𝐁𝐄𝐀𝐔𝐀𝐍𝐘.
Apenas uma noite no morro do canadense e tudo mudaria na vida de Any. Josh é conhecido por ser dono de um morro, onde todos o obedecem. Sua irmã Joalin tinha uma melhor amiga, que agora será refém em sua casa. As duas não se davam be...
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
Ouço a porta ser aberta e levanto a cabeça, vendo Josh todo machucado, o encaro surpresa. Me levanto, mas logo me sento.
Não sabia se ele queria minha ajuda.
Ele anda até o banheiro e eu fico na minha, o esperando sair de lá. Enquanto ficava aqui, tinha conseguido ouvir os gritos e a briga. Me sentia mal vendo eles brigarem por algo bobo, ainda mais eu. Já criei várias imagens do Josh em minha cabeça, mas nenhuma delas se compara a realidade. Afinal, também pensei e deveria parar de ser tão frágil, deveria bater de frente com a realidade e com o mundo.
Saio do transe quando ouço passos ao meu lado, olho para ele que estava com uma caixa de enfermagem. Se senta na cama e começa a pegar as coisas, olho para frente para não perceber que estava o observando.
— Ai! - resmunga.
Suspiro e me viro para ele.
— Eu posso... limpar? - pergunto e fico sem resposta, quando iria me virar nossos olhos se encontram me fazendo esquecer de tudo ao redor.
Ele suspira forte e por fim, assente. Vou até ele ficando na sua frente, pegando a gaze e o álcool.
— Posso? - questiono, não poderia chegar e colocar sem pedir, por mais que seja a minha vontade.
Ele assente devagar e levo minha mão colocando em sua perna de apoio, a outra eu aproximo de seu rosto passando de leve o vendo fazer careta de dor.
— Desculpe. - tiro rapidamente a gaze.
— Tudo bem... só continue. - assinto.
Vou passando de leve por todo o seu rosto até terminar e colocá-la no chão, pego impulso na sua perna e me levanto. Porém, eu gostaria de ter levantado sozinha.
Permaneço com a cabeça baixa, se a levantasse não sei o que pode acontecer. Sinto sua mão em meu queixo a levantando, me repreendo por ficar hipnotizada por aqueles olhos azuis, que mais pareciam o oceano.
Prendo a respiração quando ele vem se aproximando mais. Merda! Eu não tinha saída. Sinto seu hálito perto de mim e a ponta de nossos narizes se encostarem, Josh é o típico homem que só com um olhar faz qualquer calcinha molhar. Sem aviso, ele junta nossas bocas.
Um beijo calmo e lento, não diria cheio de amor até porque não tinha. Nossas bocas se movem em um ritmo gostoso, abro um pouco a boca o dando entender o que queria. E assim foi feito.
Sua língua brincava com a minha, explorando a minha boca. Ele coloca suas mãos em minha cintura, a apertando levemente. E foi então que me lembro onde que ele estava com a boca ontem e me separo dele rapidamente.
Me abaixo para pegar o algodão e a caixa de medicamentos, ele segura meu braço.
— Não conte o que aconteceu aqui, ok? - é claro que não. Apenas assinto e me solto dele indo até o banheiro, escutando a porta do quarto logo em seguida.
Jogo a gaze no lixo e fico olhando para a caixa, onde ela fica? Olho o banheiro e era luxuoso, quem diria eu ter um desse. Tinha banheira, box, pia e o famoso vaso. Não tão famoso, mas finge que é.
Abro o armário e a coloco lá, se estiver errado ele que arrume. Saio do banheiro e coloco a mão na maçaneta da porta, não sabia se podia sair. Mas, como não sou nada burra - ou eu tavlez sou - abro a porta e saio, descendo as escadas e encontrando o Joshua junto com a Joalin.
Eles percebem a minha presença e me olham.
— Senta aqui. - ele aponta o sofá. Não sei se vou, talvez possa ser uma pegadinha? - Eu to mandando!
É agora que eu não ia mesmo, mas como tenho amor a vida, eu fui. Me sento no meio dos dois, Joalin se mexeu e foi um pouco - um pouco não, deixou um grande espaço entre nós - pro lado.
— Eu não quero você saindo dessa casa, está ouvindo? - segura meu queixo com força. Eu cuidei dele e é assim que me agradece?
Não, sou surda. Penso.
Assinto.
— Ótimo. Não me faça te matar de manhã. - fala antes de ligar o celular e mexer no mesmo.
Ele não vai sair não? Que cara chato.
— Eu vou na casa da Sabina. - nos olhamos e ela logo desvia, olhando Josh.
— Tudo bem. Cuidado e pelo amor de Deus, não se mete com nenhuma vadia. - ela revira os olhos e sai.
Agora somos só eu e eu, nem sei se ele pode ser chamado como gente.
[...]
Josh desce as escadas arrumado, indo em direção a cozinha. Agora já são três e cinco da tarde, não fizemos nada daquela hora até agora, bom pelo menos eu.
— Eu vou sair. Não bote fogo na casa, não mexa nas minhas coisas, não tente fugir e não... de em cima de ninguém. - aponta o dedo para mim, apenas assinto e ele se dirige até a porta.
— Ah, e nada de chamar aquela sua amiga gostosa. - arregalo os olhos e me viro, quando ele estava prestes a fechar a porta, eu grito.
— EI! - a porta para brutalmente, me fazendo estremecer de medo. Se a porta parou, ele também parou não foi?
— O que você fez? - me assusto quando o vejo vim em minha direção.