22º Capítulo

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MARIANA

Acordo com a claridade que invadia pela cortina, cocei os olhos e me virei dando de cara com a cama vazia, ele não tava aqui.

A minha intensão era só dar um beijo mas foi além que isso, não sei se foi bom acontecer isso agora ou não mas que foi gostoso foi. Não me arrependo e nem me surpreendo com o fato dele transar tão bem assim.

Só tenho que cuidar com o fato de não me atrair por ele, não posso nem fudendo pensar em me apaixonar logo por esse filho da puta, se eu me apaixono eu to perdida porque não vou conseguir matar o tio dele, não vou ter coragem.

Ele não tava não meus planos, Victor chegou na minha vida do nada e tá dificultando tudo. Mas já que entrou no caminho vou ter que dar um jeito nele também, só não sei como ainda.

Levantei e senti meu corpo todo dolorido principalmente o meio das minhas pernas. Sorri pela dor gostosa que estava sentindo e fui pro banheiro tomar um banho. Entrei no chuveiro quente e aproveitei pra escovar os dentes, fiquei pensando na nossa transa de ontem e dei risada sozinha no box. Confesso que na hora esqueci totalmente com quem eu estava, transei com um cara que comanda a máfia. Mas na hora eu nem lembrei disso, não lembrei que ele é sobrinho do desgraçado que matou minha família.

Vamos focar Mariana, você só vai usar o Victor pra chegar até o Carlos. Só.

Saí do banho e me enrolei na toalha, coloquei um vestido roxo que tem a saia soltinha e meu chinelo, fiz uma make básica e desci. Ele já tava lá sentado com a caneca na mão, pão no prato e o celular na outra mão. Me sentei e ele nem pareceu ligar pra minha presença.

- Bom dia.

- Bom dia - disse rouco pelo sono.

Peguei um pão de queijo e coloquei na boca, a gente tomou café no silêncio de novo mas um silêncio bom, pelo menos pra mim estava porque o Victor tava estranho.

Sentia ele distante de mim o tempo todo..

VICTOR

Tava tentando raciocinar tudo que tá acontecendo, eu comi a mulher que meu tio comprou e eu nem sei o que ele vai fazer com ela. Não achei ruim achei ótimo só to com medo disso acaba fudendo comigo.

Quem diria, Victor Herrera com medo de alguma coisa e ainda por cima o motivo é uma pessoa delicada, baixinha com bunda grande e rosto lindo. Puta que pariu onde eu fui me meter?

Provavelmente ela percebeu que eu to estranho Porque ficou me observando o café da manhã inteiro.

- DK - Russo grita da sala.

- Caralho, tá de brincadeira - reclamo e Marina suspira.

Soltei meu pão e sai da mesa quando entrei na sala tava Todo mundo. Russo, Beatriz, Leila e o Pedro.

- Espero que seja importante - vou até eles.

- Cadê a Mariana? - Leila pergunta e eu arqueio a sobrancelha.

- Tomando café, por que?

- Quer chamar ela pra essa conversa? - Beatriz diz - Tem a ver com ela.

Olho pra cara de cada um que não tá com uma cara nada boa e começo a ficar nervoso.

- MARIANA - grito.

O barulho do chinelo dela começa a vir e ela parou na saída da outra sala.

- Sim?

- Vem aqui - mando e ela vem até mim - Eles querem conversa e disse que é bom você estar aqui.

- Fiz alguma coisa e não to sabendo? - ela para do meu lado.

- Não, mas fizeram por você - Pedro fala.

- Porra para de enrola, to ficando sem paciência - digo e Russo olhou pra Beatriz que fez um sinal de sim com a cabeça.

- Duas pessoas fizeram denúncias na delegacia, saiu nos jornais - Russo estende o jornal pra mim - Seu desaparecimento.

Olho pra ele com o puta ódio e ele abaixou a cabeça, filha da puta disse que tinha resolvido, pego a droga do jornal e abro, tem uma foto dela e a notícia em baixo. Olhei pra Mariana que tava olhando o jornal comigo.

Fecho ele de novo e jogo o jornal na mesinha assustando todo mundo. O cachorrinho abandonado do Russo olha pra mim assustado assim como todos.

- Dk eu...

- Cala boca - mando e ele engoli seco - Você falou que tinha resolvido isso a duas semanas atrás.

- Victor.. - Leila fala tentando me acalmar.

- Que foi Russo? - me aproximo dele - O que tá acontecendo com você? - ele recua um passo.

- Ele falou que ia tira as denúncia cara então dei como resolvido - se enrola nas palavras - Dk... você sabe a consideração que tenho com você.

Coloco a mão na nuca dele e puxo ele pra perto.

- Abre seu olho Russo - Bato meu indicador na cabeça dele - Você tá brincando com fogo e meu tio tá perdendo a paciência.

- Eu sei.

- Se você quiser ter seus filhos com a Beatriz, começa a andar na linha senão eu vou te por no lugar e não vai ser nada legal.

- Pode deixa Dk - solto ele - Confia? - estende a mão e eu olho.

- Toma jeito - aperto a mão dele e ele confirma com cabeça.

Na sala ficou o puro silêncio e todo mundo pensando em uma solução. Russo é uma anta e Pedro é pior então obviamente eu vou ter que ser o cabeça de tudo. De novo.

- Hoje a boate abre e aquele merda vai, ele sempre está lá - vou até a mesa do meu uísque - Obviamente ele vai estar procurando alguma puta pra comer - Viro o copo de bebida e os idiotas ficam olhando pra minha cara - A gente vai da um susto no desgraçado.

- O que vai fazer? - Pedro pergunta.

- Não sei, mas vou pensa em alguma coisa - ele confirma.

- Pode usar o método nas queimaduras - Russo fala e Marina levanta a sobrancelha surpresa.

- Depois a gente vê isso - digo e ele confirma.

- Mari, quem são as duas pessoas? - Beatriz pergunta e ela olha pra mim.

- Não sei, deve ser amigos meus.

- Pode falar quem é? - Leila pergunta.

Ela continuou olhando pra mim pensando se falava ou não.

- Mari.. - Pedro se aproxima dela - Não vai acontecer nada com eles, pode fala.

- Eu não sei quem pode ter denunciado, conhecia bastante gente - Ela diz e Leila bufa.

- Pode subir - falo e ela me olha - Vai pro seu quarto.

Ela sorri fraco para as meninas e subiu as escadas.

- Porque dispensou ela? - Russo pergunta.

- Ela não vai fala quem é.

- Acha que vocês vão machucar eles - Beatriz diz e eu concordo.

- Sei que ela tem uma melhor amiga, uma tal Rita, pode ter sido ela.

- Tenta fala com ela depois, tenho certeza que se você passar confiança ela fala pra você - Leila diz e Beatriz concorda.

- De noite a gente vê isso, me encontrem na boate.

- Então a gente vai indo - Pedro pega a cintura da Leila.

- Vou fala com ela - sai andando e subi as escadas.

Vamos ver se ela vai fala, falando ou não qualquer jeito eu vou descobrir. Mas agora não to afim de fala disso então vou deixa pra conversa no almoço..

Querida MarianaWhere stories live. Discover now