20 - a esperança que esteve distante

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Existem dias, em que você está em casa, sozinho, mas isso é abafado ou acalentado pela companhia de uma música ou um bom café, que lhe faz pensar em muitas coisas, mas uma que com certeza permeia a cabeça de muitas pessoas, é o que elas querem, e se essa vontade, é igual "mente versus coração".

Em cima da criatura gigante, peluda e alada, que fazia sons como de um gato ronronando, Weisel estava ainda mais apreensivo sob o que esperar ali, apesar de estarem no mesmo terreno, a distância a qual caíram, era relativamente distante do castelo de Lagunakren, o que obrigava Trahe dar ordens de voo mais velozes para o ser mágico.

- você é um tipo de ser místico, ao que notei. Conhece o Zadher? Como e há quanto tempo? - pergunta Hilt, olhando para Laylane de uma forma sem expressão mas com um ar de curiosidade na voz.

- bem, é uma história um pouco complicada, como não temos muito tempo, vou mostrar a vocês como as coisas ocorreram, e quem ele é. - Laylane cruza os dedos das mãos que, ao desprender, cria um tipo de esfera visual, cobrando a atenção de todos.

Biblioteca municipal do Gigas:

Abriu um livro comum, de matemática, e parecia se interessar em algo, mas sua atenção não ficava apenas nesse mesmo, pois na mesma mesa, estava sociologia, letras, história, artes, e o mais caricato: um com uma capa prateada e o desenho de um cavalo preso á uma árvore seca.

- me diz, qual o sentido de cabular aula para, ér...ler?! - perguntava uma mulher de óculos e terno, que passava por ali, segurando uma pilha de pequenos livros.

Ele olhava para ela, e nada dizia, apenas continuava a leitura. Não se sabia ao certo quem ele era, e nem o que queria, mas sempre, sempre, ia na mesma cessão, e escolhia o mesmo livro icônico, junto a outros de outras categorias.

Shopping plaza solar:

Este lugar é outro de uma compreensão tardia, sempre as sete e meia da noite, em ponto, ele sentava em frente a sorveteria, no banco, ele deixava uma sacola a qual não conseguia se ver o que estava ali, mas julgando pelo que retirava, se tratava de livros.
Ele comia um doce de cor vermelha e cor de rosa, parecia marshmallow, e tomava uma mini casquinha (ou comia) de sorvete. Ele parava a leitura e ficava olhando para o "nada" como se tivesse vendo algo, as vezes olhava pro chão com uma expressão vazia e tão solitária, como se estivesse gritando por dentro, quando na realidade, ele era o silêncio que ansiava por paz.

Ela trabalhava na loja de chapéus na frente da sorveteria a qual ele sempre passava. A vida dela era apenas estudar e estudar, ele sabia disso pois também era um universitário, dizem que estes não tem uma vida.
Ela sempre estava abismada com a pontualidade sinistra daquele rapaz, em sempre, na mesma hora, estar ali, lendo, e comendo algo leve, e depois, papear com os olhos para o vazio. "Quem é? O que quer?" Essas perguntas passaram a ser frequentes.

Certa vez, uma cena "memorável" marcou uma daquelas noites de mistério: um cachorro entrou no shopping, e os guardas não notaram. Ele chamou o cachorro e deu sorvete para ele, foi estranho pois aquele ser mal expressava nada, mas o animalzinho pareceu ser sagrado para ele. Ela não se conteve e foi até lá, não para tirar o animal da li, mas sim para dar de presente, um chapéu para o rapaz. Era um chapéu de camurça de cor roxo bem escuro, tinha uma pequena fivela de prata.
Sem entender nada, ele apenas se levantou, pegou suas coisas e foi até a saída do shopping acompanhando o cachorro, que encontrou sua dona, uma senhora. O chapéu ficou com a moça, que olhava curiosa para aquele misterioso rapaz leitor.

A senhora parecia feliz ao reencontrar o seu amigo canino, e logo pergunta ao rapaz:

- obrigado, não quer comer algo como cortesia por ter feito minha tarde feliz? - e o mesmo responde:

Crowd HonorWhere stories live. Discover now