo de uma altura de quase cinquenta e oito metros, em uma velocidade aterradora. O que fará à seguir? Veremos.

- maldição!! Se continuar assim, provavelmente eu irei virar couro sintético com carne no chão...e minha righen já nem se ativa mais, precisaria me recarregar por horas, EU VOU MORRER!! - gritava Weisel, apavorado pela visão de cima castelo e de todo o terreno em volta, o vento forte jogado em sua cara devido a velocidade da queda, e o frio na barriga, como se algo ali fosse de fato ocorrer de um jeito muito medonho e negativo.

Nesse momento, Weisel sentiu que seu corpo parou de cair, ele tenta olhar para cima para ver quem ou o que estava evitando a sua queda mortal em cima do templo de Lagunakren, mas logo é advertido:

- melhor não tentar me ver agora, meu bem, precisa se concentrar, me ajudar a lhe colocar em segurança em terra firme!. - era a voz de uma mulher, uma voz firme e acertiva.

Aterrissaram em um terreno próximo a instalação de saída mais próxima do templo.

- err eu devo agradecer, muito obriga... - Weisel é interrompido pela visão atual, que no mais, lhe surpreendeu bastante: bem ali parado, com um sorriso estava ninguém menos que Vínur, acenando pra Weisel.

- fala meu camarada maluco! Eu meio que tentei me explodir para "explodir" acho que você entendeu, não?

- Vínur! Nunca pensei mas, estou até feliz em te ver!

- qualéeee, sou o seu gaurdião e melhor amigo, poxa, meu papo é tão bom que nem a morte me quis! É uma longa história, digamos que quando meu corpo se reconstruiu, eu também estava caindo, ai fui salvo por essa moça; nem eu sabia que a habilidade final do meu clã tinha esse detalhe mas, agora entendo o motivo de muitos não usarem, e queria saber por que eu sempre encontro uma garota maluca enquanto caio para a morte certa. - fazia um comentário debochado olhando para a estranha ali.

Ela se aproxima, segurava uma vassoura de cabo preto e dourado. Tinha um vestido de cor vinho, meias escuras de cor preta, e um caricato chapéu de bruxa com um desenho de um coelho bem pequeno na fivela do chapéu. Tinha cabelos pretos, olhos castanhos claro e um corpo médio. Usava Luvas brancas em cada mão.

- cavalheiros, sou a guardiã Laylane, tenho como missão investigar os templos ao redor de Gigas, e esse aqui nunca foi tão movimentado quanto agora! Mas não sou bruxa, sou uma fada que é fã de bruxas! - dizia ao se reverenciar para eles.

- perai, então já passava por aqui e só agora notou algo de estranho? - questiona Weisel.

- acredite moço, esse lugar sempre esteve quieto, nunca jamais levantou suspeita alguma. E da noite pro dia, combates entre monstros e homens, e eu vim certificar de que isso não chamaria mais a atenção de outros que querem criar mais cenários como este, aliás, alguém aqui diz lhe conhecer...

Laylane se afasta de um conjunto de pedras, por onde uma silhueta passa a ganhar imagem a luz da lua. Diante dos olhos de todos eles, surge ele, Shen! O lendário mestre de artes marciais de Gigas, desaparecido até então, reencontrado agora.

- Weisel! - mesmo com toda a sua maturidade, nem mesmo o velho Shen deixava de expressar seu contentamento em ver o seu amado pupilo.

- MESTRE!!! - Weisel corre para abraça-lo, enquanto Vínur e Laylane observam aquela cena.

A expressão de alivio na face de Weisel era tamanha, que tirava todo aquele peso fúnebre do lugar, toda a aurea ruim que crescia entre os combates, como se algo contasse a eles que a missão de Weisel estava praticamente no fim, e que tudo que fizera, teve uma resposta. Shen foi ao encontro de seu aluno, o mesmo estava sujo de cimento e terra, estava com alguns pequenos arranhões.

Crowd HonorWhere stories live. Discover now