1º Capítulo

106 3 1
                                    

MARIANA

To quase lá, abri a janela com cuidado no maior silêncio e finalmente entrei. Esse lugar sujo e com mau odor, no qual tem coragem de traficar e vender mulheres, pois é vim parar em um leilão de mulheres. Nojento não é, decepcionante.

Meu nome é Mariana e tenho 21 anos, hoje faz exatamente dez anos que vivenciei o pior dia da minha vida. Estava pra completar 12 anos quando um bando de gente entrou na minha casa com armas, meu pai devia para a máfia americana mas não tinha contado a minha mãe. Resultou em: ele não conseguiu pagar a dívida porque tinha que sustentar a casa, não tinha contado a própria esposa dele que foi pega de surpresa com uma tiro no meio da testa, os desgraçados entraram na minha casa gritando para eles se ajoelharem nisso fui empurrada para baixo do armário. Só consegui ver meus pais chão mortos com um furo de bala no meio da cabeça, minha mãe caiu virada pra mim, me lembro até hoje de suas pupilas dilatando enquanto seu olhar estava fixados em mim.

Os filho da puta descarregaram um pente de balas nos corpos pra certificarem que estavam mortos, saíram rindo enquanto eu corri feito uma condenada perdida. Meu pai tinha um melhor amigo que era dono de uma casa de tiro ao alvos, ele me adotou como sua filha e me criou a partir dali. Aprendi tudo nesses dez anos, sem parar nem sequer um dia. Treinei tiro ao alvo, todas as lutas que tinha naquela academia de artes marciais, tudo isso pra olha na cara daquele puto que comanda tudo isso e dizer tudo que eu passei enquanto aponto uma metralhadora no meio da fuça dele.

Eu já estava dentro do quarto onde a garota ia ser jogada agora é só esperar e seguir o plano..

"- Tem certeza que quer fazer isso? Por favor Mariana pensa direito - pela vigésima vez Hunter pergunta.

- De novo isso?

- É perigoso Mari, não quero te pôr em risco.

- Eu tô me colocando em risco, eu quero isso - Bato meu indicador em seu peito - Desde que você me adotou eu falei o que eu queria e você me apoiou em aprender tudo que eu sei hoje.

Ele suspirou e balançou a cabeça em forma negativa.

- Hunter qual é cara? Você é como um pai para mim, vai me deixar na mão agora?

- Não, nunca - ele passa a mão no meu rosto - Mas não deixo de ficar preocupado com você.

- Eu sei, juro que mando notícias e eu sei me cuidar.

- Tá bom, o que eu não faço por você.. - sorri vitoriosa - Bom, vão levar a menina pra cá - ele aponta a salinha na planta do local - Ela tá destinada a ser leiloada para o Carlos Herrera, eles vão deixar ela lá por um tempo até dar a hora dela se arrumar para ir pro local e é nesse momento que você vai entrar. Meus homens vão estar lá fora esperando para levar a garota embora e você ocupar o lugar, tá tudo pronto um dos meus está infiltrado lá dentro e já trocou seus documentos com os dela então eles acham que pegaram você.."

A porta do quarto abriu e eu olhei pela brecha da porta do guarda-roupa onde eu estava escondida. Uma mulher com um saco na cabeça foi empurrada pra dentro caindo esborrachada no chão, ela estava chorando ofegante e totalmente perdida.

A fechou e eu esperei um tempo pra eles se afastarem antes de eu sair.

Sai do guarda-roupa e fui até a menina devagar, abaixei na sua frente e tirei o saco de sua cabeça. Ela ameaçou a gritar mas eu fui ligeira e tampei sua boca antes.

- Cala boca - falei enquanto seu olhar assustado estava em mim - Me escuta, eu vou trocar de lugar com você.

Para minha sorte ela era morena e seus olhos eram puxadinho feito os meus então vai ser mais fácil de enganar esse bando de imbecil.

- Troca de roupa comigo, quando terminar vou te ajudar a sair daqui - Ela começou a se acalmar - Tem uns amigos meus lá fora te esperando para te levar pra casa, parece que é seu dia de sorte.

Tirei a mão da boca dela devagar, ela sentou no chão se arrumando direito e secou as lágrimas no seu rosto. Sequei a mão na roupa que estava molhada de lágrimas dela.

- Quem é você?

- Não importa.

- Como sei se posso confiar em você?

- Qual foi garota? Tô te tirando daqui - falei já sem paciência - Ha não ser que prefira ser vendida ao mafioso mais perigoso da América, o que escolhe?

Ela não falou nada e começou a tirar a roupa.

- Boa escolha.

A gente trocou as roupas e peguei o saco que estava nela para vestir na cabeça, agora preciso tirar ela daqui antes que entrem e me veja com ela.

- Mas por que tá me ajudando?

Garota chata.

- Não interessa, agora para de fazer pergunta antes que eu te sufoque com aquele travesseiro - ela confirmou me olhando assustada.

Terminei de colocar a bota dela e levantei.

- Vem vou te tirar daqui.

Abri a janela dando de cara com uma pequena sacada que não estava tão afastada, logo atrás o imenso corredor que dá acesso a saída.

- Ok, consegue pular naquela sacada?

- E se eu cair lá em baixo?

- Aí já é problema seu, usa essas pernas cumprida pra alguma coisa - falei e ajudei ela a subir na janela - Quando conseguir tenta correr o máximo que puder que vai ter um carro preto te esperando lá fora, tenta não ser vista.

- Tá bom, obrigada.

- Não precisa agradecer - ela sorriu - Agora vai, pula.

Ela pulou caindo certinho na sacada e saiu correndo, respirei aliviada até ouvir a trança da porta sendo aberta. Sai correndo pra colocar o saco na cabeça e me joguei no chão milésimos segundos antes que entrassem.

Agora eu só tenho que fingir ser a chorona que estava aqui.

- Vamos embora minha linda, sua vez - senti uma puxão no meu braço me fazendo levantar.

- Não.. me solta por favor - fiz voz de choro..

Querida MarianaWhere stories live. Discover now