Crowd Honor

19 - o legado de Kazuma

Escuridão.
Você tem medo do escuro? Se tem, por quê não aprende a amar a noite? Ela vive te amando, ao menos, é o que nos tiraria todas as preocupações se pensássemos assim, sem uma única interrupção em nossos corações.

Em nosso querido mundo regido por um conto macabro, estamos mais uma vez, diante de trevas. E quem é esse que teve tamanha habilidade para nos proporcionar esses momentos de terror e agonia? Bem, não sabemos, e não sei se é saudável descobrir.

Laylane olha pro alto ao escutar a voz, e fica cabiscaixa, fecha os olhos, e após alguns suspiros, olha em direção a árvore de sakura logo a alguns quilômetros dali.

- aquilo, talvez seja uma resposta. - diz para eles.

- para mim, é apenas um aditivo, mas também estranho o fato de ser única. - responde o velho mestre.

- o galera, temos compainha! - Vínur grita apontando para um ponto nas trevas, onde algumas criaturas começam a se rastejar e rodear eles.

- a não, eu quase não tenho mais energia alguma! - exclama Weisel.

Elas se parecem com cadáveres humanoides, onde parte dos ossos estão expostos e formam um conjunto de luz dentro dos mesmos.

- espero que gostem dos meus pets, há aqueles que teimam em dizer que eu os tirei de dentro do próprio inferno, mas olhem para eles, são como vocês: temem aquilo que construiram! - diz em um tom tenebroso, a voz de Zadher, que ecoa naquela dimensão.

As criaturas começam a se aglomerar, e formam uma espécie de ogro, que começa a ganhar força, ele olha para o alto, urrando tenebrosamente.
O tamanho, a forma e até mesmo o cheiro daquela coisa era assustador.
Ele começa a abrir a boca olhando para cima, nesse momento, Vínur pega impulso e corre em direção a criatura, onde com um acúmulo de ar em sua perna, cria um "chute de vento" potente o suficiente para arrancar a cabeça do monstro.

- uau! Isso foi sinistro Vinur! Mas como sabia que o ponto fraco era a cabeça? - pergunta Weisel.

- cara, você não joga videogame? Repara que todo chefão que olha pra cima é porque vai carregar um raio ou algo do tipo, e a cabeça é sempre mais vulnerável. - responde com um ar de sabedoria.

Após um tempo tentando chegar a alguma conclusão de como sair dali, eles retornam a conversa.

- tentei rastrear usando meu righen, e nada, não há um só local que indique um ponto de luz aqui! - exclama Weisel - mestre, alguma coisa?

- mal posso sentir a energia gasta de vocês, é como se esse lugar nos drenasse a cada segundo, temo que venha surgir mais monstros. - responde Shen.

Vínur olha para a árvore de Sakura e faz um sinal como se estivesse segurando uma arma:

- aquilo ali, e se a resposta da saída for a árvore? - questiona, de uma maneira boba.

- pode ser que sim, mas talvez seja perigoso ir até lá só. - responde Laylane.

- eu vou com você, ai a gente se conhece melhor no caminho - retruca Vínur.

- eu passo, seria melhor ter certeza de que não é isso que ele quer. - devolve Laylane.

Weisel aponta sua mão direita para o alto e canaliza uma energia fortíssima, fazendo uma tocha de raios, que em seguida, apaga.

- o que está fazendo? - pergunta a bruxa.

- tentando mandar um sinal pra Yeud, depois que descobri que ela também é sensorial, passei a crer que sua visão fosse além de onde estou ou algo do tipo. - responde.