3 - o inferno de Naomi

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Eu acho que nunca nessa vida foi preciso provar que "estar certo" de alguma coisa, seja esta qual for, iria lhe poupar o tempo necessário para escapar de algum temor atual...tal reflexão se encaixa perfeitamente nesse momento, em uma situação a qual nossos amigos Weisel e Yeud estão vivendo ao lado de um desconhecido...

- ou a gente luta até morrer, ou damos um jeito de explodir tudo aqui! - gritou Weisel se sentindo desesperado.
- você é burro ou o que? A idéia é nos preservar... - disse Yeud apontando o indicador direito para os mortos e disparando feiches de luz onde conseguiu de fato aniquilar parte deles.
- hum...consegue fazer isso quantas vezes? - perguntou o misterioso homem olhando Yeud de canto.
- não tenho righen o suficiente para isso...aliás...Weisel, sabe o que é righen? - perguntou ela ao responder o estranho.
- mas claro que sei! Sou treinado por um habilidoso usuário dele! - continuou - righen é a energia extraída de forma natural com a terra, o ser vivo se torna um com o espírito, desde que nos concentramos de corpo e alma, onde a aurea se manifesta como um elemento natural, cósmico, extra sensorial e etc...bem, pelo menos é isso que lembro... - respondeu com uma certa prioridade.

- ótimo....ENTÃO POR QUÊ NÃO USA A SUA E NOS AJUDA? - gritou Yeud já cansada de usar sua energia.
- eu não posso me arriscar...meus poderes são cargas elétricas explosivas e... - nesse momento ele é interrompido:
- é isso! Preciso apenas de um espaço! - pediu o estranho enquanto Yeud e Weisel o olhava de forma duvidosa.
- er...e o que faremos senhor MacGyver (referência a um seriado onde o protagonista fazia bombas com objetos simples) ? - perguntou Weisel num tom sarcástico.
- preciso que você dispare uma pequena faísca nisso aqui - disse tirando de um dos bolsos um pequeno objeto semelhante á uma cápsula.
- se isso for instável, vai matar todos nós! - advertiu Yeud.
- não, ai você entra em cena moça, preciso que use seu último resquício de righen para nos ajudar, criando uma proteção onde apenas o portão de aço seja atingido! - disse o estranho levantando uma suspeita.
- perai...estava me observando? - questionou a mesma.
- não temos tempo, vamos nos ajudar! Disse ele esticando o braço em direção a Weisel.
- se tudo der errado, eu pago uma bebida pra vocês no outro lado - disse Weisel concentrando energia nas mãos e mirando na pequena cápsula.

- ok...eu espero mesmo que não esteja tentando nos matar... - disse Yeud que apesar do óbvio, usou sua magia cósmica criando barreiras em volta dos três, uma em cada como se fossem um tipo de cúpula; as criaturas bem próximas, arranhando a proteção de luz, babando sangue, arremessando objetos e gritando de forma assustadora, estavam cada vez mais furiosas.

Ao entrar em contato com a cápsula, as faíscas foram absorvidas, e o estranho a lançou contra o portão, criando uma explosão imensa de luz a qual desfez em pó todas as criaturas presentes ali, com excessão dos três, é claro.
- ca...cara...onde estamos? - Weisel abria os olhos após cobrir o rosto durante a explosão, olhava em volta onde era o cenário da vila, porém dessa vez limpo, sem monstros nem sangue, mas ainda sim continuava vazio.
- fomos vítimas de algum tipo de magia territorial, o ser que programou tudo isso deve ser sensível á luz ou a sons explosivos... - disse o misterioso - a propósito, me chamo Hilt Aghary, sou um investigador, e vim saber sobre o lugar quando me deparei com vocês - disse ele olhando numa expressão neutra; a face de Hilt era quase indecifrável comparado aos outros, parecia que ele nem tinha emoções as vezes.

- eu sou Weisel Ray... Estamos indo para Jyen... - ele falava ainda estranhando muita coisa ali.
- eu me chamo Yeud Schimatismoú... - disse ela se importando mais com o que ele poderia querer.
- oh sim, você deve pertencer a poderosa família de magos Schimatismoú, eu creio... Bem, temos que sair daqui antes que a fonte de toda aquela bagunça retorne para cá... - disse Hilt olhando em direção para um portão de madeira que surgira ali, não parecia estar trancado.
- heeeeiii!! - disse Weisel num tom um pouco alto - isso aqui tá muito estranho cara! Estávamos em uma vila zumbi minutos atrás, ai um cara desconhecido surge do nada nos dizendo por onde ir? Por quê devemos confiar em você?
- Weisel! Tenha modos seu idiota! Não vê que ele estava no mesmo "barco" que a gente? - corrigiu Yeud mesmo refletindo sobre quem seria o sujeito de fato.
- é compreensível para vocês ficarem desconfiados feito coelhos em um casarão de duques, mas saibam que meu trabalho investigativo vai além de simplesmente aparecer nos lugares e criar dúvidas...eu preciso livrar pessoas de seres da noite. - disse ele de uma forma a qual podera confortar a dupla, devido ao ideal de salvação...talvez, mesmo algo ali estando muito inexplicado.
- de acordo com o mapa, aquele portão faz uma curva longa a qual não se precisaria cruzar a ponte. - disse Yeud olhando o mapa.
- a velha ponte da ilha está aos pedaços igual as casas que vimos, passar por ali seria arriscado de mais...melhor seguirmos mesmo por ali. - respondeu o detetive enquanto os três chegavam no enorme portão de madeira.

Crowd HonorWhere stories live. Discover now