30 ⚤ POR ELE, a montanha pode curvar-se diante do vento. Parte II

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#PIMENTINHADECABINHO

Oi 😃😃😃

Então, talvez eu esteja MUITO atrasada, mas juro para vocês que fiz de tudo para conseguir postar antes de zero horas para cumprir com a data, mas não consegui :(  Só acabei agora, então estou postando agora.

Mais uma vez obrigada a Tarci Lee por me permitir alugar o tempo dela pra me ajudar mesmo em horários abusivos, mas enquanto eu escrevo essas notas a coitada tá lá terminando de betar o capítulo. Sério, uma salva de palmas para Tarci Lee

Galerinha, fanfic chegou aos 700K, 100K de votos e eu não tô crendo. Muito obrigada por tudo, viu? Eu não seria nada sem vocês.

Uma dica que queria dar, é que é muito interessante reler as atitudes passadas do Jk depois de saber o que rolou, e nesse capítulo vocês vão saber. Parece que todas as peças se encaixam 

Agora chega de enrolação e bora


Eu não sei o momento específico em que eu comecei a amar Jimin.

O que eu sei, é que quando dei três toques naquela porta esperando encontrar pela primeira vez a pessoa que me desmontou com aquelas palavras escritas em duas páginas de um papel qualquer, eu já estava, estrondosamente, amando aquele garoto mentiroso de estatura patética. Amando no sentido mais cru, sincero e vulnerável da palavra.

Eu só não tinha me dado conta disso até ler aquela carta.

Jimin surrou as respostas que eu estava evitando como um soco no meu rosto. Eu sabia que àquela altura existia um sentimento. Eu sabia que a urgência sufocante pela presença dela devia significar alguma coisa a mais. Alguma coisa além da vontade de enfiar o meu pau em todos os buracos do seu corpo. Gostar? Uma afinidade, talvez? Provavelmente, uma afinidade. Porque paixão estava fora dos limites. Amor, então? Nem se fala. O mero pensamento me fazia rir. Eu não me apaixonava pelas pessoas, e eu, definitivamente, não amava elas também. Eu sabia disso. Eu sabia desde os meus quinze anos, porque eu prometi a mim mesmo. Prometi que não amaria mais ninguém, porque era a fórmula com um desfecho certo para mais sofrimento, porque uma vez que entram na minha vida, eles vão embora. E da pior forma possível. E eu não queria mais um episódio traumático na minha vida, eu não teria carga para lidar com isso, menos ainda, um destino amaldiçoado para Jimin. Não. Amor e Jimin eram duas palavras que eu não poderia colocar na mesma frase. Mas eu não precisei. Ele fez isso por mim:

"Porque você se apaixonou por alguém que não existe, por uma mentira, um personagem que eu inventei. Só que eu fui um homem fraco demais para manter suas mãos longe de mim quando o que eu mais quero é você. E você, infelizmente, pensa que eu sou uma mulher."

"Já peço o seu perdão de antemão por todo mal que eu causei a você por lhe arrancar, mais uma vez, alguém que você ama... Ela... Sua Sol."

Eu senti raiva. A carta foi uma faca de dois gumes, duas verdades afiadas que eu não estava pronto para lidar. Eu tinha caído em minha própria armadilha, falhado com minha promessa, e por alguém que passou os últimos meses mentindo para mim. Eu não sabia qual das duas verdades doía mais. Era como se o chão tivesse se rompido sob meus pés, e pela segunda vez em menos de vinte e quatro horas, depois de anos sem me render à angústia e só me permitindo expor àqueles sentimentos algumas horas antes, com Jimin dentro da Diana, eu quis chorar. Mas eu não iria chorar outra vez. Eu estava com raiva, com ódio, furioso com Jimin e eu o amava. Ou amava a figura que ele fingiu ser. Não importava. Machucava da mesma forma.

Não sei quanto tempo fiquei sentado naquela cama, os olhos congelados, encarando a carta e as palavras nela estampadas que me desossaram de dentro para fora enquanto tentava não vir abaixo. Me lembro de depois de muito tempo ter finalmente me movido, apertando o papel debaixo dos meus dedos com tanta força que minha mão tremia: eu estava pronto para confrontá-lo. Me levantei e dobrei a carta, passei pela porta, tranquei, andei pelos corredores, peguei um elevador, cheguei ao térreo, saí do prédio, atravessei o campus, alcancei o dormitório feminino, entrei, peguei outro elevador, andei por outros corredores e bati na porta do seu quarto. Fazia muito tempo que eu não me sentia tão fora de mim, movendo-me no automático, cego pela raiva. Jimin tinha me enganado. Ele tinha me desarmado, a única pessoa em todo o mundo que me fez romper com a minha promessa, que me fez amá-lo, e era só um jogo. Posteriormente eu me daria conta de que Jimin foi só outra vítima dessa história, que estava sofrendo, que a palavra "jogo" nunca fez parte da equação e que ele se sentia destruído pelas mentiras, mas naquele momento eu não enxergava nada além do ódio. Eu queria questioná-lo, brigar com ele, extravasar minha raiva com o tom das minhas palavras, fazê-lo se sentir reduzido a nada e tão arrependido a ponto de se culpar pelo resto da sua vida. Aí Jimin abriu a porta, eu ergui a carta, e então... nada.

Acidentalmente Ela ⚤ JikookOnde as histórias ganham vida. Descobre agora