35º Capítulo

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Vim o caminho olhando pra janela quieta, perdida em pensamentos e de novo me vejo sem a luz do fim do túnel. Sinto que to me perdendo cada vez mais no plano que eu fiquei pensando durante anos mas que desmoronou na minha cabeça principalmente depois que Carlos fez o favor de me colocar pra morar com o Victor.

Ele não fazia parte disso, eu nem sabia da existência dele antes do leilão.

Ele mexe comigo seja quando me desperta ódio ou nojo pelas suas atitudes, teve momentos que ele me assustou por que quando eu olho pra ele parece uma pessoa que faria qualquer coisa pra conseguir o que quer, mesmo que isso mate ele mesmo. Não posso negar que teve momentos que me senti atraída por ele, já fui pra cama com ele.

Ao mesmo tempo que tenho vontade de matar ele também tenho vontade de repetir aquela transa.

- Tá tudo bem? - disse me trazendo de volta da perdição em pensamentos.

- Tá, claro.

- Certeza?

- Tenho, obrigado por me defender lá.

- Fiz o que tinha que ter feito, antes que você pegasse uma arma de alguém e fizesse merda - do risada.

- Não ia fazer isso, nunca nem atirei.

- Não foi o que me pareceu quando você chegou e apontou minha arma pra cabeça do Russo.

- Mas eu não ia atirar, eu sabia que você ia impedir.

- Eu já vi muita gente pegar uma arma pela primeira vez e você não foi uma delas.

- Talvez eu já tenha ido naqueles negócios de tiro ao alvo - Disse e ele riu.

- Hurum.

A gente chegou em casa e ele deu o carro pro Donatto colocar na garagem, entrei e fui pro meu quarto pra colocar um biquíni, to afim de nadar um pouco já que tá muito calor.

Me troquei, peguei o protetor solar e minha toalha. Ia sair do quarto quando a porta abriu e Victor entrou.

- Vai pra piscina? - disse observando meu corpo.

- Tá calor.

- Eu vou ter que sair com meu tio agora pra resolver uma coisa - ele se aproximou.

Então ele vai sair com o Herrera, seria uma oportunidade de eu conhecer ele. Victor nem sempre me leva pros lugares onde ela vai ainda mais quando o assunto é o tio dele.

- Quer que eu vá? - tento a sorte.

- Melhor não, vai ser coisa rápida.

- Ok.

Que droga, já era de se esperar que ele não iria querer.

- Não precisa me esperar pra janta.

- Disse que era coisa rápida.

- Vai saber se não sou morto até lá - ele disse e eu levanto a sobrancelha surpresa.

Confesso que gelei agora, esse miserável não pode morrer não.

- Morto?

- To brincando - disse e dei um tapa nele.

- Ótima brincadeira..

- Eu tenho que ir.

- Tá. Ele saiu andando e eu fiquei observando ele ainda pensando na possibilidade dele ser morto, nunca se sabe.

- Ei - chamei e ele se virou pra mim - Tenta não morrer.

Suas sobrancelhas se arquearam mostrando surpresa com o meu comentário e sua boca formou um sorriso meio malicioso.

Querida MarianaWhere stories live. Discover now