[EM ANDAMENTO] Park Jimin deveria estar soltando fogos de artifício por finalmente estar levando a vida que sempre sonhou.
Não tinha como ser mais perfeito: festas, diversão, amizades inigualáveis para toda a vida, novas experiências com a dança, o...
Voltamos, finalmente! Desculpe por toda a complicação do capítulo de domingo! Até que dois dias de atraso não foram muito, né?
Leiam o capítulo com carinho. (votem e comentem BASTANTE.)
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Eu encolho as pernas, me acomodando desconfortavelmente sobre o estofado caro.
Minhas mãos se encontram encolhidas acima do meu colo enquanto o tecido vermelho de cetim é curto o suficiente para evidenciar quase toda a minha coxa, os pés dispostos um atrás do outro sobre o tapete sofisticado no chão. Meus olhos vagam pelo cômodo exageradamente grande e silencioso, mas ao mesmo tempo repleto de móveis e itens de decoração típicos de mansões de gente rica. Eu pareço estar dentro de um castelo ou na Casa Branca retratada nos filmes americanos de ficção. Até o vaso disposto na pequena mesa talhada ao meu lado parece custar mais do que eu ganharei em toda a minha vida como bailarino.
Apenas por precaução, eu me locomovo no sofá e me afasto do vaso...
Minha atenção agora é capturada por um quadro ridiculamente grande de moldura dourada à minha frente. As tintas são trabalhadas de modo que cause grande confusão no meu cérebro quando tento entender seu propósito ou encontrar alguma forma que faça sentido. Como o esperado, falho.
Acho que estou a anos luz de sofisticação para conseguir entender essa coisa, mas não importa, qualquer distração é bem-vinda. Estou há tanto tempo sem notícias de Jungkook que estou a passos de enlouquecer. E se ele tiver se machucado? E se tiver sido preso?
Está tudo tão silencioso que consigo ouvir os estalos do salto alto vindos do extenso corredor à minha esquerda. Giro a cabeça e vejo a loira se aproximando, trazendo um copo com água em mãos que aparenta ser de um vidro comum – o que eu duvido muito, visto que tudo nesse lugar não parece custar menos que um rim – e uma expressão que não beira nem a simpatia e nem ao desafeto. Ela está neutra.
— Aqui está, tome. — Me entrega o copo quando para à minha frente me fitando de cima para baixo. Eu faço uma careta quando vejo o comprimido azul, deixando evidente minha reprovação quanto a ingerir substâncias desconhecidas, mas ela é rápida em se explicar. — É um calmante, vai ajudar você a se sentir melhor até que todos cheguem.
Descolocado demais para contrariar, eu decido aceitar o comprimido e o coloco na boca, engolindo com a ajuda da água em questão de segundos.
— Obrigada. — Eu falo quando termino, entregando o copo de volta.
Ela o segura firme com as duas mãos e se senta no sofá ao meu lado, sem tirar os olhos de mim.
Uma situação desconfortável que acontece com qualquer ser humano ao menos uma vez na vida, é ficar sozinho em um lugar aleatório junto com uma pessoa que você não conhece ou não tem intimidade... E eu estou imerso nesse exato cenário há quase uma hora.
