𝐁𝐄𝐀𝐔𝐀𝐍𝐘.
Apenas uma noite no morro do canadense e tudo mudaria na vida de Any. Josh é conhecido por ser dono de um morro, onde todos o obedecem. Sua irmã Joalin tinha uma melhor amiga, que agora será refém em sua casa. As duas não se davam be...
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— Então... Any? - assinto. - Vamos conversar.
Apenas dou de ombros, estava com medo da situação que me encontrava, mas ficava com mais medo daquele loiro. Noah nem tanto, ele sabia ser carinhoso e bravo ao mesmo tempo.
— Quantos anos você tem? - pergunta se sentando no banquinho a minha frente.
Uma de minhas mãos estava algemada por uma grande corrente, que me impedia de fazer ou corresponder qualquer ato. O lugar era escuro, tinha apenas um abajur iluminando o grande porão, aqui escondiam várias coisas. Tinham armas para um lado, drogas do outro e coisas velhas.
— 17.
— Quando eu tinha sua idade eu não estudava muito, olha onde eu cheguei. - brinca. Solto uma risada.
— Virou traficante por que? - questionei, estava curiosa.
Vejo seu olhar vacilar, talvez ele não goste muito de falar sobre isso.
— Ah, me desculpe. Não gosta de falar disso né? - ele nega.
— É de algum lugar fora de Los Angeles? - assinto. - Onde? - pergunta curioso, ri do seu modo empolgante.
— Brasil. - vejo seus olhos brilharem.
— Brasil? Uau, Brasil! Se mudou porque? Lá é incrível garota! - ele levanta e começa a dar pulinhos.
Escutamos o trinco da porta se mexer, Noah se assusta e pega um coberto que estava ao meu lado jogando o em cima de mim. Eu queria matar Noah, aquele coberto estava sujo e manchado. Escuto passos e finalmente a voz que atrapalhou eu e Noah, Joalin.
— Noah? O que faz aqui? - seus passos são altos, andando até Noah. O garoto estava a minha frente que me ajudava a escutar melhor.
— Eu... vim trazer algumas coisas aqui para o porão. - sua voz demonstrava o nervosismo.
— E estava falando sozinho? - desconfia. Não posso julgar, se eu visse alguém falando sozinha também ficaria desconfiada.
— Sim. Adoro falar sozinho. - solta uma risada nervosa.
— Sim, sim. Principalmente esse coberto que parece ter um corpo embaixo.
— Ah, não. São drogas em latas, empilhei como se fosse alguém para assustar JB!
— Assim, ótima ideia, Noah. - escuto seus passos ficarem afastados, logo sinto Noah tirar o coberto de mim com um olhar pedindo desculpas.
— Eu preciso ir, pequena. Prometo voltar amanhã com JB. - sinto meus pelos se arrepiar.
— Tudo bem, Noah. Tchau. - balanço a minha outra mão e Noah ri, logo subindo as escadas e trancando a porta do porão.
E ali estava eu, o silêncio e a escuridão.
Me sento, a corrente somente deixava eu me abaixar e levantar, se eu tentasse andar para os lados iria falhar miseravelmente. Eu queria abraçar meus joelhos e enterrar a cabeça dentro, mas eu não podia, tenho medo de escuro e o abajur estava do outro lado da parede deixando o meu canto um pouco mais escuro. Devia ter pedido a Noah para colocar o mais perto.
O que me restava era esperar amanhã.
[...]
— Acorda desgraça! - sinto meu rosto ser batido e me assusto, logo vendo o loiro a minha frente.
Em suas costas havia outros homens, Noah estava entre eles. Me olhou e deu um sorriso de "vai ficar tudo bem, eu prometo". Pensei em sorrir de volta mas o loiro estava a minha frente, poderia sobrar ao Noah depois.
— Seu café da manhã, lindinha. - um asiático, eu acho, parecia. Enfim, me entrega um prato de pão, parecia velho.
— Vai faltar a aula hoje, que pena. - o loiro se abaixa ao meu lado e segura meu maxilar que nem fez ontem, porém com menos força. - Deixe-me apresentar, eu, JB para você. Aquele ali é NU para você. - aponta para Noah, mesmo sabendo que não irei precisar o chamar assim. - Aquele é BM, e por último mais não menos importante, KW. - olho para os dois últimos, logo me forçando a olhar os dois olhos azuis a minha frente.
— Vou te explicar as regras. - regras? Que regras? - Primeiro, é proibido mentir para mim. - queria sorrir ao lembrar de quando menti o meu nome, mas me lembrei onde essa mentira me levou e a vontade passou. - Segundo, irei te dar somente comidas e bebidas uma vez por dia. Terceiro, irá servir de meu brinquedinho sexual quando eu não tiver ninguém ao meu alcance.
Eu paralisei ao ouvir a palavra sexual. Teria que entregar meu corpo para ele? Eu já não era mais virgem, mas iria fazer isso contra a minha vontade. Não podia negar, não podia recusar, não podia dar opinião. Ele era o dono, ele era o chefe, ele mandava em tudo. Eu estava na merda. Eu não sabia a reação que deveria fazer, mas queria morrer ali. Queria que ele me desse um tiro bem no meio de minha testa! Melhor morrer do que sofrer, não é?